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LILY COLSON.


ACORDO COM UMA forte dor de cabeça, deitada na cama do Holland e reviro meus olhos por logicamente não ter conseguido falar com o Skarsgard. O garoto ao meu lado dormia calmamente, viro-me para olhá-lo durante seu descanso, um fio de cabelo teimava em cair sobre os seus olhos, tiro-o enquanto apreciava a sua pele, sua beleza era indescritível e isso me causava até pequenos frios na barriga.

"Por quanto tempo você vai ficar me encarando dormindo?" O garoto pergunta e sinto minhas bochechas corarem, seus olhos se abrem aos poucos e ele sorri fraco pra mim. "Não precisa se preocupar, não aconteceu nada ontem."

"E por que eu to dormindo aqui?"

"Você me pediu." Responde simples e acaricia minha bochecha. "Eu odeio te manter por perto mas também não consigo imaginar a possibilidade de te mandar ir." Sinto meus batimentos acelerarem e até uma certa vontade de chorar por sentir a dor na sua fala.

"Você ainda me ama?" Pergunto baixo e ele assente.

"Vai ser difícil parar de te amar, Colson, mas um dia sei que esse sentimento vai passar."

Por alguns segundos, enquanto olhava dentro de seus olhos, desejei que esse sentimento nunca passasse, por mais que eu soubesse que ele preferia que parasse. Decido me levantar da cama enquanto o garoto pegava a sua camisa que estava jogada no chão. Vou até o banheiro e jogo um pouco de água no meu rosto, tentando ter certeza que aquilo não era apenas um sonho.

"Eu vou descer, você vem?"

"Daqui a pouco." Respondo enquanto pegava um pouco de sabão para limpar meu rosto.

Me questionava se eu tive coragem de falar com o Skarsgard, lembrava vagamente das primeiras bebidas da noite passada que ingeri para tentar cumprimenta-lo mas também lembro de que não tive coragem mesmo depois de beber cinco shots, ao contrário de Tom, sempre me sinto mais confortável próximo a ele, era fácil, simples, as coisas fluíam como água quando eu estava com ele. Finalmente decido descer as escadas, não demorou muito para chegar no andar de baixo e notar que a pessoa com quem mais queria falar não estava mais lá. Doou um pequeno abraço do Robert e um beijo na testa do Holland antes de sair da casa deles.

Sinto pequenas lágrimas escorrem pelos meus olhos assim que os deixei, tentando entender o que estava se passando dentro de mim, a verdade era que nem eu entendia mais o que eu queria, tudo estava tão confuso, não sabia ao certo se eu realmente queria o Bill ou se era apenas comodismo por não saber como lidar ao gostar de outra pessoa, principalmente quando essa pessoa era alguém que você já rejeitou alguma vez em sua medíocre vida. Minha mãe com certeza estaria envergonhada da pessoa qual me tornei, tento recuperar o fôlego para ao menos ter capacidade de chegar em casa e consigo parar minhas lágrimas por alguns minutos, o tempo que precisei até subir para o meu quarto, entrar no meu banheiro e sentar na banheira, sinto a água quente tocando minha pele enquanto minhas lágrimas escorriam pelos meus olhos, era quase como se essa dor e confusão dentro de mim nunca fosse parar, a única coisa que sabia era que precisava falar para Holland que talvez meus sentimentos não fossem pelo Bill, talvez nunca tenham sido.

A verdade era que agora éramos pessoa diferentes de antes, todos nós.

𝐅𝐔𝐂𝐊𝐁𝐎𝐘, bill skarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora