Chapter IX

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No dia seguinte Draco foi o primeiro a acordar.

Ele abriu os olhos e viu tanto Scorpius quanto Hermione o usando de travesseiro. Os dois estavam com as cabeças apoiadas na curvatura de seu pescoço e a mão de Hermione estava sobre a de Scorpius, que estava em sua barriga.

Abriu um pequeno sorriso e fez cafuné em ambos. Scorpius abriu um sorriso inconsciente e o abraçou mais forte. Naquele momento Draco se pegou com todo seu mundo nos braços.

Querendo ou não Draco havia começado a amar Scorpius. O amava e só de saber que iria o perder, mesmo que temporariamente, estava o destruindo por dentro. Havia se acostumado com a presença dele ali. Com as perguntas, como "Papai como funciona isso..." ou "Papai o que é isso..." . Entretanto, por outro lado ficava feliz de saber que o seu eu do futuro não iria mais sofrer pela perda do filho.

Outra coisa que o alegrava era saber que no futuro iria conseguir superar os silenciosos demônios que ainda o atormentavam e que iria conseguir se dar a chance de ter uma família para amar e ser amado de volta.

Iria conseguir deixar o passado para trás e se dar a chance de ser feliz.

Sentiu um pequeno carinho na bochecha e olhou para a direção que vinha. Deu de cara com uma Hermione sonolenta, com o fofo biquinho que fazia quando dormia, o olhando de modo curioso e sonolento.

-Como -começou ela com uma voz rouca de sono- você consegue ficar bonito até quando acorda?

Não tinha certeza se ela queria dizer aquilo ou se ainda estava sob efeito do sono, então ligeiramente se inclinou sobre ela e deu um selar em sua testa.

-Se me acha bonito de manhã você deveria se olhar no espelho. Você parece uma deusa grega perto de mim, um mero mortal.

A viu corar e dar um sorriso envergonhado.

-Estes seus galantes não funcionam comigo, Malfoy.

-Então por que corou, futura Malfoy?

Ela o deu um sorriso aberto para logo em seguida dar um beijo em seu pescoço, o que causou uma onda de calafrios pelo corpo do loiro.

O olhar da garota caiu do loiro para sua miniatura com cachos, que ainda dormia com a cabeça sobre o peito de Draco. Passou as mãos delicadamente sobre os cachos desarrumados do menino.

-Ele é lindo, não é? -a garota perguntou sem tirar os olhos do menino. O sonserino concordou com a cabeça. -Eu que fiz. -completou ela dando um sorriso presunçoso.

O sonserino a olhou sem reação.

-Ei. Eu também tive participação.

-Não estou tirando seu crédito. Você participou em... -ela disse enquanto fingia fazer uma conta imaginaria- um por cento do processo. Talvez dois.

Ele a olhou com indignação e alegria genuína, resolveu entrar na brincadeira dela.

-Dois? Pela minha percepção, eu acho que deveria ter, pelo menos, vinte e cinco.

-Vinte e cinco? -exclamou ela com uma indignação teatral- Ok, eu deixo você ficar com... quinze por cento do crédito.

-Quinze?! Está bem... quinze é um bom número.

Trocaram olhares e um pequeno riso. Logo a atenção de ambos caiu novamente em Scorpius, que dava sinais que estava acordando.

O viram levar as mãos de modo preguiçoso até os olhos e os coçar enquanto se espreguiçava. Ele abriu os olhos cinza, que ainda ficaram um pouco fechados por conta do sono, e olhou para os pais de forma curiosa.

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