8

506 50 3
                                    

Este capítulo pode conter gatilhos.
Por isso se for sensível a este conteúdo não aconselho a ler.
Violência Doméstica.

Estaciono o carro á frente da Mansão Willow

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estaciono o carro á frente da Mansão Willow.
Rezo para que o meu pai não esteja em casa.
Abro a porta, lentamente.
Ouço o barulho de panelas a bater no chão.
Ando até á cozinha, para ver o que se passava.
Encontro a Dona Amélia fazendo o jantar.
- Boa tarde, senhorita Amélia- ela deu um pulo com o susto.
- Aí Deus, menino quer me matar assim?- ela me encara furiosa, enquanto eu segurava para não rir da cara dela.
- Desculpa aí, então o que será o jantar?- questiona curioso
- Será uma novidade da minha autoria, por isso saia da minha cozinha- ela aponta para a porta, levanto os braços em rendição e sai de lá antes que ela me arranque a cabeça.
Ouço passos pesados findo em minha direção.
Sinto uma mão no meu ombro.
- A gente fala no jantar- O meu pai diz com a sua voz grossa, ele aperta o meu ombro fortemente.
Ele simplesmente sai andando até ao escritório.
Subo até ao meu quarto.
Sento-me no parapeito da janela e tiro um cigarro do bolso da jaqueta que vestia.
Fico olhando as estrelas.
Os meus pensamentos começam a voar em direção a ela.
Á anos que não me rir como eu ri com ela.
Ela tinha aquele brilho nos olhos e um sorriso contagiante.
Deus... Credo...
Porque eu estou a pensar nela?
Alguém bate na porta levemente.
A minha mãe entra sem se importar se eu quero saber ou não...
É sempre assim, até já me acostumei.
- Vamos jantar, filho- ela sai sem dizer mais nada
Apago o cigarro no cinzeiro.
Ando até á sala de jantar.
Tem uma messa grande de madeira de carvalho bem no meio da sala, alguns quadros na parede e um bar no canto. Uma sala de jantar básica.
O meu pai como sempre se senta na cabeceira da mesa com a minha mãe do seu lado.
Eu me sento bem na outra cabeceira da messa.
Uma sopa de legumes é servida.
A cada colherada que levo á boca sinto o olhar raivoso do meu pai direcionado a mim.
- Ouvi dizer que tiveste que reprovaste na prova de química - meu pai diz com uma voz rouca.
Um frio aparece no meu corpo e se aloja na minha espinha.
O meu estômago se embrulha.
- Não foi muito bem, tenho que admitir isso- continuo com os olhos fixos no prato á minha frente.
Não tenho coragem para encarar o meu pai.
Ele se alevanta de repente e bate as mãos na messa fortemente,s que faz a minha mãe se assustar, com a rapidez do seu ato.
Era agora que começa o meu pesadelo.
Ele respira fundo.
Como estive se tentar buscar paciência, para mim.
- Tudo bem, poderás só ajudar a limpar a casa, e estudares mais- ele dá de ombros.
O encaro confuso...
Só isso?
- Sério?- pergunto espantado.
- Podes começar por esta sala.- ele arremessa o prato ainda com sopa, na parede atrás de mim, fazendo vários vídeos e a sopa quente baterem nas minhas costas.
A minha mãe simplesmente abaixou a cabeça fingindo não ver, aquela situação.
Ele não batia nela, só em mim.
Eu era o seu saco de boxe quando ele estava nervoso ou furioso.
Cada coisa que eu fazia de errado ele mandava aquilo na minha cara.
Como a culpa de tudo que acontece de mal na sua vida fosse minha culpa.
Toco de leve na minha bochecha e sinto algo quente escorrer por ela.
Os bocados do prato acabaram por cortar um pouco a minha pele.
Ele começa a arremessar tudo o que ele via na sua frente.
A minha mãe saiu e fechou a porta.
Deixando me ali sozinho com aquele monstro que chamo de "pai".
Levanto da messa e ando para trás, fazendo as minhas costas baterem na parede.
Ele anda até mim, lentamente com aquele brilho furioso no olhar, como se fosse me matar.
Ele me dá um murro forte na minha cara.
Eu apenas deixava acontecer, não queria baixar ao seu nível.
Podem me conciderar fraco por o deixar fazer isto comigo.
Mas se ele não descontar a raiva em mim ele iria descontar nela.
Não podia deixar ele fazer isso com ela.
Isso apenas aconteceu uma vez.
Eu não estava em casa e o meu pai tinha acabado de perder um grande contrato.
E ele acabou por deixar acontecer.
Mas lembro-me que no dia seguinte ele apenas comprou flores e disse que a culpa era minha pois não estava sem casa.
E como a minha mãe é tão ingénua. Ela o perdou.
Ele continua a dar murros e pontapés.
Apenas o empurro e sai daquele inferno de casa.

Apenas o empurro e sai daquele inferno de casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


PerfeiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora