𓆩𝑰𓆪

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˗ˏˋ𝑷𝑶𝑽: 𝑫𝒊𝒍𝒖𝒄ˎˊ˗

Outra noite nessa taverna e eu, com certeza, me jogo de cima da estátua do Arconte Anemo. Sinceramente, gostaria que minha família tivesse deixado uma
outra herança para mim, invés de um emprego que só me dê dor de cabeça de tanto ouvir as intermináveis conversinhas dos bêbados de Mondstadt.

— Estou te dizendo, Diluc *hic*, eu me tornaria o melhor de Mondstadt!

— Claro, Venti, ia sim. — Falo desinteressado.

— Hum, se eu fosse um dos cavaleiros *hic* eu já teria pegado *hic* aquele ladrão infeliz que tá roubando mora de todo mundo. *hic*

Viro meu rosto, olhando seriamente para o bardo — O que você disse?

— Não tá sabendo? *hic* Tem um ladrão roubando mora da maioria das lojas todas as noites, já faz uns dias! *hic* Ele é tão rápido que nem os cavaleiros conseguiram achar rastros dele!

— Ei, cuida do balcão pra mim. — Falo pra um dos meus funcionários, que logo assume meu lugar no bar.

— Pra onde você vai, Diluc? *hic*

— Preciso falar com alguém.

Subo as escadas até o segundo andar da taverna com certa raiva, andando em passos firmes até uma mesa específica, parando na frente da mesma com os braços cruzados. Não é possível que os cavaleiros de Favonius estejam piorando a cada ano.

— Você tem um minuto?

— Estou acompanhado agora, volte de-

— Ótimo. Com licença senhorita, eu preciso conversar com ele por um instante.

Após a loira se levantar, não tão feliz por isso, eu sento onde ela estava, encarando o mais novo.

— Você é um empata foda, maninho.

— Sem brincadeiras agora, Kaeya. Pode me explicar que história é essa de ter um ladrão em Mondstadt?

— Qual é, você sabe que eu não posso dar mais informações do que as que provavelmente você já tem, você não é mais um cavaleiro.

— Eu sei, mas mesmo assim eu tenho que estar ciente caso alguém esteja causando problemas, você sabe...

— Pra quê? Você é o herói noturno agora? Não tem muito que você possa fazer sem ser um cavaleiro. Nós vamos cuidar dele.

— Talvez eu seja.

— Não é, eu coloquei meus cachorrinhos — Ele engasga levemente com seu vinho — Digo, colegas de equipe, atrás de você algumas vezes, e em todas você sempre estava longe de onde o herói noturno agia. Você só tá com um complexo de salvador.

— Você fez o quê?! — Forcei minha melhor atuação, não é como se eu não soubesse dos guardas atrás de mim toda hora, eles também não são tão difíceis assim de despistar.

— Relaxa, maninho. Eu só tava fazendo meu trabalho. — Sorri sarcástico.

— Claro que sim. — Suspiro, não vou conseguir nenhuma informação dele. — Esquece, você não vai me dizer nada interessante como sempre. — Levanto-me da cadeira. — E pare de me chamar de maninho.

— Certo, maninho. — Foi a última coisa que eu ouvi do moreno antes de virar e sair de lá, acho que eu mesmo terei de investigar isso.

Desci as escadas da taverna, saíndo pela porta dos fundos, onde nenhum dos clientes estava prestando atenção, e fui em busca de respostas.

Coloquei meu capuz, ter um cabelo chamativo e um "emprego secreto" não combinam muito... E fui em direção ao portão secundário, onde sempre havia uma segurança mínima, ou nenhuma.

Como dito, não há nenhum guarda no portão, como querem que não tenha um ladrão da cidade?

Era sempre a mesma coisa, os infelizes roubavam os comerciantes, saíam por esse portão, trocavam mora no mercado de Liyue e voltavam pra cá, mas na pressa, deixavam uma pista ou outra. É só dar uma olhada aqui...

˗ˏˋ𝑷𝑶𝑽: 𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂ˎˊ˗

Enquanto analisava algumas pequenas tendas que estavam jogadas embaixo da escada que ia do portão secundário para a rua principal da cidade, Diluc ouviu passos, e ficou imóvel, para seu alvo não ouvi-lo e isso acabar logo.
Assim que a pessoa encapuzada desceu as escadas em direção ao portão, Diluc empunhou sua espada e foi em direção ao alvo.

— Ora ora, já vai? Está cedo. — Disse Diluc, com um meio sorriso em seu rosto.

O pequeno ladrão ameaçou correr do mais velho, mas Diluc logo bateu sua espada no chão e formou uma barreira de fogo na frente dele.

— Não, não... Você não vai escapar tão fácil de mim.

A medida que o homem de cabelos avermelhados se aproximava, o ladrão ficava mais ansioso, sem saber o que fazer naquele momento, e o herói noturno se dava por vencido, até que o encapuzado forma um redemoinho em frente ao fogo, o qual vai em direção a Diluc.

Em um pensamento de meio segundo e um pulo tão rápido quanto, Diluc desvia do redemoinho de fogo, mas perde o ladrão de vista, pois o mesmo fugiu enquanto o herói estava em choque.

— I-Isso foi... Um elemento Anemo?!

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Desculpem o primeiro capítulo ter sido curtinho, prometo fazer capítulos maiores daqui pra frente! ✧\(>o<)ノ✧

𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐅𝐨𝐠𝐨 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐨 𝐕𝐞𝐧𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora