Chapter III

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Fazia duas horas que Hermione estava procurando Scorpius. Já havia percorrido todo o castelo duas vezes e estava a ponto de entrar em desespero.

E se Malfoy perdeu Scorpius de vista? E se ele caiu e bateu a cabeça e agora está desacordado em algum canto por aí? Ou ele pode ter tentado andar em uma das escadas e ela mudou de possição e agora ele está perdido e assustado. Ou...

Hermione estancou no lugar ao ouvir um grito, que reconheceu sendo de Scorpius. Começou a andar na direção do grito, e percebeu que o grito vinha do campo de quadribol.

Apertando os paços a castanha começou a correr. Até parar de forma abrupta ao entrar no campo e ver Scorpius em uma vassoura, perto do chão, com Draco Malfoy o ajudando a se equilibrar.

Soltando o ar que não percebeu que prendia, Hermione se aproximou da dupla. Sendo notada primeiro por Scorpius que abriu um sorriso ao vê-la.

-Mamãe. Papai está me ensinado a voar.

Draco virou sua atenção para a garota, que parou próxima a eles.

-Que legal, filho. Agora eu posso conversar com seu pai a sós? É rapidinho.

Viu o menino saltar da vassoura e correr em direção a uma mochila que estava encostada em um canto. O garoto tirou de dentro da mochila uma garrafa de água e começou a beber o líquido.

Vendo que a atenção do garoto não estava mais neles, Hermione se virou para Draco.

-Você tem noção do susto que me deu? -perguntou séria.

-Perdão?!

-Quando eu voltei pro Salão Principal e não vi nem você, nem Scorpius ou os outros eu fui atrás de vocês, mas não os achei em nenhum lugar. Sabe o que passou pela minha cabeça?

Vendo que os olhos da garota se encheram de lágrimas, Draco a puxou, quase inconscientemente, para um abraço.

-Me desculpa, Granger.

-Eu fui até às masmorras, mas falaram que não tinham visto nenhum de vocês dois. Então... eu achei que você pudesse ter perdido ele de vista e que ele estava machucado.

Draco apertou o abraço e Hermione encaixou a cabeça entre o pescoço e ombro do loiro.

-Eu nunca iria colocar o garoto em perigo, Granger.

-Eu sei, é só que eu entrei em desespero por ele não estar em lugar nenhum. -falou se afastando e secando as lágrimas do rosto- Agora eu sei o que minha mãe sentiu quando vim a Hogwarts pela primeira vez.

-Deve ter sido difícil para os seus pais deixarem você vim para um mundo completamente desconhecido sozinha.

-É. Não é todo dia que você recebe uma coruja com uma carta no seu aniversário.

Draco franziu o cenho.

-Os trouxas não usam corujas como correio?

Hermione abriu um sorriso e soltou uma pequena risadinha.

-Não, os trouxas tem seu próprio sistema de correio. Você vai até uma agência de correio e paga um valor para mandarem, e então eles mandam as cartas ou pacotes por carro ou, em alguns casos, avião até uma outra agência de correios da região em que o pacote deve ser entregue e a pessoa pode ir até a agência pegar a encomenda ou esperar em casa.

-Que complicado. -a garota concordou com a cabeça- O que são carros e aviões?

-Bom... isso é um pouco mais complicado de explicar.

Antes que Draco pudesse falar, Scorpius se aproximou dos país.

-Mamãe, estava chorando?

-Estava, mas agora está tudo bem.

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