Chapter I

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Era para ser um ano normal.

Sem perigos mortais, comensais ou qualquer outra coisa anormal.

Contudo, ela já deveria saber que como a melhor amiga de Harry Potter, integrante do trio de ouro e a bruxa mais inteligente da sua geração ter um ano tranquilo era quase impossível.

No atual momento a encrenca da vez tinha um metro e alguns centímetros de altura, cabelos loiros-mel com adoráveis cachos, olhos cinzas e estava com a boca e mãos sujas de chocolate.

-Granger, não acho que esse tanto de chocolate seja bom pra ele.

E para completar, Draco Malfoy estava sentado ao seu lado. Com olhos arregalados olhando a mini encrenca.

-Granger? Está me ouvindo?

-Acho que ela está em choque. -ouviu a voz de Pansy Parkinson ao longe.

-Mamãe, posso comer mais um sapo de chocolate?

Seu coração deu uma cambalhota ao ouvir o garotinho a chamando de mamãe.

Parece que tinha que concordar com Parkinson dessa vez. Ela estava em choque. Não conseguia parar de encarar o garotinho à sua frente.

Estava em choque desde a hora do jantar. Ela estava na mesa da grifinória conversando com Gina sobre banalidades quando sentiu bracinhos rodeando sua cintura, ao olhar para baixo deu de cara com olhos cinza lagrimejando.

Olhou em volta para ver se achava os responsáveis pela criança, mas só viu alguns curiosos observando a cena. Vendo que a criança a agarrava como se fosse um bote salva-vidas, ela a pegou e tentou conforta-la, porém, a única coisa que saiu da boca do pequeno foi.

-Não briga comigo, mamãe. Foi sem querer.

Para logo em seguida enfiar a cabeça na curvatura de seu pescoço e recomeçar a chorar baixinho.

Nesse momento todo o salão ficou em silêncio, observando a heroína de guerra com olhos arregalados. Rony, que assim como Harry voltou para completar seu último ano, cuspiu todo o suco que tomava.

-Mãe?!

Percebeu que o garotinho levantou o rosto e apontou para a mesa da Sonserina.

-Por que o papai está comendo ali e não aqui com você, mamãe?

Todo o salão olhou para a direção em que o garotinho apontou e viram o rosto de Draco Malfoy ficar pálido.

Se lembra também de Minerva, agora diretora, chamar ela e Malfoy para sua sala. Chegando lá ela fez algumas perguntas para o pequeno e descobriu que ele se chamava Scorpius Granger-Malfoy, tinha três anos e que estava brincando com um "colar engraçado" de sua mãe quando ele começou a girar e quando percebeu ele estava ali.

Minerva falou que deveria mandar uma carta ao Ministério para informar a situação e ver se conseguiriam consertar o vira-tempo, que veio junto com Scorpius, mas que havia quebrado. Depois disso ela os deixou responsáveis por Scorpius e os destinou a um dos dormitórios para os monitores-chefes que não estava em uso.

Agora ela estava ali. Sentada na mesa que havia no dormitório, ao lado de Draco Malfoy, vendo seu filho do futuro se entupir de doces.

-Mamãe, você não me respondeu. Eu posso comer mais um sapo de chocolate?

Voltou a realidade quando sentiu Gina cutucar seu braço.

-Não, digo... melhor não. -se levantou e foi em direção ao garoto- Seu pai tem razão, esse tanto de doces não vai fazer bem a você.

-Mas mamãe...

-Scorpius.

-Tudo bem- disse o garoto lambendo o chocolate das mãos.

Olhou para Malfoy que observava a interação dos dois. Sua atenção voltou para o pequeno, quando o viu bocejar.

-Está na hora de dormir. Vamos?

-Não pode dormir sem escovar os dentes, mamãe. Se não escovar pode dá bichinho. -Scorpius diz indo na direção do banheiro.

-Com certeza é seu filho, Mione- exclama Rony prendendo o riso.

-Vocês- falou apontando para Gina, Harry e Rony- não saiam daqui. E vocês também. - disse para Theodore Nott, Blásio Zabbini e Pansy Parkinson.

Viu os seis assentirem com a cabeça, antes de ir ajudar seu filho a escovar os dentes e logo depois o colocar para dormir.

Descendo as escadas, que davam para a porta do quarto em que Scorpius estava, viu o grupo de sonserinos e grifinórios reunidos, um em cada canto da sala.

-Está bem. Agora podemos conversar sobre essa loucura.

-Bota loucura nisso- resmungou Malfoy sentado em uma poltrona.

-Mas pensem pelo lado bom- Parkinson começou- O que quer que vocês dois tenham no futuro vai resultar em algo fofo, bonito e inteligente.

-Eu tenho que concordar com a Parkinson. -Gina exclamou. -Por que estão me olhando desse jeito? O garoto é a mistura perfeita de vocês dois. Não dá pra negar.

-De qualquer forma, ele vai ficar aqui conosco até o Ministério dar um jeito no vira-tempo quebrado então vamos ter que ter algumas regras.

-Regras? -Rony perguntou.

-Sim, regras. Primeira: não perguntar a Scorpius sobre o futuro.

-Mas...- Theodore começou.

-Não.

-Mas pensa nas coisas que ele poderia nós dizer.

-Não é não, Nott.

-Esta bem, não precisa me olhar como se conseguisse ver minha alma, credo. Já está até com o tom de bronca e só virou mãe a uma hora.

-NOTT.- Malfoy e ela exclamaram.

Todos os olharam com olhos arregalados.

-Voltando as regras. Segundo: vamos tentar nos dar relativamente bem, por Scorpius. Ele não precisa ficar mais aterrorizado do que provavelmente está.

-Concordo com você.-Malfoy fala- Não quero que ele volte pro tempo dele com nossas brigas na cabeça todas as vezes que olhar para os pais.

Todos concordam.

-Bom, acho que é isso. Amanhã o dia vai ser longo então acho melhor irmos dormir.

Depois dos sonserinos e grifinórios irem para os seus devidos dormitórios Hermione e Draco se encararam, sem saber exatamente o que fazer.

-Então...- ele começa.- Você vai dormir com o garoto?

-Vou... Quando eu falei que iria dormir com ele, ele me perguntou se você tinha me chamado de mandona de novo e se eu iria dormir com ele para me acalmar e não jogar um livro na sua cabeça no meio da noite.

-Garoto inteligente.

-Claro. É meu filho.

-Nosso filho, Granger.

Se encararam novamente sem saber o que fazer.

-Acho que vou dormir agora, o dia foi exaustivo. Boa noite, Malfoy.

- Boa noite, Granger.

A view of FutureOnde histórias criam vida. Descubra agora