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LILY COLSON.


"QUAL O SEU problema?" Pergunto pela quinta vez naquele dia para o  Pattinson.

"Eu só pedi para você fazer o meu trabalho, qual é, Colson."

"Eu já disse que estou muito ocupada."

"Fazendo?" Questiona-me, nesse ele me pegou, já que eu realmente não tinha nada para fazer no dia dos namorados, ao contrário dele. "Quando você precisa, eu faço os seus trabalhos, por que você não pode fazer o meu?"

"Eu faço, Robert!" Ele sorri e me abraça carregando.

"Eu te amo, mas agora preciso ir."

Doou leve suspiro, sentindo um braço sendo depositado ao redor dos meus ombros. Era Holland. Depois do nosso 'termino', a nossa amizade se tornou algo mais realista e era bem melhor tê-lo como amigo do que ter alguém puxando meu saco o tempo todo, era como se, pela primeira vez em bastante tempo, eu tivesse um amigo que não fosse o  Pattinson.

"Vamos para a sala?" Concordo com a cabeça.

As férias mudaram alguma coisa que nem eu sabia ao certo exatamente o que era, parecia que todos decidiram amadurecer sobre alguns assuntos e esqueceram de me avisar sobre. Meu tempo na Russia foi ótimo se fingirmos que eu não precisava ter cuidado com a minha fase bicurious para não ser espancada na rua. Eu vim para os Estados Unidos porque queria entender se aquilo era só uma fase ou não, queria estar em um país que não me espancaria por estar confusa. O tempo que eu estive em casa me fez querer voltar a ter aula, principalmente pelo sumiço do Skarsgard.

"Você tá bem reflexiva hoje, Lily." Tom comenta. "Tá tudo bem?"

"Só... Sei lá, meio cansada."

"Entendo." Murmura baixo.

A aula começa e o Mrs. García começa e eu infelizmente não consigo prestar atenção em nada, passei mais tempo tentando entender o que estava acontecendo na minha mente, porque tudo ao meu redor havia mudado menos eu? Minha vida adulta estava tão perto e aquilo me assustava, tinha medo por não conseguir processar tão rápido quanto todos meus amigos, sinto meus batimento acelerarem juntos com os meus pensamentos nervosos, minha respiração fica ofegante e sinto meu estomago embrulhar, e se eu não conseguir melhorar? Tento me acalmar mas meu corpo fica ainda mais tenso. Sinto meus olhos fecharem e tudo apaga.

Abro-os lentamente, sentindo uma pequena dor na cabeça, olho para o teto, notando que era familiar mas a minha visão estava um tanto embaçada, depois de alguns segundos noto que estava no meu quarto, Holland sentado na minha cama distraído em seu celular, mas assim que percebe que acordei, volta seu olhar para mim, sorrindo pequeno.

"Você tá bem?" Pergunta baixo e eu assinto me sentando um tanto desconfortável.

"O que aconteceu?"

"Você desmaiou então te trouxe para o seu quarto." Responde tirando uma mexa de cabelo que temia cair pelo meu rosto. "Mas você não me respondeu, você está bem?"

"Acho que sim, Tom, foi só um excesso de ansiedade." Sorrio fraco e ele sorri de volta.

"Pode contar comigo se precisar, sabe, somos amigos."

"Eu sempre conto com você, Tom."

"Acho que está na hora de eu ir para a minha casa."

"Okay." Falo baixo enquanto o garoto se levanta, saindo do meu quarto.

Deito-me de bruços pensando no que estava acontecendo, eu nunca havia desmaiado antes. Eu me sentia tão sobrecarregada nesses últimos tempos que nem me reconhecia mais, sempre consegui fazer tudo, mas recentemente tudo estava se tornando mais difícil, sinto meus olhos encherem de lágrimas e abraço minhas pernas sentindo uma dor e sensação de vazio enorme no meu peito, queria conseguir compreender o que estava acontecendo com o meu corpo.

𝐅𝐔𝐂𝐊𝐁𝐎𝐘, bill skarsgårdOnde histórias criam vida. Descubra agora