▸ Sous Le Ciel de Paris

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AS RISADAS ecoavam pelo apartamento conforme Percy e Annabeth o adentravam

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AS RISADAS ecoavam pelo apartamento conforme Percy e Annabeth o adentravam. Quem dirigia a atenção aos dois, achava que estavam bêbados, mas nenhuma gota de álcool tinha sido ingerida, a felicidade e o riso solto era consequência das horas que passaram juntos, correndo e conhecendo intimamente as ruas do centro de Paris.

Tinham se perdido várias vezes, se rendendo ao táxi apenas quando os celulares descarregaram e vieram diretamente para o apartamento que Annabeth dividia a dois dias com Rachel. Sabia que era irresponsável convidar alguém que tinha acabado de conhecer para dentro de sua casa, mas havia algo em Percy - naqueles olhos verdes, mas especificamente -, que passava segurança a ela. Não sabia se era a forma fofa de seu sotaque forte ao falar francês ou se era a forma delicada com a qual ele a tocava, nunca a mais do que ela poderia gostar.

Perseus Jackson, de dezenove anos e prestes a fazer biologia marinha na mesma faculdade de sua mãe, tinha mexido com o coração da artista e, naquele momento, ela sentia que nunca tinha se sentido tão completa em toda sua vida.

Após fechar a porta, Annabeth procurou rapidamente por vestígios de Rachel mas sabia que a ruiva provavelmente não iria voltar naquela noite, indo comemorar a sua exposição com sua mais recente namorada.

- E é aqui onde eu moro agora- disse, abrindo os braços. Ele olhou ao redor, mas logo voltou-se para ela, como se não conseguisse desviar seus olhos dela por muito tempo.

- É bem legal. - Sorri. - É, definitivamente, bem melhor que o apartamento que eu vou dividir com Grover.

Annabeth riu, olhando para ele. Não sabia o que mais falar, tinham passado o dia e a noite inteira conversando e andando pelas ruas de Paris, tendo o céu como testemunha da conexão que desenvolveram em tão pouco tempo, algo sensível, delicado até, mas não por isso menos intenso.

Se sentia boba, uma criança apaixonada, inocente a ponto de em menos de vinte e quatro horas estar tendo esse tipo de pensamento sobre um cara. Mal o conhecia, pelo amor de Deus, como poderia, tão rápido, já se sentir assim? Tão ligada a alguém que seu coração já tremia, sofrendo ao imaginar ele indo embora daqui a dois dias? Sua mãe riria de sua cara e exporia o quão inocente estava sendo, em acreditar que, só talvez, exista paixão à primeira vista.

Talvez. Não se atreveria a ter a ousadia de pedi-lo para ficar.

Foi até a estante e se agachou-se, passando os dados por sua coleção de vinis, uma das únicas coisas que se recusou a deixar em sua antiga casa. É isso que Paris era agora, percebeu, sua casa. Seu futuro. Achou o que estava procurando, The Very Best of Édith Piaf, e foi até a vitrola de Rachel, o colocando com toda a sua delicadeza e a música que ela queria começou a tocar.

A vitrola que era do bisavô de Rachel tinha o som tão antigo quanto o disco em si quando Sous Le Ciel de Paris começou a tocar. Percy franziu o cenho, não reconhecendo a música e Annabeth riu. Americanos, pensou, não sabiam o que era música boa. Quando Édith começou a cantar e ele foi entendendo a letra, mesmo com seu francês ruim, o canto de seus lábios subiu e Annabeth perdeu o fôlego com seu sorriso.

Ele deu passos lentos até ela e, quando próximo, estendeu a mão.

- Dança comigo? - Annabeth olhou para a mão estendida, como se significasse bem mais que apenas uma dança, palavras ocultas que nenhum dos dois se atreveriam a dizer e interromper aquele momento. Levantou e o olhou no fundo dos olhos, cinzas nos verdes.

- Sempre.

Então eles dançaram, banhados pela luz do amanhecer.

Então eles dançaram, banhados pela luz do amanhecer

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