𓆩𝑰𝑰𓆪

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˗ˏˋ𝑷𝑶𝑽: 𝑫𝒊𝒍𝒖𝒄ˎˊ˗ ꕤ ⧼ 𝑸𝒖𝒆𝒃𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝑻𝒆𝒎𝒑𝒐 ⧽

Senti meus olhos doerem com a claridade que adentrava meu quarto, olhei para o relógio e me espantei; fiquei acordado a noite inteira tentando entender o que aconteceu noite passada.

Talvez agora eu entenda o motivo do ladrão ainda não ter sido pego, mas não consigo entender como diabos ele tem um poder elemental, e ainda por cima, o Anemo.

Em alguns dos inúmeros livros que estavam agora espalhados pela mesa do meu escritório, lendas e histórias sobre o elemento Anemo estavam descritas de formas diferenciadas, mas todas diziam algo em comum; era, com certeza, o elemento mais raro de Teyvat. Corre pela boca do povo que o Arconte Anemo nunca repassou seu poder para ninguém, então o elemento morreu com ele.

Mas não foi o que eu vi.

Ou eu vi errado? E se foi apenas um sonho e noite passada nunca aconteceu? Há mesmo um ladrão em Mondstadt? Talvez eu deva fazer uma pesquisa, aproveitar que os comerciantes vão abrir o mercado agora.

Arrumei minha camiseta, amarrei novamente meu cabelo, peguei meu casaco e saí de casa em direção ao centro. Se houver mesmo um ladrão, os murmúrios estarão rolando soltos agora, se não, eu preciso fazer uma visitinha a alguma estátua para uma benção, talvez isso arrume minhas idéias.

— Isso já tá passando dos limites! Não aguento mais, desse jeito morrerei de fome!

— O que aconteceu, Donna? — Digo ao chegar ao lado da moça, que teve um leve susto ao me ver.

— D-Diluc! Digo, m-mestre Diluc! Perdoe-me, eu fui roubada esta noite e estou um pouco fora de controle, sabe? Hehe, e-eu não sou assim sempre...

— Então tem mesmo um ladrão... — Murmurei, frustrado. Se é verdade, então há mesmo uma pessoa com a porra de um poder que não era pra existir.

— D-Desculpe, o que disse? — Percebi que a ruiva me encarava quando subi meu olhar. Droga, Diluc, os cidadãos de Mondstadt te respeitam, não deixe eles perceberem que até você está com medo.

— Precisa de mora? Eu não vejo problema em ajudar.

— N-Não é nescessário! Não quero ser um fardo, mestre Diluc! Está tudo bem, só não quero ser roubada novamente

— Claro... Tenho que ir, perdoe-me. Avise se precisar de alguma coisa.

Pude ouvir gaguejos e murmúrios da garota enquanto eu me distanciava de sua loja, voltando pra minha casa. Preciso arquitetar um plano pra pegar esse... Não sei mais nem com o quê eu estou lidando.

— Vejamos... — Adentro novamente meu escritório, jogo meu casaco em algum lugar do cômodo e sento em minha cadeira, abrindo um caderno pra começar a pensar em um bom plano. — A taverna nunca foi roubada porque não fecha durante a noite, mas fica do lado do portão que ele usa pra fugir, então seria ótimo pra ele...

É isso! O plano perfeito, com certeza isso vai chamar a atenção dele.

ꕤ ⧼ 𝑸𝒖𝒆𝒃𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝑻𝒆𝒎𝒑𝒐 ⧽ ꕤ

— FECHADO?!?!

— Qual é?! Você não pode fechar a taverna!

— Vocês ainda sabem ler, que bom, pensei que o álcool tinha afetado isso também. — Digo em um tom calmo, diferente dos dois clientes mais fiéis que a taverna poderia ter.

𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐅𝐨𝐠𝐨 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐨 𝐕𝐞𝐧𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora