NICHOLAS
Ao chegarmos ao pronto socorro, o rapaz de cabelos castanho claro e pares de olhos azuis; estacionou o Mustang na última vaga que se encontrava naquele hospital, pois todas já haviam sido preenchidas. Após desligar o motor do veículo, ele abriu a porta do motorista ao seu lado e apeou; imediatamente a fechou. Logo em seguida caminhou fazendo meia volta por detrás do carro, abrindo a porta do lado do passageiro; ao me retirar o cinto de segurança seus braços ficaram enlaçados a minha cintura. Logo me tomou colocando em seus ombros e se dirigiu até a recepção do hospital. Enquanto naquele instante me desfazia em prantos, ao estar sentindo uma imensa dor que me transpassava por completa.
A recepcionista o pediu que aguardássemos o médico chegar. Ele demorou uns 45 minutos; durante todo o decorrer daqueles segundos, o homem estava sentado de forma desconfortável, pois se sentia agitado e incomodado, enquanto o telefone não parava de vibrar ao bolso. Até que perdeu a paciência e gentilmente me pediu licença e se dirigiu até a parte exterior do hospital, onde havia um gramado e alguns bancos de praça. Ao longe pude escutar que era um tom de voz alterado de uma garota arrogante e autoritária, do outro lado da linha, que dizia ofensas e grosserias ao rapaz, que estava desinquieto andando de um lado para o outro ao estar se encontrando em uma situação embaraçosa, tentando acalmar a moça ao máximo para não atrair a atenção das pessoas que passavam por ali naquele exato momento. " com certeza deve ser a luxenta da irmã ou a ciumenta possessiva da namorada". Pensei, enquanto ele desligou o telefone. Assim que desligou a chamada, ao entrar a recepção, ele ocupou novamente o seu assento ao meu lado.
Na parte centralizada de minha cidade. No hospital onde nos encontrávamos, o ortopedista se apresentou e me atendeu. Durante o atendimento médico, aquele cavalheiro queria me acompanhar até o consultório, mas o arrogante e antipático do médico o pediu que me aguardasse do lado de fora. Como eu queria que aqueles pares de olhos azuis, estivessem ao meu lado, pois como era tenebrosa e gélida aquela sala; assim como aquele entrunfado do ortopedista.
Pois bastava suficientemente a presença daquele exuberante Brady Pitty de olhos azuis e lábios acerejados, para que me fizesse esquecer o mundo inteiro e amenizassem minhas dores.
O médico engessou meu tornozelo, que apenas tinha o osso trincado, fez esterilização e higienização dos ferimentos e me passou uma pomada. Após, enrolou uma faixa em meus joelhos e cotovelos. "Ortopedista dementemente ignorante de mãos pesadas!". Como desejei ser as mãos daquele homem, cuidando novamente de meus ferimentos que ardiam, enquanto aquele médico inoportuno e sem bons modos e educação me tocava. Antes que ele me pudesse liberar, me exigiu completo repouso, ao menos uns quatro meses, sem fazer movimentos bruscos ou me exercitar de forma extravagante e usar corretamente as pomadas e fazer higienização das feridas três vezes ao dia. Ao me advertir de como cuidar de meus ferimentos, nem consegui lhe dar atenção, pois minha cabeça estava longe com os pensamentos ligados somente naquele jovem bem trajado e muito bem-educado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um dia meu primeiro amor
RomanceUma história inesquecível de amor, carinho e compreensão. o primeiro amor, o amadurecimento, a relação entre pais e filha. o recomeço e o perdão. as várias maneiras que o amor é capaz de partir e curar o coração. Somente o amor é a solução par...