OS DEDOS de Annabeth e Percy voavam pelas teclas do piano na sala de estar conforme as notas da música que tocavam juntos.
O último ano tinha sido o melhor de suas vidas. Percy acompanhou de perto o crescimento de Estelle, estava tão sobrecarregado com estudos quanto qualquer outro estudante prestes a ir para o último ano da universidade e com Annabeth não foi diferente, com Rachel patrocinando-a conseguiu mais tempo para os estudos, começou a vender seus quadros e os expor quando uma galeria no centro de Paris a contratou, finalmente ela estava vivendo de sua arte.
Eles conversavam todos os dias, assuntos sérios, tensos ou os mais bobos, mas conversavam, se conectavam. Não deixariam se afastarem um do outro novamente, dessa vez foi diferente. Parecia que os astros tinham se alinhado, que o destino tinha se cumprido, a sorte estava à favor deles, eles estavam no depois do felizes para sempre, o que for. Tudo parecia certo, depois de quatro anos tentando.
E Percy e Annabeth não poderiam estar mais felizes com o relacionamento deles. A distância ainda doía, mas a certeza do amor e a confiança mútua entre os dois era exponencialmente maior.
Quando a música acabou, Percy riu.
- Qual a graça? - Annabeth perguntou, com a testa franzida em confusão.
Percy apontou para o corpo do piano de cauda: - Lembra quando a gente tentou transar em cima do piano e você enlouqueceu dizendo que não podia?
Annabeth revirou os olhos.
- Eu morria de medo dessa belezinha ser estragada, ela é tão delicada. - Esfregou as mãos na costa do piano. - As pernas poderiam quebrar, ele poderia desafinar... A Rachel poderia entrar em casa na hora, tanta coisa podia dar errado.
- E ainda assim... - Se aproximou dela, roçando os lábios em seu pescoço, sentindo a pele delicada se arrepiar. - Você ficou em cima dele por horas e não teve uma reclamação depois. - Annabeth sorriu e virou a cabeça pra ele, o beijando lentamente.
- Lembra quando você achou que viu aquele autor de Game of Thrones?
Annabeth gargalhou, respondendo: - George R. R. Martin! E era ele! Tenho certeza.
- Anna, era meia noite, era uma festa da namorada da Rachel no centro de Paris e você estava bêbada. Não era ele.
- Claro que era. Baixinho, barbudo e com uma boina? Era ele sim. - Insistiu. Ele somente balançou a cabeça, deixando o tópico de lado. Segurou sua mão e olhou no fundo dos olhos dela.
- Nós temos muitas lembranças boas - começou Percy, com olhos brilhantes e Annabeth assentiu. - A nossa viagem quando você foi até a Grécia implorar por meu amor eterno. - Gracejou, enquanto a boca da loira se abria em choque.
- Eu não fui implorar- se interrompeu. - Bom, eu fui implorar, mas não precisei. Você estava morrendo de vontade de voltar correndo pra mim.
- Eu estava. - Sussurrou ele. - Nós também temos lembranças ruins. Os quase términos, as cartas.
- Eu odeio as cartas. - Annabeth sussurrou de volta. - Mesmo elas tendo nos ajudado, eu olho pra elas e me dá uma sensação ruim. Como se tivesse mais cartas a serem enviadas no futuro.
- Eu também. - Concordou, trazendo o corpo dela mais perto, onde ela deitou sua cabeça no ombro dele. - Embora a primeira carta tenha sido fofa. Foi a primeira vez que dissemos eu te amo.
- Eu disse primeiro! - Falaram juntos, rindo em seguida. Tinha se tornado uma competição. De fato, Annabeth foi a primeira a dizer, mas seria Percy se ele não tivesse posto na carta.
Percy limpou a garganta e se afastou levemente, virando o corpo para ficar de frente a ela.
- Conhecer você foi um acaso, por algum milagre ou sorte, eu estava na mesma rua que você, no mesmo dia e no mesmo horário. E eu tive a sorte de você ousar se apaixonar por mim. - Percy levou a mão ao bolso e tirou de lá uma caixinha preta quadrada. Annabeth ofegou, os olhos enchendo de lágrimas com a percepção do que estava acontecendo.
- Amar você é como estar em casa, é familiar, acolhedor, mas também é emocionante, é lindo. Eu ainda sinto frio na barriga toda vez olho pra você, tocar você ainda me arrepia inteiro como da primeira vez. E cada dia que passa eu te amo mais. - A esse ponto, nenhum dos dois conseguia segurar as lágrimas, Percy abriu a caixinha, revelando o anel. - Você me daria a honra de passar o resto da sua vida e casar comigo?
Annabeth pulou em seu colo, o abraçando com todo o amor que tinha em seu corpo, gritando: - SIM!
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✓ LA VIE EN ROSE, PERCY JACKSON
FanfictionAnnabeth Chase e Perseu Jackson são duas almas artistas que se encontram na cidade do amor e se apaixonam subitamente e intensamente. O único problema é que eles moram em continentes diferentes. ✦⠸ Percy Jackson & Annabeth Chase ✦⠸ Long-fic & Media ...