Marcas de Sofrimento- Noart

Capítulo 25

Noah pov.

Quando o Dr. sai a D. Ursula se recompõem e olha fixamente para a Heyoon.

-Tu deves ser a namorada do meu filho - D. Ursula diz é coloca a mão na bochecha da Heyoon.

-Sou sim.-ela responde mais calma.

-Espero que quando o meu filho sair dessa sejam muito felizes.-ela diz olhando nos olhos da Heyoon.

-Eu também espero senhora. -Heyoon diz e a D. Ursula a abraça.

-Já que estão aqui eu e o Richard precisamos de vos contar uma coisa mas não no meio do corredor.

-Vamos entrar no quarto onde eu estava, lá teremos mais privacidade.

Entramos e vai cada um para um lado. O Sr. e a Sra. Beauchump vão para o centro da sala.

-Eu e o Richard sempre tentamos ter um filho, sempre foi um desejo nosso, mas não acontecia de jeito nenhum então decidimos ir ao médico e descobrimos que eu era infértil... - uma lágrima escorre pelo ser rosto cansado que é limpa rápidamente e D. Ursula continua.

-Foi uma facada no meu coração, nós os dois sempre tivemos esse sonho mas o Richard sempre foi que desejou mais e eu como mulher me senti impotênte. Nunca lhe puderia dar o que o que ele mais queria. Ele sempre dizia que o amor supera tudo e que mesmo não tendo um filho ele me amava incondicionalmente. Mas eu sempre soube que não, mesmo que ele dissesse com todas as palavras. Algumas semanas depois da notícia eu me tornava um nada até que eu tentei.... - D. Ursula chora e eu reparo na cena da minha mãe agarrada à minha irmã a chorar e a mesma abraçada à minha mãe. O Bailey com o braço por cima dos ombros da irmã que chora na sua blusa e eu abraçava o meu próprio corpo.

-No momento em que eu ia acabar com aquele sofrimento a campainha toca e não tinha ninguém em casa. Eu ganhei uma força vinda do além e fui abrir a mesma, e me deparo com uma criança que dormia serenamente enrolada no cobertor. Ele não tinha meses, ele tinha por volta de 7 ou 8 anos. Estava sujo como se tivesse sobrevivido a uma guerra, estava com alguns arranhões,nada grave. Eu sem pensar coloquei a criança para dentro dei-lhe banho e tratei das feridas isto sem ele acordar. Richard chegou a casa viu a criança deitada no sofá e achou entranho . Contei lhe tudo o que tinha acontecido omitindo a parte da minha tentativa... Enfim o menino acordou completamente confuso e ele não falava , o que nos achamos estranho, levamo-lo para o médico sem contar realmente que ele não era nosso filho pois ele o iria tirar de nós. O mesmo nos explicou que ele teve um traumatismo que afetou a memória, fazendo-o esquecer de tudo o que viveu. Isso justificava a confusão dele e de ele não saber falar, mas conseguia andar e fazer tudo perfeitamente. O adotamos, não dá maneira original pois demoraria muito e fariam muitas perguntas. Contratamos um advogado muito bom e consseguimos fazer a adoção. Demos-lhe o nome de josh que significa "Deus é a salvação", pois ele sim foi a minha e a nossa salvação. Por fim nos mudamos para cá e foi sempre tudo normal. O bom é que ele foi muito parecido connosco, o loiro do meu cabelo e os olhos azuis do Richard.

Sina pov.

Após sair do hospital eu fui visitar um lugar onde já não vinha à muito tempo.
Entro no cemitério e vou em direção do túmulo dos meus pais.
Me ajoelho e me desmancho em lágrimas e ficar angústiada.

-Eu acho que o encontrei depois de tanto procurar, de tanto sofrer, ele é lindo mãe um verdadeiro homem. Tem o seu feitio pai sem tirar nem por, e a aparência é muito parecida com o nossa mãe. Eu  fui cega e nunca percebi, só pode ser ele.

-Eu vou fazer um exame para saber se sou compatível. Se eu for é porque ele é o Ethan o nosso Ethan - encosto a cabeça no túmulo e tento controlar a minha respiração.

-Ele vai ficar bem, vai dar tudo certo prometo. Cuidem de nós aí de cima e eu prometo que o trago para vós visitar eu juro. - seco as lágrimas e apanho um táxi para o hospital.

Entro no mesmo e encontro o médico que estava a acompanhar o Josh e lhe digo que preciso de fazer o teste de compatibilidade. Ele estranha muito no início e começa a disparar perguntas e eu acabo por reparar no noah, que fala com a sua mãe, na Shivani e no Bailey. Tento não chamar à atenção e entro no consultório.

-Ainda vai demorar um pouco, tenha paciência-ele diz.

-Dr. ninguém pode saber que eu estou a fazer isto. Os pais do Josh daqui a pouco chegam e não lhe pode contar que eu estou a fazer o teste até que saia o resultado.

-Entendi-alguém bate na porta e é uma infermejra para informar que os pais do Josh já chegaram.

-Já vou, fique com ela e lhe entregue o resultado do exame no fim. - ele diz e a enfermeira assente.

Passado uns 10 minutos ou um pouco mais recebo o resultado e as lágrimas vêm automaticamente.

É ele. Ele é o Ethan o meu irmão.

Saio do consultório, passo por uma sala que tem a porta entreaberta e vejo o  Noah e os outros lá dentro.

Housso tudo o que a suposta mãe do Josh diz. Fico em choque e com raiva ao mesmo tempo.
Ganho coragem e entro na sala.

-Nunca pensou que o menino que encontrou tivesse família? Nunca lhe ocorreu que alguém estivesse atrás dele? Nunca lhe ocorreu lhe contar a verdade? Nunca pensou que ele poderia querer ter a oportunidade de conhecer a verdadeira família dele? Não não lhe ocorreu pois a felicidade tinha invadido a sua vida, mas ao mesmo tempo oque não sabia é que momentos atrás tinha acabado a vida de alguém. - explodo e todos ficam a olhar para mim mas continuo.

-Eu Sina Deinert cresci feliz até aos meus 6 anos de idade. No que dizia a vida familiar ,tinha uma ótima mãe, um ótimo pai e um ótimo irmão que era parte de mim.
Tudo isso acabou num acidente de carro onde vi o meu pai cortado ao meio já sem vida e a minha mãe, ainda com um fio de vida que fosse e usou as únicas forças que tinha para dar a mensagem que nunca esqueci, "Sina a verdade é que todo mundo vai te maguar. Tu apenas tem que encontrar algo por que vale a pena sofrer". Nesse dia perdi tudo o que eu tinha de bom minha mãe, meu pai e o meu irmão que desapareceu sem deixar rastro. Vivi os anos seguintes onde as pessoas como eu iam, pessoas que não tinham famílianingue ninguém queria adotar. Diziam que eu era fechada demais, não socializava. Mas o que eu sentia realmente é que ninguém merecia a minha companhia porque Deus me tirou o melhor de mim. Em vez de eu morrer junto com eles, não! Me deixou a sofrer como castigo pois aquele acidente só aconteceu por eu ser burra ao ponto de fugir de casa para brincar com a minha amiga.
Sinto que ainda não mereço viver porque quem não tinha culpa de nada morreu. Saí do orfanato com 18 anos. Trabalhei para me sustentar e ganhar a vida. Comecei a frequentar psicólogos quando o dinheiro sobrava e com o tempo que sobrava eu tentava arranjar pistas do paradeiro do meu irmão. Eu vivi quase a minha vida toda a pensar onde ele estava, se estava vivo. Sempre me culpava. EU SEMPRE O PROCUREI. Puder ver o lindo homem que ele ia se tornar, eu perdi isso, eu não estive lá quando ele precisou. Mas uma coisa eu tenho a agradecer aos senhores, ele é quem é devido a vocês e agradeço por ele estar bem e não ter passado o que eu passei porque nem toda a gente conssegue e eu sei o que é tentar acabar com o sofrimento,eu também tentei tirar a minha vida mas não conssegui pois eu sabia que o meu irmão um dia ainda ia precisar de mim. - acabo em meio de lágrimas e atiro a folha do resultado do exame para os pés do Sr. e Sr. Beauchump.

E reparo nos olhares de pena deles, e a lágrimas nos olhos das meninas até mesmo da mãe do Noah.

-Não preciso da vossa pena. - Saio do quarto e dou de caras com o Dr.

-Você é compatível, já utilizamos o sangue ele deve estar prestes a acordar.

Dou um sorriso fraco e olho para trás para onde eles estão.

-O que estão à espera, eu quero que ele acorde e tenha a sua família toda ao seu lado. Eu já fiz a minha parte.

Saio do hospital sem acreditar que conssegui dizer tudo o que sempre me presseguiu. Estou feliz por telo encontrado e ele estar bem. Ainda não tenho coragem de falar com ele por isso acho melhor me afastar por agora.

Continua...
Então o que acharam destas revelações?
Não se esqueçam de deixar a estrelinha
Logo logo tem mais. Beijos😘