Capítulo 2

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Pov. Matteo

Quando ela se afastou senti como se tivesse faltando uma parte de mim, mas continuei ali, ouvindo-a. Quando ela falou que era melhor ir embora, eu simplesmente levantei e a abracei.
- Calma bebê, que tal nós trocarmos e irmos dar uma volta só pra relaxar, depois podemos conversar mais sobre tudo. Eu quero muito você na minha equipe, mas não é pq quero que fique e sim pq você é excelente no que faz, estou louco pra ver esse projeto, se você quiser podemos ir juntos, que tal? E a sustentabilidade é algo que eu quero implementar no escritorio faz tempo, mas nunca achei alguém que pudesse fazer isso.
Ela respirou fundo e respondeu.
- Ok, mas temos muito o que conversar e tenho exigências se formos trabalhar juntos. - falou e me abraçou. Eu gosto dela e a quero feliz.
A peguei no colo e a levei para o quarto, enquanto se trocava, fiquei a observando, quero conhecê-la, e fazer de tudo para que nada de ruim aconteça com ela. Mandei mensagem para minha secretária, quero uma sala ao lado da minha, em breve quero dividir tudo com ela, inclusive a empresa, quero que ela cresça junto comigo.
Ayla, tem tudo pra ir longe, eu não chego aos pés dela, não tem um engenheiro naquela empresa que chegar perto da engenheira que ela é, o projeto que ela fez é a prova disso, nunca vi algo tão rico em detalhes e eu não tô mentindo quando digo que estou louco pra ver isso executado, é um sonho pra qualquer engenheiro.

- Pronta? - perguntei, ela estava linda, macacão social e um salto, combinou com ela, mas confesso que estou louco pra vê-la somente de fralda com uma roupa de bebê.
Ela apenas assentiu e sorriu. De mãos dadas, descemos as escadas e fomos em direção a garagem. O silêncio prevaleceu, durante o caminho, eram infinitas perguntas, mas teria que esperar.
Fiquei andando pela cidade, para nós distrairmos, queria ela relaxada. Era o momento dela brilhar. Estacionei o carro em uma vaga e fiz a volta para abrir a porta pra ela.
- Você está linda, e pelo pouco que eu vi, teu projeto já é nota dez, então só vai la e mostra tudo que você sabe. Eu vou estar aqui quando tudo terminar bebê, estarei sempre aqui.
- Obrigada por tudo. - nos beijamos, e mais uma vez foi perfeito, o encaixe, tudo. Eu quero Ayla pra sempre. Quando ela sair dessa apresentação vou pedir-la em namoro. Fodasse que faz horas que nos conhecemos. Eu a quero pra sempre.
- Eu normalmente não chamo atenção quando chego por aqui, mas sinto que hoje vai ser diferente. - falou, a olhei estranho, não entendo, ela é linda e com certeza chama a atenção por onde passa. - Depois te conto. - então ela riu, ou melhor gargalhou, me senti especial com isso.
Chegamos e logo Ayla foi para o palco, seria, com o tablet em mãos, a apresentação foi perfeita, e que dicção, a M&A Engenharia, precisa da Ayla, quem negou ela já está na rua. Não admito isso, como alguém com o currículo como dela não foi chamada nem pra entrevista? Duas vezes. Isso não vai ficar assim, não mesmo.
Depois da apresentar ela veio até mim e me abraçou, ela só falou "eu consegui" vi o quão importante foi eu estar ali. Agradeço aos céus por estar com ela nesse momento.
- Você é a Ayla? - perguntou uma voz grossa atrás de nós e nos viramos.
- Sim, Ayla Machado - ela o cumprimentou tensa.
- Sou Lucas Garcia, e minha empresa gostaria de comprar o seu projeto, estou autorizado a fazer uma grande oferta. Seu orientador me informou que você está se mudando para o Interior, e não gostaria que um projeto como esse fosse jogado fora.
Vi como Ayla ficou nervosa, estavam a jogando de lado novamente. Pelo pouco que me falou, presumo que foi assim durante toda a vida académica. Então tomei a frente.
- Desculpa, Matteo Albuquerque, namorado da Ayla, o projeto não está a venda, inclusive o nosso escritório vai investir nele, e ela como vice presidente será a responsável. - Ela relaxou, então Lucas envergonhado, apenas assentiu e saiu de cena.
- Obrigada. - ela sussurrou e me abraçou. A cada instante Ayla ficava mais depende, isso era incrível e nos não conversamos nada sobre isso.
- Sempre estarei aqui bebê. Vamos ?- perguntei, mudando de assunto Ayla precisava sair dali. Ela apenas assentiu. Fomos direto pro carro, seguimos até a orla em silêncio e parei, então ela respirou e soltou.
- O que exatamente você quer de nós dois? Você fica me tratando que nem um bebê em um momento, o que eu realmente gostei, foi o que me fez não sair correndo quando eu acordei. E em outro momento você me chama de namorada e vice presidente da M&A. Por que tudo isso?
- Desculpa, vamos por partes pode ser? - ela assentiu, sem falar nada.
- Eu sempre quis cuidar de alguém, uma babygirl, totalmente dependente de mim. E ontem quando te vi, sabia que era você, iria ir com calma, não queria te assustar, aí tudo aconteceu e eu não consegui ir com calma. Eu quero você pra mim. Pelo pouco que te conheci você não só foi mais longo porque não tinha alguém pra cuidar, você é uma baby nata. O jeito que reagiu a tudo hoje, percebeu que em poucas horas você não desgruda mais, e eu adoro, foi o que eu sempre quis. - respirei fundo - e sobre trabalhar la na empresa, já mandei averiguar quem não repassou seu currículo, pq um que nem o seu tem ordem direta pra ser encaminhado a mim com urgência. Eu busco sempre por jovens talentos, engenheiros novos trazem aprendizados novos sempre, esse é meu lema. Eu quero você como minha baby, minha namorada, e minha vice e nada tem haver uma com a outra, quero você na vice presidência, pelo seu esforço e dedicação não pq é minha namorada e futuramente minha mulher.
Respirei e fechei os olhos esperando a resposta. E então ela soltou.
- Quais as regras? - ela sabia sobre o meu mundo, a olhei com uma cara assutado - eu gosto de ter sempre alguém cuidando de tudo, vou poder sair viajar pelos meus livros e minhas teorias sem me preocupar com tudo que acontece na minha volta, eu sei que meu desempenho vai no mínimo triplicar, eu já fiz isso uma vez, mas sozinha. - Sorri, ela é a mulher prefeita.
- Depois quero saber dessa experiência - pisquei o olho - tudo isso significa que vai ficar?
- Sim, eu realmente não queria ir, mas vamos ter que ir passar pelo menos o final de semana, tudo bem?
- Sim bebê, eu também estou louco pra conhecer tudo. Vamos as regras? - sorrimos
*Regras*
1 - Fraldas 24/7
2 - Alimentação balanceada pra uma baby
3 - Mamadeiras pra tudo
4 - Irá se vestir como um bebê, exceto quando estivermos na empresa, creio que não vá querer, mas se quiser, tudo bem.
5 - dormirá plugada.
6 - bebês não andam, então engatinhar ou colo
7 - Pra você, nunca Matteo. Papai, Daddy ou amor quando estivermos em público.
8 - Tudo que precisar, peça que eu faço

- Acho que é isso por enquanto tudo bem? - ela sorriu.
- Tudo ótimo, papai - ela se jogou no meu colo, me beijando e rebolando no meu pau.
- Calma bebê - falei segurando sua bunda - ou terei que te tomar aqui e agora. - ela sorriu e voltou a me abraçar.
- Como vai ser na empresa? A única condição é uma sala só pra mim, não consigo me concentrar com pessoas me olhando.
- Tudo bem, já mandei providenciar é ao lado da minha. - ela me abraçou mais uma vez e se aconchegou no meu colo, fechando os olhos.
- Obrigada! - sussurrou e apagou.
Esse é o melhor momento da minha vida, ter Ayla comigo é tudo que eu sempre quis. Fiquei mais um tempo ali e fomos pra casa. Ao invés de levá-la para o meu quarto, levei para o seu, sempre tive tudo pronto.
Antes de deixa-la descansar, levei-a até o trocador e com toda calma do mundo a troquei, botando uma fralda e um macacão quentinho. Ela deve estar cansada depois de tudo que aconteceu nas últimas 24hs.
A deixei no berço com as grades levantadas pra não ter perigo. E fui pra cozinha preparar algo.

Baby AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora