Capítulo 7 - Fatos.

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KIMBERLEY

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KIMBERLEY


    Em meu quarto, havia acordado em meio a altas horas da madrugada, revirando de um lado para outro em minha cama, sentindo uma pitada de dor no tornozelo me fazendo contorcer.

 Ainda relembrava daquele garoto, que já não mais me deixava minha mente repousar em paz, pensamentos me atormentavam me fazendo relembrar o jeito que ele me segurava em seus braços. Pena que ele nunca iria perder noites de sono ou se debruçaria sobre a mesa do escritório e distrairia em pensamentos interligados a uma garota excêntrica e rebelde. 

Imaginava que não mais nos encontraríamos, pois não sabia nada a seu respeito. "Droga! Quem é aquele cara? Qual era o nome dele? De marte ou norte americano?!". Com certeza se fossem as patricinhas das quais eu estava acostumada a presenciarem, já teriam agendado o número de telefone, dado o primeiro beijo e até marcado um encontro, com a intenção de o levá-lo para a cama. Como de costume, antes mesmo que pudessem saberem algo a respeito do rapaz, elas já marcavam de se encontrarem. Aconteciam constantemente, garotas que na época moravam em meu bairro marcavam encontros virtuais, dois meses depois eram encontradas mortas, quando não tinham uma gravidez indesejada.

Ao tentar me levantar, acendi o abajur e me sentei a cama; fiquei por alguns instantes a recordar o sonho que tive na noite anterior, deslizei as mãos em meus cabelos, aqueles pares de olhos azuis eram tão cintilantes como águas densas do oceano que não me deixava ressonar sossegadamente. "com certeza deve ter encontrado uma nova namorada. Se algum dia tivesse alguma chance, não sei, acho que nem mais reconheceria a garota com skate que ele acidentou".

Ainda sentindo as feridas latejarem pela dor, escorreguei meu corpo para fora da cama, vagarosamente me sentei ao chão, por cima de todos os papéis jogados ao carpete. Comecei a procurar pelo desenho do homem que havia sonhado com suas feições, onde era exatamente igual ao bonitinho que acidentalmente me esbarrou o Mustang e que havia me cuidado tão bem; que nem mesmo algum conhecido teria feito igual. "Será coisa do destino? Um dia atrás era só um sonho maluco! Agora de um jeito misterioso o cara aparece na minha vida?!". Me perguntei ao tentar analisarem os fatos.

Procurei em meia a papelada que estava a minha frente e nada havia, então me rastejei até a escrivaninha que foi a última vez que me lembrava de o ter deixado, nada encontrei, fiquei confusa onde deveria o ter deixado, apesar da desordem do meu quarto, não teria como o esboço do desenho do homem ter desaparecido como em um passe de mágica. Já estava desesperada em agonia; comecei a sentir dores de cabeça, pois precisava encontrar aquele desenho urgentemente, portanto queria reparar as feições daquele esboço com a imagem do rapaz que havia acabado de conhecer. Não o encontrando, recolhi um bloco e um lápis, comecei a riscar um novo desenho, com todas as feições do homem de olhos azuis, que o tinha bem mais realista possível em meu pensamento. Quando liguei o visor do telefone faltava apenas 15 minutos para as duas da madrugada, resolvi voltar rastejando para a cama e me deitei ao abraçar com o esboço e assim peguei no sono.

Um dia meu primeiro amorOnde histórias criam vida. Descubra agora