capítulo 9

225 22 11
                                    

S/n narrando

Encarava a parede do meu quarto balançando o corpo pra lá e pra cá enquanto sentia as lágrimas rolarem sem parar pelo meu rosto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Encarava a parede do meu quarto balançando o corpo pra lá e pra cá enquanto sentia as lágrimas rolarem sem parar pelo meu rosto.

Meia hora atrás

- S/n?

- Fala - falei rude

- Tá tudo bem minha filha?

- Não me chama assim - revirei os olhos - O que você quer?

- Seu pai, ele pegou esse vírus desgraçado

- E você me ligou pra contar isso? Olha, eu sinceramente...

- Ele morreu, S/n

Engoli em seco e olhei os meninos que me olhavam confusos e preocupados, ela nunca me ligava.

- Eu to feliz que ele tenha morrido - falei e tratei de secar a lágrima solitária que desceu pelo meu rosto - Tomara que ele queime no inferno

- S/n? É assim que você fala do seu pai?

- Pai? Aquele filho da puta que tentava abusar de mim e você passava pano? Ele é um merda igual você

- Eu to sozinha agora, eu preciso de alguém aqui comigo

- Você não pensou nisso quando deixava ele me tocar

Tempos atuais

A porta do quarto foi aberta e o Fangs passou pela mesma trancando em seguida, ele segurava uma sacola cheia de besteiras e na outra mão um moletom preto.

- Tá com frio? - perguntou receoso

- Um pouco - sussurrei

- Eu trouxe um moletom

- Eu tenho moletom Fangs

- Eu sei que você gosta de roubar os meus - sorriu enquanto se aproximava

- Eles têm seu cheiro e são confortáveis

- Eu sei - me entregou o moletom

- Brigada - sorri de lado e vesti o moletom

- Quer conversar? - neguei com a cabeça - Tudo bem - suspirou

Eu nunca me sentia confortável pra falar sobre minha relação com meus pais, era uma coisa que eu sempre evitava porque me machuca demais.

- Eu trouxe doce pra você - me entregou a sacola

- Brigada - sorri

- Vou te deixar sozinha - beijou minha testa e segurei sua mão

- Fica comigo - sussurrei

Ele tirou o chinelo e se deitou na cama, puxou meu braço me fazendo deitar com ele e me abraçou enquanto olhava meu rosto.

- Você é feia chorando - riu enquanto passava o polegar no meu rosto na intenção de secar as lágrimas

- Brigada pô - ri fraco

- Eu admiro muito você - murmurou

- Sério? - perguntei surpresa

- Sério pô - fez carinho no meu rosto - Tu é mo guerreira

- Brigada Fangs

- Lembra quando tu chegou lá no estúdio metendo mo bronca?

- "vocês vão se arrepender se não me contratarem" - ri fraco repetindo a frase que eu falei no meu primeiro dia de trabalho

- Com certeza eu me arrependeria muito, tu virou mo luz na minha vida

- Você que virou luz na minha vida, tá sempre cuidando de mim - sorri

- Sou o mais velho pô, tenho que cuidar da criança da casa

- Idiota - ri

- Já consegui arrancar um sorriso

- Você arrancar sorriso meu nem é tão difícil, tu é mo palhaço

- Vou levar isso como um elogio - riu

- Tá - pisquei e ele sorriu - Que foi?

- Quero te beijar

- Viciou né gatinho? - repeti suas palavras e ele riu

- Pior que sim

Ri e juntei nossos lábios, o beijo foi calmo e gostoso assim como todos os outros, eu com certeza nunca enjoaria de beijar ele.

- Eu vou te proteger de tudo - sussurrou contra meus lábios

- Você não é o super herói de um gibi - ri fraco

- Mas você com certeza é a princesa de algum filme

Abri um sorriso e neguei com a cabeça.

- Vamo comer meu doce?

- Trouxe pra você pô

- Mas você vai comer ué - ri

Me sentei entre as pernas dele, botamos um filme de comédia e assistimos enquanto comíamos as besteiras que ele trouxe.
Com ele eu até esqueço meus problemas, minha melhor versão com certeza é ao lado do Fangs.

Quarentena - Fangs FogartyOnde histórias criam vida. Descubra agora