Perguntas

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Sinto meus olhos pesados. Meu corpo todo doi. Meus ossos doem. Minha cabeça parece que vai explodir.

Assim que tenho coragem de abrir os olhos, os fecho novamente pela claridade que me cega.

— Ela acordou. — escuto uma voz vinda da direita.

Levanto minha mão dolorida até a testa para barrar a luz e conseguir enxergar o falante.

São os alunos do colégio envolta da minha cama me olhando de uma maneira preocupada.

— Liry, você está bem? — pergunta Nobara, sua testa de franze em preocupação.

— On-onde... á‐gua... por-porfavor. — sinto minha garganta seca. Quando engulo sinto gosto de sangue.

Itadori se apressa saindo do quarto gritando que vai pedir uma garrafa à  enfermeira.

— Você está na enfermaria da escola. Não se lembra do que aconteceu? — diz Maki.

— Atum. — fala Toge.

Como minha garganta me impede de falar qualquer coisa no momento, apenas assinto.

Como poderia me esquecer? Aquilo foi pior que qualquer coisa que eu já presenciei na vida. Pior que o encontro com o demônio de correntes dias atrás.

Aquela dor. Nunca senti nada igual. Era dilacerante. Como mil facas quentes perfurando minha pele. O que era aquilo?

O demônio... meu Deus. SATORU. Onde ele está?

Eu me sento apressada sem muito tempo para processar a dor que vem junto.

Quando faço isso é que me deparo com a agulha do soro em meu braço.

— Ei, ei, ei. Você está fraca demais, tem que descansar. — Nobara toca meus ombros os empurrando de leve para escostar na cabeceira da cama.

— Sa.... sa-toru. — pronuncio o nome com dificuldade.

Os garotos se olham como se decidissem se deviam falar ou não, mas Megume toma a dianteira.

— Ele está bem, te trouxe aqui e pediu que cuidassemos de você.

Eu o encaro e ele percebe que não vou me contentar só com isso, Megume suspira.

—Ele foi atrás do demônio que fez isso.

Eu gelo.

— Ele é muito poderoso, acredite ele vai ficar bem. Nanami foi atrás dele.

Nesse momento Itadori volta com um copo e uma jarra da mão acompanhado de uma uma mulher vestida de branco. Possivelmente a enfermeira.

— Acreditam que eles não tem garrafa de água? Que tipo de lugar não tem garrafa de água? — ele para próximo a cama — Porque estão com essa cara de quem comeu e não gostou? Alguém morreu?

— Como você é idiota. — Nobara acusa.

— Tudo bem criançada, agora preciso que saiam. O horário de visita acabou. — diz a enfermeira.

— Mas isso nem é um hospital, porque tem horário de visita? — questiona Itadori.

A enfermeira com aparência idosa é cabelos grisalhos o fuzila com o olhar.

— Vamos logo, idiota. — Megume o puxa em direção a porta.

Antes de sair a enfermeira pega o copo e o jarro de suas mãos.

— Descansa Liry. Nós voltamos depois. — tranquiliza Maki fechando a porta.

— QUANDO O "HOSPITAL" PERMITIR HORÁRIO DE VISITA. — escuto Itadori gritar do corredor.

Não deixo de dar um sorriso. Mas isso custa minha garganta.

A enfermeira percebe e me dá o copo de água.

— Tome isso também, ajuda com a dor. — fala me entregando dois compridos.

Os engulo junto com copos e copos de água.

— Melhor?

Eu assinto.

— Sim... mui-to o-brigada.

— Você passou por muita coisa não é? Chegou aqui convulsionando e gritando.

— Eu... nunca senti na-da pa-parecido.

— Nunca vi nada igual. — diz trocando o recipiente do soro.

— Quer di-dizer que isso não é nor-mal?

Ela se vira pra mim e vejo suas rugas se aprofundando em sinal de preocupação.

— Nunca vi um demônio fazer isso com ninguém, menina. Seja o que for, isso é novo — ela faz uma pausa — e perigoso.

Eu fico atônita. O que está acontecendo? Por que me querem tanto? O que eu fiz pra esses seres?

Não tenho respostas pra nenhuma das perguntas que rodam a minha mente desse momento.

Não quero ficar nessa cama sentindo pena de mim mesma. Quero entreter O QUÊ está acontecendo.

Quero achar aquele demônio desgraçado e dar um soco da cara dele.

Vou achar esse chefe e faze-lo pagar. Não importa o que me custe.

Não posso viver assim. Possivelmente perdi meu emprego. Tive que mentir pra pessoa que mais me importo no mundo, e me vejo em um mundo completamente diferente do dia pra noite.

Por culpa desses monstros, mas não consigo ir atrás deles sozinha, não sou capaz de se quer me defender deles.

Não quero me sentir daquele jeito nunca mais. Deitada no chão chorando e inválida enquanto ele me torturava como bem entendesse.

Preciso lutar. Preciso ser forte até tudo isso acabar. Preciso de respostas.

Espero que me deixem treinar com eles.

Espero que me deixem ser uma Feiticeira Jujutsu.

— Sabe o que é mais estranho? — pergunta a enfermeira me tirando dos meus devaneios.

Me viro na direção dela.

— Você chegou aqui com hemorragias, vomitando sangue.

— O QUÊ? COMO É POSSÍVEL? Eu estou com elas ainda?

— Elas sumiram.

— O que quer dizer com sumiram?

— Desapareceram de uma hora pra outra. Eu me virei  quando a vi de novo,  você está bem.

Não consigo falar nada. Estou chocada demais pra isso. Apenas a encaro incrédula.

— Você quase morreu, garota.

Ela parece tão assustada quanto eu.

— Em todos os anos que cuido de Feiticeiros jamais vi um caso como o seu.

Ela se aproxima de mim.

— Então te pergunto: O que você é?



Oii gente, como vocês estão????

Não esqueçam de votar no cap isso me ajuda e motiva muitooo

Queria me desculpar pela demora pra atualizar a fic a escola sugando minha alma.

Mas eai, gostaram desse cap???

Ansiosos para o próximo??

O que vcs acham que a Liry é??? 🤔🧐🧐🧐

maldições por toda a parte • (jjk fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora