Capítulo 29

295 21 4
                                    

Sina pov.

Abro os meus olhos com dificuldade, e quase fico cega com a claridade. Corro o meu olhar pelo quarto e me deparo com o Noah completamente desmaiado numa poltrona no canto do quarto.

Levanto -me da cama e ando calmamente até ele.
Ele dorme calmamente com a respiração regular e todo encolhido na poltrona, o que lhe dará uma dor de costas mais tarde.
Passo a minha mão pelos seus cabelos macios e ele sorri ainda dormindo.

-Noah. - sussurro.

-Hummm. - murmura em resposta.

-Acorda preguiçoso. - digo e ele abre os olhos.

-Sina! Finalmente acordaste, mas volta para a cama já. Ainda não deves estar de pé. - sem antes eu responder ele me pega no colo e me coloca de volta na cama.

-Não exageres eu estou bem, só com um pouco de dor de cabeça mas nada grave.

-Vou chamar o médico, volto já. - ele vai em direçao à porta.
Suspiro pondo-me mais confortávelmente na cama e logo em seguida o Noah regressa com um doutor.

-Bom dia Sina, é bom vê-la acordada finalmente. -ele diz aparentemente de bom humor.

-É bom estar acordada, mas então doutor...-olho para tentar ver o nome no crachá-Nicolau o que me aconteceu?

-Então tal como disse ao seus acompanhantes você teve um ataque de ansiedade, acho que deve saber o que é.

-Sim eu sei o que é. Eu nunca tive um ataque assim tão forte. - o doutor e o Noah me questionam com o olhar.

-Então já teve um ataque ou crise?- concordo com a cabeça.

-Sim já tive crises como aumento cardíaco, suar bastante e tremer, nada além disso. Mas eu controlava e depois passava.

-Já frequentou um psicólogo? - questionou o doutor.

-Sim. Já à algum tempo que deixei de frequentar, mas a última vez que tive uma crise foi um pouco antes de ter a primeira consulta fesde aí nunca tive, até agora. - quando acabo de falar o Noah parece meio aborrecido.

-Então vamos fazer assim, como eu fiz alguns exames e está tudo completamente bem, veremos se tiver alguma outra crise ou ataque eu irei receitar uns remédios e talvez volte a visitar o seu psicólogo. - concordo com a cabeça, volto o meu olhar para o Noah e depois para a janela grande no meu quarto.

-Vou deixá-la descansar e voltarei para lhe dar alta. - o Dr. Nicolau sai da sala nos deixando sozinhos.
O Noah vai em direção à janela em silêncio.

-Porque é que nunca me dissestes das crises? - ele questiona rude e talvez chateado.

-Nós nos conhecemos nem faz um ano, e é um assunto não muito comum para contar a alguém que é seu chefe. - respondo no mesmo tom.

-Não quero que escondas as coisas de mim. - eu começo a ficar irritada.

-Neste momento Noah tu sabes mais da minha vida do que eu da tua, corrigindo, toda a gente sabe da minha vida, a minha cara está estampada nos jornais, cada pessoa lá fora inventa uma história diferente de mim. - me levanto da cama de novo- tudo o que eu sei de ti não foste tu que me disseste, eu ouvi.

-As pessoas não sabem nada. - ele vira-se para mim, eu me aproximo dele e os nossos nariz quase que se tocam.

-Pelo menos é por elas que eu sei alguma coisa porque de ti já vi que não sai nada.

-SE EU NÃO TE CONTEI É PORQUE AINDA NÃO CONFIO EM TI. - eu estremeço e fico impactada com o que ele acabara de dizer.

-Eu preciso de descançar, por favor deixa-me sozinha.

Marcas de Sofrimento- NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora