𝕥𝕖𝕟

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                          𝐀𝐢𝐝𝐚𝐧 𝐆𝐚𝐥𝐥𝐚𝐠𝐡𝐞𝐫

— Eu não passo na janela — protestei diante a janela aberta, a menina não parecia ligar e continuou a jogar nossas coisas por ela — A minha mochila vai rasgar!

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— Eu não passo na janela — protestei diante a janela aberta, a menina não parecia ligar e continuou a jogar nossas coisas por ela — A minha mochila vai rasgar!

— Cala a boca e pula logo seu imbecil — ela era extremamente grossa, precisava me acostumar a isso.

Em silêncio peguei impulso e me joguei para o lado de fora, foi mais fácil do que imaginava. Mas eu caí sem jeito, era um pouco alto, e eu acabei rolando na calçada, me levantei rapidamente, desejando que ela não tenha visto minha queda, mas se viu não se importou, quando me virei ela já estava passando pela janela, com uma facilidade absurda. Estiquei meus braços, pronto para pegá-la mas ela me olhou com a sobrancelha arqueada e em seguida pulou no chão, sem nem tropeçar nos pés.

— Muito bem, da próxima vez eu te ajudo, para você não se machucar — conclui pegando nossas mochilas e ignorando suas reclamações — Vamos para a minha casa?

Ela me olhou, a testa levemente franzida, eu sabia que não tinha ninguém lá nesse horário, seria a chance perfeita para usá-la e depois, bom depois eu poderia ignora-la, assim como as outras.

— Eu não vou para a sua casa — ela disse, andando na minha frente, o quadril se movendo a cada passo, ela era estranhamente atraente.

— E por que não? — falei após desviar os olhos para sua coluna.

— Não confio em você — suas palavras me atingem como um soco, doeu como um.

— Então para onde a senhorita deseja ir?

Ela se virou para mim, um sorriso ansioso no rosto.

[ ... ]

— Não!! — ela abraçou a cintura, soltando altas gargalhadas, dando passos longos para trás enquanto eu me aproximava, nossos corpos recém suados pelas brincadeiras anteriores, ela soltou uma alta risada após eu tocar em um ponto sensível da sua cintura, em seguida coloquei uma perna atrás da sua coluna, enquanto a empurrava até o chão, a única coisa que se ouvia no parque vazio eram nossas risadas.
Ela enfim caiu, me levando junto, então ela foi pra cima de mim, pressionando meu peitoral, seus belos cabelos voando pelo vento refrescante.

Nunca tinha visto seu sorriso tão largo, nunca tinha visto o brilho em seus olhos, cheguei ate a pensar que ela fosse incapaz de sentir qualquer coisa parecido com felicidade.
Em um movimento rápido troco as posições, ficando por cima dela. Seus olhos se detém em meus lábios, os meus já estavam perdidos em seus olhos

— Menino... Que velocidade é essa?— ela sussurra com uma pitada de sarcasmo, a voz fraca, seus olhos ainda presos em meus lábios

𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘷𝘪𝘶 𝘯𝘢𝘥𝘢. As palavras dançam na minha língua, mas as impeço de saírem pela minha boca. Minhas mãos seguravam levemente seus pulsos, acima da sua cabeça.

— Quer uma foto? — provoquei com um sorriso perverso, ela parecia desnorteada, suas próximas palavras vieram juntas a um gaguejo.

— Eu... Eu...

— Um beijinho talvez? — ela se mexeu tentando se levantar, passei a ponta dos meus dedos pelos seus braços, podia ouvir sua respiração acelerada, seu coração batendo rapidamente, não podia mentir, eu também ficava fraco quando sentia seu doce perfume, ou então quando ouvia sua suave voz, ela me causava sensações desconhecidas e arrepios inesperados.
Depois meus dedos deslizaram mais um pouco, indo até suas macias mãos, entrelaçando seus dedos nos meus. Meu rosto se abaixava pouco a pouco, meus olhos hipnotizados pelos seus lábios rosados.
Já estava perto, tão perto que ela não conseguiria mais reagir me chutando ou socando meu rosto, era a distância perfeita, a única que queria entre a gente; mas de repente, seu rosto se fechou e ela não pareceu mais gostar, ela soltou minhas mãos e abriu uma delas entre meus fios de cabelo, em seguida fechou e começou a puxa-lo.

— Aqui o beijinho — ela continuou puxando, cada vez mais forte. Gemi de dor e só me vi fazendo o mesmo que ela.

— Larga se não eu puxo — falei após fechar minha mão em uma parte de seu cabelo, ameaçando puxar os belos fios de cabelo negro.

— Larga o meu primeiro — ela disse, o lábio levemente contraído.

— Primeiro você — digo após, ela já havia parado de puxar o meu, mas seus dedos ainda o seguravam — No três a gente larga juntos — propus, ela concordou devagar

— Um ... — comecei devagar — Dois... Três — no momento que meus dedos se soltaram do seu cabelo ela deu um último puxão no meu, se virando rapidamente e acertando um tapa na parte de trás da minha cabeça, o que foi o suficiente para me fazer cair no gramado, enquanto ela gargalhava — Você quer me ver morto — balbuciei, cansado.

Ela me encarou por leves segundos e se deitou ao meu lado, suas mãos pousando em sua barriga.

— Também — ficamos em silêncio, observando o céu azulado, o sol queimando nossas peles, mas naquele momento não precisei me importar, tão pouco ela.

— No que está pensando? — ela virou o corpo, descansando a cabeça no braço.

— Você não vai querer saber.

— Arrisque — foi a única coisa que ela disse, podia sentir seu olhar preso em meus olhos.

— Estou pensando em você.

Ela voltou os olhos para o céu, as bochechas levemente coradas, não pude conter o sorriso, que veio inesperadamente.

— Está com vergonha? — seu rosto se contraiu, ficando cada vez mais avermelhado, ela tentou segurar um sorriso e falhou miseravelmente.

— O quê? Claro que não! — ela protestou, soltando leves risadas.

— Não sei não — digo em meio ao um sorriso — Acho que alguém está apaixonada por mim.

— Não. De modo nenhum. Você já está apaixonado por mim? — ela perguntou com um sorriso no rosto, automaticamente o meu se estende quando seus olhos encontram os meus.

— Sem chance — concluo feito um tolo, nós dois sabíamos que lá no fundo estávamos mentindo.

𝐁𝐀𝐓𝐇𝐑𝐎𝐎𝐌 》》aidan gallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora