Nossa Emergência

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Laura:

Quando nossos lábios se colaram, me entreguei. Coloquei as mãos em sua cintura, enquanto ela segurada meu pescoço, o apertando de leve e eu amando aquilo.

Um beijo que ao mesmo tempo era delicado e quente. Senti meu corpo ferver, parecia que eu não ficaria saciada com apenas um beijo.

Quando ela se afastou, me encarou e sorriu.

- Não gosto de mentiras. - Falei em referência ao Marcos não ficar sabendo.

- É omissão, bem diferente. - Ela respondeu passando as mãos pela minha coxa por debaixo d'água. - Não sei o que deu em mim para querer você.

- Talvez por eu ser linda e gostosa. - Respondi me gabando e ela assentiu.

- Concordo, mas eu preferiria ver nua para comprovar o quanto é gostosa.

As suas palavras tinham um impacto sobre mim. Eu gostava daquilo e mesmo eu não gostando de ser tão mandada, ela poderia me jogar contra a parede e fazer o que quiser. Até a sua voz autoritária me deixava acesa, e não tinha mais como negar. Se ela começou o beijo e a me seguir, por que recuar? Vai ser uma pessoa pra transar.

Trocamos mais dois beijos em silencio e quando escutamos vozes distantes, nos afastamos. Manoela recuou dando um mergulho, enquanto eu saí da piscina e fui me enxugar.

Marcos apareceu com Juliana, cada um com uma xícara de café.

- Já tomaram café? - Perguntei sentindo um frio na barriga.

- Ainda não, apenas essa xícara. - Juliana levantou a peça branca. - Basta, estou de ressaca.

- E eu também. Bom dia, minha flor. Bom dia, mãe. - Marcos se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha. - Praia, almoço e casa?

- Por mim tudo bem.

Marcos pegou sua prancha e seguimos para a praia, enquanto Manoela e Juliana conversavam na beira da piscina.

Passei a manhã na areia tomando Sol, logo me juntei com Mariah para o bronze, enquanto Ana curtia as ondas para aprender a surfar com o Marcos.

- Vocês já se beijaram? - Mariah perguntou retirando o óculos de sol e me encarando.

- Quem? Marcos e eu? Só selinho, mas de brincadeira. - Respondi rindo.

- Não. Mamãe e você. - Nos encaramos e logo desviei o olhar. - Eu senti mamãe lhe encarando na piscina, na fogueira e até dentro de casa fazendo nada.

- Sua mãe observa tudo, e eu trabalho com ela, sabemos que não nos damos tão bem, deve ser por isso que ela me encara. - Dei de ombros.

- Tudo bem, vocês podem não ter se beijado mesmo, mas eu sei que ela quer.

Virei o rosto para o outro lado e deixei Mariah falando sozinha. Fechei os olhos e tentei dormir um pouco enquanto bronzeava, mas Marcos chegou jogando água em nós.

- Ei, vamos dar um mergulho e subir? Almoço já está pronto.

Fomos todos para a água, ficamos um tempinho e logo subimos. Juliana colocava a mesa do almoço junto com uma funcionária, enquanto Manoela conversava no telefone na sala, parecia irritada.

Quando nos sentamos, Manoela ainda demorou uns cinco minutos para se juntar a nós. Ficou calada e parecia pensativa.

- Está tudo bem, mãe? - Marcos perguntou.

- Sim, só um problema no Hospital. Vou precisar ir depois do almoço, Juliana você vem comigo?

- Claro, meu bem. Preciso apenas colocar as coisas na mala, mas em cinco minutos eu faço.