JOHNSON
Em minha casa, meus pais já estavam de saída para o trabalho. Antes de sair, meu pai se dirigiu até meu quarto e me abraçou. Enquanto minha mãe estava na cozinha preparando o café, ela recolheu o telefone e pôde reparar novas mensagens em suas redes sociais, ficou furiosa ao ler as mensagens ameaçadoras de Richard Louis:
— Desgraçado!! Filho da mãe!! — ela lançou o telefone contra a parede ô fazendo trincar a tela.
— Grace?! — meu pai ficou surpreso ao se aproximar e notar minha mãe praticando uma atitude que para ele era absurda.
— John! — minha mãe se assustou, não esperava que ele se aproximaria, pois estava em meu quarto.
— O que houve Grace? — ele se agachou ao chão e recolheu o celular.
— Meu amor! Não há nada grave. — minha mãe se agachou rapidamente ao lado dele, a fim de o impedir que visualizasse a mensagem.
— Por qual motivo atirou o celular contra a parede? — ele se levantou com o celular em mãos, enquanto ela também se levantou tendo as mãos por cima das dele.
— Aih! Meu amor!... o meu telefone estava travando e perdi a paciência! — ela o respondeu com um tom de voz meio rouca, enquanto tinham as pernas a tremerem; apavorada de que ele descobrisse aquela mensagem tão comprometedora.
— Amor, não se preocupe, verei o que posso fazer. — ingenuamente ligou a tela do telefone.
— Johnson!! — desesperadamente o interrompeu ao segurarem as mãos dele. — A campainha... está a tocar, veja quem pode ser? — ela ainda tinha as mãos no braço dele.
— Amor, está bem. — ele se soltou do celular ô deixando nas mãos de minha mãe e seguiu rumo a porta da sala.
Imediatamente minha mãe se dirigiu até o píer, que era a poucos metros do quintal de minha casa, onde atirou o celular na água do mar, fazendo com que afundasse instantaneamente. Retornou as presas para a cozinha, antes que meu pai pudesse a presenciá-la. Disfarçadamente continuou a preparar o café, como se não estivesse ausentado do local.
Meu pai abriu a porta e pôde reparar Erick Simon com um embrulho em mãos, ele aparentava estar tenso ao estar na presença de meu pai, pois sempre que ia a minha casa me avisava antes, quando tocava a campainha sempre o atendia.
— Bom dia! Senhor Skyler. — ele colocou as mãos aos bolsos do jeans.
— Bom dia! Erick. — meu pai o respondeu, demostrando um frio olhar calculista.
— A Kimberley está? — ele o perguntou ao estar meio acanhado.
— Sim, mas ela não está em condições para que a leve para a rua; como a levou no dia anterior... às escondidas! — ele o encarou ao demonstrá-lo antipatia, em tom de grosseria, pois detestava o modo como Erick se comportava, me incentivando os desobedecerem, sendo malcriada e rebelde.
— Não senhor... — ele sentiu um frio percorrerem as mãos, engolindo em seco, portanto percebia o quanto meu pai era contra suas ações e que sua presença ali de alguma forma o motivava preocupação, mesmo ele sendo um bom garoto. — Eu apenas quero desejá-la melhoras, sei que ela não deve estar bem, aquele riquinho de carro importado a acidentou propositadamente. Com certeza aquele mauricinho gosta de chamar a atenção, seduziu a Kimberley e a levou pra somente Deus sabe onde.
— Não seja dramático e superficial! — meu pai o encarou com sério olhar revoltante. — Não me use esse tom demasiado ao se referir aquele moço generoso, pois não o conhece, por isso não o julgue, portanto com o mesmo julgamento que o julgaste, será julgado!!! — meu pai lhe aplicou um sermão, no qual o deixou ressentido e receoso para que pudesse o encará-lo ou até mesmo lhe dirigir a palavra. — Por que observar o cisco no olho do próximo? E não reparas a trave que está no teu próprio olho? — meu pai lhe advertia, enquanto havia escorado a porta para que minha mãe não o chamasse a atenção em aplicar sermões no Erick, que nem mesmo pertencia a uma família religiosa, bem estruturada que seguissem princípios básicos de ensinamentos bíblicos. — Tire primeiro a trave do teu próprio olho e então enxergaras bem para tirar o cisco do olho do teu próximo!
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Um dia meu primeiro amor
RomanceUma história inesquecível de amor, carinho e compreensão. o primeiro amor, o amadurecimento, a relação entre pais e filha. o recomeço e o perdão. as várias maneiras que o amor é capaz de partir e curar o coração. Somente o amor é a solução par...