Capítulo 4

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Pov. Matteo

Ayla, é perfeita, não consigo acreditar em como ela aceitou tão rápido tudo isso, deixei o leite dela pronto.
Acordei antes das 5hs pra preparar tudo, sei que independente da hora que ela dormir, vai acordar as 5hs, mas precisamos mudar isso. Levando e vou até a cozinha e esquento o  leite que deixei pronto. Ayla tem refluxos, por isso não quer tomar, mas agora ela é um bebê, então não tem problema. Confiro sua fralda e vejo que está a ponto de vazar, então a troco com o maior cuidado, pra não acorda-la.
A pego em meus braços e começo a lhe dar leite, ela acorda, mas começo a embalar e Ayla volta a dormir, comemoro internamente, Ayla já sofreu demais, a quero feliz agora.
A faço arrotar, o que causa novamente um refluxo, a limpo e a deito novamente.
Suspiro aliviado por ver ela dormindo.
Volto a dormir, com a porta do quarto aberta, assim com qualquer barulho eu acordo.
Quando deu 7hs, ouvi resmungos, resolvi levantar, vi pela babá eletrônica que ela estava acordada, resolvi testa-la, ver como ela irá me chamar.
Fui até a cozinha e esquentei o seu leite, quando estava subindo ouvi um chorinho baixinho, quando entrei no quarto, ela estava apoiada nas grades e sentada em sua fralda, que mais uma vez estava ensopada. Precisamos de fraldas mais grossas, ela mal de soltou e já tá desde jeito.
A peguei no colo e sentei na cadeira de amamentação, a apoiei no meu peito e ela se aconchegou, dei seu leitinho e percebi que ela estava quase dormindo de novo, mas não deixei, comecei a conversar com minha bebê.
- bebê, já está na hora. Pra quem acordava cedinho, está muito dorminhoca em - falei e ela sorriu enquanto mamava na mamadeira. E ao mesmo tempo esfregava o rosto em meu peito. Será ? Seria perfeição demais.
-Vamos arrotar!?- perguntei, ao mesmo tempo estranhando ela não ter falado nada ainda. Está agindo como um bebê, achei que esse comportamento fosse acontecer só daqui a um tempo.
Quando ele arrotou e teve o refluxo, começou a chorar.
- Calma bebê, está tudo bem. - a ninei até ele se acalmar, troquei a sua fralda, tirei o plug e descemos e dessa vez eu pus em um desenho, a guarda do leão estava passado. Ela ficou ali entretida, a entreguei sua mamadeira com água e fui preparar o café da manhã.
Depois que tomei meu café, piquei algumas frutas e fui dar pra minha bebê, ela comeu enquanto olhava pra TV, então quando terminou ela falou.
- Amor, se eu vou continuar dormindo aqui, preciso arrumar meu apê, tenho que entregar ele até sexta, e também preciso do meu tablet e meu not. Você pode fazer isso pra mim? - Perguntou
- Claro bebê, mas porque precisa do computador e tablet? Sabe que tem hora pra isso né? - falei e ela tomou outra postura.
- Não, é sério eu preciso deles, agora vendo desenho e relaxada, tive várias ideias, preciso deles ao meu alcance, é assim que trabalho quando entro no meu mundo. - fez cara de choro, entendi seu ponto.
- Tudo bem, mas na hora de comer e de dormir vai largar sem nenhuma reclamação, ok?
- tudo bem daddy, eu nem fico muito tempo, eu tenho alguns programas que fazem tudo, eu que fiz tudo, posso te mostrar depois. Fiquei uma semana sem dormir direito quando eu fiz eles, mas depois eu só jogava o que eu queria e eles faziam tudo. Por isso que ando sempre com o meu tablet, nele tem a minha vida. - fiquei surpreso.
- a cada dia me surpreendo com você, como ninguém te notou aínda. - essa guria deveria estar caçando o mundo
- eu queria fazer mestrado fora, mas nenhum dos professores quiseram escrever cartas de recomendação. Então não consegui ser aceita. Agora tudo o que eu quero é esquecer da vida académica por uns anos. - senti orgulho dela, mas ao mesmo tempo medo de perde-la.
- Tudo bem, quando você quiser eu consigo as recomendações. E vamos juntos em busca dos seus sonhos, pode ser? - eu sinto orgulho demais dessa garotinha.
Ela riu e se abraçou em mim, se aconchegando mais uma vez e esfregando o rosto no meu peito. Comecei a fazer carinho em suas costas e ela foi se acalmando. Foi quando vi ele se encolhendo e sua fralda ficando marrom na parte de trás, estranhei, pensei que teria que pôr laxante no suco mais tarde. E ela continuou ali, como um bebê, esperando ser trocada, um tempo depois vi sua fralda aumentar na frente, esse menina não tem jeito. Foi aí que ela se virou sentado e se sujando toda. Depois de uns 5 minutos bagunçada, ela começou a chorar pra trocar a fralda, mas não emitiu nenhuma palavra. Novamente ela entrou com tudo no Little space.
- Vamos trocar essa fralda - comecei a conversar com ela, enquanto a levava pro quarto, imaginado a bagunça, fui direto para o trocador do banheiro.
Liguei a banheira enquanto a limpava. A pus sentada na banheira com alguns brinquedos ela se distraiu, enquanto a dava banho, lavei seu cabelo e ela parecia cada vez mais calma, e seus movimentos cada vez mais limitados, achava incrível como ela estava regredindo. Quando a tirei do banheira, começou a chorar como uma verdadeira criança. Mas logo esqueceu. Quando estava passando pomada, ela soltou o xixi e tive que ser rápido em afirmar, ela ficou vermelha e no olhar vi que ela não fez de propósito só não conseguiu segurar. Ela não pediu desculpas, só ameaçou chorar, mas logo acalmei.
- tá tudo bem bebê, não precisa chorar- limpei toda a bagunça pegando outra fralda e repetindo o processo.
- Vamos almoçar vem - levei ela no colo até a cozinha e pus no cadeirão, estava realizado, cuidar de Ayla é perfeito.
Logo após o almoço, dei uma mamadeira com leite a ela que após a bagunça do arroto dormiu, a deixei no berço e levei a babá eletrônica comigo.
Liguei para o escritório, pra saber dos últimos acontecimentos, só irei voltar na semana que vem, quando chegarmos de viagem.
Já mandei instalarem a cadeirinha de Ayla no carro.
Meu detetive mandou um relatório sobre ela, e em um relatório psicológico, vi que foi abandonada pelo pai e sofreu abuso psicológico do padrastro. Isso explica o porque de toda essa aceitação, a figura masculina cuidando, é o que ela sempre quis. Imagino que os cortes sejam por isso e pela rejeição na faculdade. Já tirei de vista todos os objetos cortantes.
Mandei mensagem pro chefe da segurança, quero mais dois pra segurança de Ayla. E preciso de alguém de confiança pra trazer as coisas dela. Por enquanto, vou por as roupas no meu quarto e montar um escritório pra ela, com tudo que precisa, sei que essa é a diversão dela.
Com tudo encaminhado, vejo que são 16hs da tarde e que Ayla está no berço segurando o pé, acho que ela regrediu mais ainda. Vou até a cozinha preparar seu tete e espero ela chorar, não deu muito e ela começou a resmungar.

Baby AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora