𝐅𝐔𝐂𝐊𝐁𝐎𝐘, bill skarsgård

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BILL SKARSGARD.

TROCO MINHA ROUPA pela terceira vez enquanto Pattinson ri do meu desespero, sentia um frio na barriga terrível, quase como se pudesse vomitar a qualquer instante. Me pergunto por alguns minutos quando comecei a ficar tão obcecado com a ideia de vestir a roupa certa, me sentindo algum chuta pobre de filme comédia ou da disney pro público entre 12 à 15 anos lançado pelos meados de 2010.

"Você tá bonito." Robert murmura enquanto eu me encara fixamente no espelho. Usava uma calça jeans reta skinny e uma blusa radiohead preta. "Ela talvez nem olhe para sua cara, pra que tanto desespero?"

"Uau, obrigada, isso ajudou muito a minha autoestima e curou minha depressão!"

"Ela ta chateada com você, Bill, achas que ela vai magicamente ficar de bom humor por saber que as meninas ficam preocupadas dela se matar se ficar sozinha e chamaram uma babá pra cuidar dela?" Doou um suspiro, eu sabia que ele estava certo mas ainda sim me sentia ofendido com a parte que me tocava.

"Acha que ela vai me matar?" Pergunto e ele ri.

"Só se você agir como se nada tivesse acontecido ou agir como se o que aconteceu foi algo enorme, só seja..." Se levanta da cama respirando fundo e levando sua mão direito em direção ao meu ombro. "Para ser sincero nunca achei que falaria isso pra você mas, seja você mesmo, não age como o babaca que você sempre finge ser para conquistar alguma garota, você sabe que esse não é você, além disso, a Arabella também sabe que esse não é você, ela vai se sentir ainda mais chateada se você fingir ser alguém que você não é."

"Eu to com medo." Falo quase em um sussurro e penso que o ruivo provavelmente iria rir de mim mas ele apenas franze o cenho.

"Medo de que?"

"Eu gosto dela, tipo de verdade, eu gosto tanto dela que nem tem como negar que eu gosto dela, eu sinto como se todo dia fosse natal quando eu to perto dela." Desabafo. "Tenho medo de ela não sentir o mesmo e nunca mais sentir isso por outra pessoa."

"Você sabe que, independente do que acontecer hoje, isso provavelmente vai acabar quando você sair da faculdade?" Assinto. "Só... Sei lá, Bill." O garoto que estava até então sério, tem sua feição rapidamente mudada para um sorriso de humor. "Você começou uma conversa muito emocional, não tava preparado para isso agora, deixa eu pensar." Fala rindo e acabo por acompanhá-lo em suas risadas. "Tenta relaxar, entende? O que acontecer, vai acontecer, talvez não hoje e nem agora, mas uma hora vai."

O tempo até a ida a sua casa foi rápida, decido por deixar Pattinson e Holland irem na minha frente, precisava de pelo menos um shot para relaxar e conseguir ir até lá sem ter um ataque cardíaco no meio do caminho. Depois de o terceiro copo, tomo coragem de ir caminhando até a sua casa, a chave tinha sido deixada embaixo do tapete para que, caso Arabella estivesse dormindo, eu não acorda-la.

Antes que eu pudesse ao menos me abaixar e pegar a chave, a porta é aberta pela ruiva, ela sua feição muda assim que me vê. Sinto meu coração acelerar mais rápido que o carro do Bryan na primeira racha do primeiro velozes e furiosos, abro minha boca mas apenas gaguejo sílabas sem sentido tentando chegar em uma palavra, ela revira os olhos para mim e sai da casa, doou um suspiro vendo a garota que usava um vestido slip dress que terminava um pouco antes dos seus joelhos na coloração marrom castanholas, um casaco da cor marrom café expresso e uma ecobag.

Entro na sua casa e subo até o andar de cima, seu quarto estava mais bagunçado do que da última vez que tinha vindo aqui, sorrio vendo que ela ainda tinha a três fotos que tiramos em uma cabine — a primeira era nós dois apenas sorrindo, a segunda era um abraço entre nós e a terceira era eu dando um beijo em sua bochecha enquanto ela ria e era apertada por mim. — Senti uma leve esperança quando vi aquilo, me deito em seu tapete como já havia feito outras vezes e pego o lençol que estava na cama, queria apenas sentir seu cheiro e sentir que ela estava aqui enquanto sentia aquela sensação horrível no meu peito, uma certa agonia, me questionando aonde ela poderia ter ido e como sentia sua falta.

Eu a amava e isso doía, amá-la doía mais do que eu pudesse lembrar ou imaginar.