KIMBERLEY
21 DE JULHO, AS DEZ DA MANHÃ...
Após me despertar, antes de se levantar, fiquei a refletir em meu sonho. Ainda era uma menina ingênua, rebelde, excêntrica, teimosa e mimada. Sonhando com meu primeiro amor. " quando virá meu primeiro amor? Ainda é tão cedo! Mas sei que está por aí, e virá. Um dia o meu primeiro amor".
Me levantei, deixei minha cama como havia passado a noite; toda desarrumada, pois era muito desorganizada consigo mesmo, vivia ganhando sermões de meus pais, mas apesar de não me esforçar, algum dia teria de mudar este péssimo hábito, pois estava na fase inadmissível de intolerância e rebeldia.
Dirigi até a escrivaninha, tomei o lápis e um bloco para desenhos, comecei a rascunhar, ao desenhar um homem, o imaginando as feições nas quais havia sonhado. Logo após me levantei da cadeira em que estava sentada, indo em direção ao banheiro onde fiz minha higiene pessoal, molhando o chão e o espelho ao mesmo tempo, que sujando todo o lavatório de pasta dental. Após sair; entrei novamente em meu quarto e abri o guarda-roupa para me trocar. Ao vestir, calça jeans, onde havia pregueada algumas correntinhas, e uma blusinha vermelha de mini manguinha. Logo em seguida fiz um rabo de cavalo ao cabelo, e após me aprontar, desci para tomar café. Ao me aproximar da mesa tive uma surpresa; já nem estava me fazendo conta de que dia era aquele. " meu aniversário, hoje faço 14 anos ".
— Parabéns querida! — meus pais me saudavam.
— Aih!... não... surpresa outra vez?! Eu odeio surpresas! — fechei o semblante ao se recordar do ano anterior.
" Meus 13 anos, foram uma tragédia".
— John... meu amor, tire fotos! — minha mãe me abraçava, enquanto fazia pose para que meu pai tirasse fotos.
— Não!... hoje não tire fotografias minhas! — me soltei dos braços de minha mãe. — Talvez outro dia permita que tirem fotos, não tenho tempo para frescuras. Me dão licença! Tenho que sair. — os empurrei, mas em seguida senti meu pai me puxar pelo braço.
— Mocinha, onde pensa que está indo?! — meu pai me segurava firmemente. — Hoje é um dia tão especial e queremos passar o dia com a nossa filhinha querida. — meu pai me abraçou. — Vá até o quintal que temos uma surpresa a sua espera.
— Oh!...não! — suspirei ofegante. — Só espero que não seja um palhaço, piscina de bolinhas, bexigas em forma de unicórnio, pirulitos, marshimellos e todos aqueles pestinhas gritando e correndo pelo gramado afora?! — encarei o meu pai que sorriu para mim.
— Venha querida! Você irá adorar.
Meus pais me levaram até o jardim. Quando chegamos, senti vontade de desaparecer da órbita terrestre.
— Surpresa!!! — todos me saldaram.
Como me sentia frustrada e irritada, pois imaginava, que meu pai não me envergonharia outra vez na frente de meus colegas, como no ano anterior. "Porque meu pai tinha que me tratar como uma criancinha de 9 anos?! Já tenho 14! Me sinto envergonhada, ainda mais que ele convidou toda a escola. Com certeza depois aquelas patricinhas e os mauricinhos filhinhos de papai que me odeiam e me acham esquisita; irão zombar de mim". Como sofria a muito tempo de bullying, e quase não tinha amigos. Apenas Erick Simon, de 15 anos. Que também era como eu, sofria com as gozações de outros garotos.
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Um dia meu primeiro amor
RomantizmUma história inesquecível de amor, carinho e compreensão. o primeiro amor, o amadurecimento, a relação entre pais e filha. o recomeço e o perdão. as várias maneiras que o amor é capaz de partir e curar o coração. Somente o amor é a solução par...