Capítulo 8

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Margareth Graham

Estou sentada na frente de Joseph Fritz em uma confeitaria no centro de Londres. Ele carrega um sorriso tímido no rosto e eu mal posso conter o meu por está aqui com ele. Havia recebido seu convite para um passeio ontem pela tarde e mal pude dormir durante a noite por tanta ansiedade.

- Lady Catherine me informou que a senhorita gosta de moda – Ele diz de forma baixa, porém firme.

- Sou apaixonada por alta costura. Ouso dizer que as vezes me aventuro em alguéns desenhos.

Seu olhar brilha quando te dou a informação sobre meus hábitos de desenho. Lindos olhos intensamente  verdes, espero que nossos filhos puxem essa característica dele.

- Eu... Hum... – Seu rosto fica levemente vermelho na região das bochechas – Gostava de desenhar quando era mais novo, mas não eram trabalhos muito bons.

- Duvido muito dessa informação, senhor Fritz – Inclino minha cabeça para o lado enquanto o analiso, fazendo-o se encolher um pouco – Tenho certeza de que deve ser modéstia da sua parte.

- Oh, não! Até tentei até produzir alguns modelos, mas eram um desastre. – Ele ri e eu o acompanho.

- Quem sabe um dia eu não mostro meus desenhos para o senhor.

- Seria uma honra.

- Pois espero que se sinta bastante honrado, pois seria a primeira pessoa a vê-los.

Acredito que nunca vi um ser humano abrir um sorriso tão grande e contagiante como Joseph abriu naquele momento. O homem se provava, a cada momento, bom demais para ser de verdade. Até mesmo sua timidez o deixava charmoso. Tita me disse que talvez eu fosse engoli-lo pelo fato dele ser tão retraído. Não, eu nunca faria isso.

Todas suas características o moldavam como ele era, e eu estava encantada por cada parte que ele compartilhava comigo. A graça de amar o outro estava em perceber que para se construir um relacionamento com alguém você não precisa e não deve abafar quem você realmente é. Afinal, se você mudar sua essência, não será aquela pessoa pela qual o outro se apaixonou. Além de ser uma traição com você mesmo.

Joseph Fritz, em muitos aspectos era meu completo oposto, mas em muitos outros nossas almas se completavam. Eu sempre fora expansiva e ele vinha se provando alguém mais comedido. Se a vida nos agraciar com uma história de amor, tenho fé e certeza que iriamos aprender muito um com o outro.

- Acredito que tenho que levá-la em breve para sua casa, seu irmão foi bem firme quanto o horário. – Ele diz enquanto serve um pouco mais de chá para mim.

- Não quer aborrecer seu futuro cunhado? – Falo brincando e ele se engasga com o ar, me fazendo rir. – Viaja muito, senhor Fritz?

- Sim... Eu... – Ele ainda tenta se recuperar da minha fala ousada – Sim, senhorita. Por conta dos negócios da minha família já conheci muitos lugares.

- Pretende levar sua futura esposa em alguma dessas aventuras? – Digo tranquilamente, porém com meu olhar grudado ao dele.

Sua resposta causa calafrios no meu corpo, pelo seu tom de voz carregado de carinho, certeza e promessas.

- Se minha esposa assim desejar, ao meu lado ela vai estar a todo momento.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

Antes de que sol se pusesse no horizonte, eu já estava cruzando a porta de casa. Joseph se despedira de mim com um simbólico beijo em minha mão e um pedido para ser meu primeiro par no baile que aconteceria no dia seguinte. Respondi que se dependesse de mim ele seria o único, o que deixou suas bochechas vermelhas e me deixou orgulhosa por ser capaz de deixá-lo embasbacado.

O olhar atento de papai nos seguia enquanto terminávamos de nos despedir e seu passo veio atrás do meu quando eu ia em direção as escadas.

- Joseph Fritz, hum? – Ele tinha um sorriso calmo no rosto –  É um bom rapaz. Te tratou bem?

- Como uma princesa.

- Exatamente como você merece. – Papai estendeu a mão para mim e eu fui ao encontro do seu abraço – Suba, sua irmã está quase se afogando em meio de tantos buquês de lírios.

- Recebeu quantos hoje? – Saio do seu abraço soltando uma gargalhada.

- Cinco. – Ele suspira – Sua mãe está quase colocando uma placa na porta avisando a data do casamento.

Subo as escadas de forma apressada e assim que entro no quarto que divido com Tita a encontro com um sorriso bobo no rosto, enquanto lê os bilhetes que acompanham as flores que James a mandou.

- Seu rosto vai ficar paralisado assim, você não para de sorrir. – Falo com uma irritação falsa no meu tom de voz.

Seu olhar se ergue para o meu e ela joga um travesseiro que está do seu lado, mas eu consigo segurar.

James não viera visitá-la no dia seguinte, nem no outro e nem dia nenhum. Não por mal ou desistência, mas por conta de uma viagem de emergência que tivera de fazer com seu pai. Porém, como um bom cavalheiro em busca de sua amada, não poupou esforços para demonstrar o quanto estava interessado em minha irmã. O malandro contratou uma floricultura para enviar vários buquês de lírios enquanto ele está fora da cidade.

- Você consegue acreditar que ele programou cada uma dessas entregas? – Catherine suspira sonhadora – Mesmo com tão pouco tempo antes de viajar ele escreveu todos os bilhetes.

- Temos um homem apaixonada aqui, condessa.

- Não me chame assim, não firmamos compromisso ainda.

- Mas comprometido que isso aqui. – Abro meus braços mostrando o mar de flores que nos rodeia – Isso tudo soa como um romance de livro para mim.

- Para mim também – Ela ri e leva a mão ao rosto para esconder suas bochechas coradas.

- Será que ele volta a tempo do baile de amanhã?

- Não sei, mas espero que sim.

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Olá? Tem alguém ainda por aqui?

Depois de 2 meses de sumiço, olha eu de novo por aqui.
Tive um fim de semestre na faculdade extremamente puxado e cansativo, não consegui atualizar :(
Capítulo mais curtinho, mas essa semana ainda teremos mais duas atualizações.

Obrigada por lerem! Nos vemos na quarta ♥️

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⏰ Última atualização: Jul 05, 2021 ⏰

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