▸ Ne Me Quitte Pas

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PERCY RESPIROU fundo, olhando para a porta e reunindo toda a coragem que tinha em si para bater nela

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PERCY RESPIROU fundo, olhando para a porta e reunindo toda a coragem que tinha em si para bater nela. Não sabia o que iria falar, tinha passado todo as horas no avião planejando o que ia dizer e ainda assim, nada parecia bom o suficiente.

Ele tinha pisado na bola. Feio. Ele tinha sentimentos por Calipso, a amizade que eles desenvolveram com o passar dos meses foi se intensificando e era tão fácil com ela, Calipso estava ali, eles gostavam das mesmas coisas, tinham o mesmo senso de humor, Percy acreditou que eram perfeitos um pelo outro foi isso que foi.

Mas se eram tão perfeitos um para o outro, porque ele estava ali, em frente a porta de Annabeth, em outro país e não com Calipso?

A carta foi um soco no estômago dele, como se em todos esses meses sem mal entrar em contato com Annabeth, estivesse vivendo em um mundo fantasioso onde tudo era perfeito. Ele tinha uma namorada perfeita, estava no curso dos seus sonhos, no estágio que sempre quis e ainda sim a sensação de estar vivendo pela metade persistia. Algo faltava e a carta dela o mostrou o que era.

Não era fácil com Annabeth, eles estavam distantes e a distância doía. Com ela não havia paz, estavam sempre debatendo e dando opiniões, eram tão diferentes quanto água e óleo e, ainda assim, eles eram tão semelhantes. A carta o lembrou das horas que eles passavam fazendo maratonas de filmes ruins, mesmo tendo aula no outro dia, mesmo com o fuso horário maluco que ele aprendeu a se acostumar. Percy sentia saudade de toda a felicidade que tinha com Annabeth, mas não somente isso, ele também tinha saudade da dor da saudade, se significasse que o amor ainda estaria ali.

Finalmente ele deu um passo à frente e bateu na porta.

Esperou alguns minutos e bateu novamente. Nada. Respirou fundo novamente.

- Anna? Sou eu... - diz, com a voz falha. A queimação na garganta o mostrando que tudo que ele mais queria era chorar. Se aproximou mais da porta e encostou a testa nela, olhando para o chão e finalmente deixando as lágrimas caírem.

- Annabeth... Por favor, abre a porta. - Chorou, a voz em um quase sussurro.

- Vai embora - Annabeth respondeu. - Eu não quero você aqui.

Percy soluçou.

- Eu recebi a cart-

- Não era pra ser enviada. Foi um erro - o interrompeu.

A voz de Annabeth estava carregada de rancor, Percy sentiu-a em seus ossos. Com as mãos tremendo, ele as apoiou na porta, não confiava mais em suas pernas, tudo em seu corpo falhava.

- Eu terminei tudo com ela. Eu... - Ele não conseguiu terminar.

- Eu não me impor-

- Eu te amo. - Antes palavras apenas lidas agora foram ditas e ouvidas. Ele escutou o arfar de Annabeth do outro lado e isso o deu forças para continuar falando, arriscando seu coração. - Eu te amo. Eu amo tudo em você. Antes de te conhecer eu... Eu não sabia como a vida poderia ser colorida, eu não sabia o quanto eu podia sentir, o quanto eu poderia amar. - Tomou ar e com o coração mais acelerado que nunca, continuou: - Eu confundi o sentia por ela porque ela estava ali e você... E você não, e isso doía porque eu queri-quero você perto de mim, ninguém mais, nunca mais. Eu amo você com tudo que tem em mim e... Essa intensidade me assusta, Anna e eu cometi um erro com todo e permiti que o medo tivesse o melhor de mim. - Soluçou, as lágrimas escorrendo sem controle e a voz acelerada, temerosa. - Por favor, por favor, por favor Annabeth, abre a porta pra mim?

✓ LA VIE EN ROSE, PERCY JACKSONOnde histórias criam vida. Descubra agora