Estava dançando junto com o Martin a um tempo mas não queria beija-lo, hoje estava afim só de curtir. Já eram duas da manhã e Lis já estava bem chapada, Martin e Conrado estavam se controlando pois iriam dirigir e eu estava ciente do que fazia mas estava numa vibe muito boa. Joaquim trouxe o carro de volta e logo já pediu o Uber pra ir embora.Lis: Ai Ariel beija logo meu irmão vai porra- se apoiou no meu ombro
Ariel: Hoje não gata, tô suave
Lis: Tá fazendo cu doce isso sim
Ariel: Não amiga, eu só não quero hoje. Estamos curtindo dançando e pá- dei de ombros
Lis: Aposto que ele quer e só você tá de graça- olhou pro Martin- Da o papo
Olhei pra ele esperando pra ver o que diria. Ele só balançou a cabeça e sorriu, discreto como sempre.
Ariel: Mano, tu tá forçando a barra e já tem um tempo. Se for pra gente ficar vai acontecer, não é você nem ninguém que vai fazer isso rolar.
Ela me olhou com cara de brava e mostrou o dedo do meio. Ignorei e fui buscar um baseado na boca da rua de baixo.Martin: Espera Ariel, eu vou com você- disse indo atrás de mim. Concordei com a cabeça e fomos em silêncio.
Martin: Eu sei como se sente- iniciou- eu também me incomodo com isso- fiquei surpresa com a confissão
Ariel: Então não quer ficar comigo?
Martin: E quem disse que não ?- paramos no beco, ele apertou minha cintura e sorriu. Fez que ia me beijar e não beijou. Agradeci mentalmente por isso. Ele causa algo em mim, certa curiosidade e esse mistério que ele carrega, me atraem.
Continuamos andando e chegamos na boca, pedi uma de dez ao menino que estava lá. O cara que estava vigiando não parava de olhar para o Martin, até que ele falou algo pelo radinho e outro homem veio ate nós falando com Martin.XXx- Olha onde tu veio se esconder, me pediram pra ficar de olho caso você aparecesse aqui mas não achei que seria tão burro assim
Martin: Felp agora não é um bom momento, depois conversamos- disse e me direcionou para irmos embora.
Felp: Não temos o que conversar caralho, você tem uma merda pra resolver que deixou pendurada no rio e acha que pode simplesmente ir embora ?- sacou a arma
Martin: Abaixa a arma por favor- Respirou fundo- E o Bil cadê ele ?
Felp: O Bil tá morto- Martin fez uma expressão de terror total
Nesse momento começou um tiroteio, o tal Felp levou um tiro no braço do policial que estava atrás dele. Martin puxou o meu braço e corremos em direção a rua em que estávamos.
Conrado: O que aconteceu caralho ? - disse assim que nos viu correndo
Martin: Entra no carro, leva elas embora
Ariel: E você porra, aonde você vai ?
Martin: Vou resolver aquele problema
Ariel: Não você não vai!- disse aos berros por conta do barulho
Lis: Resolver o que Martin?- Deu um soco no seu peito- QUE PORRA VOCÊ FEZ? - disse com voz de choro
Martin: Eu não posso explicar agora Lis, entra dentro do carro e Ariel , você vai junto
Peguei a chave do Conrado e eles acharam que eu iria entrar dentro do carro, mas abri a porta e peguei os dois capacetes. Joguei um pra ele e coloquei o outro na cabeça. Ele respirou fundo, beijou a testa de Lis e disse que não era nada, somente uma briga com um cara que deu em cima de mim. Ele me olhou esperando que eu concordasse, e eu concordei. Mal sabia o que estava acontecendo e não podia preocupar a Lis com isso. Então eles foram pro carro e prometi que dava notícias. Subimos na moto e fomos pra boca em que estávamos por outra rua, pois a do baile estava lotada de gente correndo pra todos os lados. Quando chegamos o tal do Felp havia levado outro tiro só que no peito e estava quase morrendo.
Martin: Felipe fala comigo mano- passou a mão no seu rosto- Vou chamar uma ambulância
Felp: Eu já tô morto Martin- riu debochado- Se preocupa contigo que a tropa vai ficar ciente de onde tu tá - tossiu sangue ao falar
Martin: Filho da Puta- soltou a cabeça do Felp como força no chão e o mesmo apagou.
Martin andou um pouco pra frente, passou a mão na cabeça e respirou fundo. Eu vi um celular no chão e peguei para ver de quem era. O mesmo estava desbloqueado, e a última mensagem tinha sido do Felp pra um número desconhecido que dizia " Ele tá por aqui, eu vi ele no baile do Helipa, vou mandar o Liw ir atrás dele". A mensagem não tinha chegado e tinha sido enviada a pouco tempo, então eu apaguei pra todos e bloquiei o contato.
Ariel: Martin- fui chegando mais perto dele - Eu achei o celular do Felp, ele enviou uma mensagem dizendo que você estava aqui mas deu tempo de apagar pra todos.
Martin: Obrigado pretinha- sorriu doce- Agora vamos embora, deixa o celular comigo
Ariel: Não!- Puxei o celular e guardei no bolso- Eu quero que você me conte agora o que está acontecendo. Não é simplesmente dizer " Vamos embora pretinha, tá tudo bem, seu negão te salvou"- falei com a voz grossa e ele sorriu fraco- Preciso de respostas.
Ele ficou me encarando por um tempo. Devia estar pensando como iria me contar essa palhaçada.
Martin: Sobe na moto, te conto quando chegarmos- me deu o capacete e fui subindo na moto sem esperar eu responder.
Subi na moto com vários pensamentos. Ele deu partida e saiu rasgando pela rua do baile que já estava vazio. Eu sabia que não estava errada em achar que ele escondia alguma coisa mas não imaginava que seria algo do tipo, mesmo não sabendo do que se tratava direito, já dava pra ver que ele não voltou por que dava trabalho a tia dele e sim por que se envolveu com um Bagulho pesado por lá.
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Favelinha Do Amor
Roman pour AdolescentsEu não tinha ideia do que era amor antes de te conhecer, só havia conhecido romances fracos e dolorosos até que você mudou nossa vida simples que se resumia em trampar, sair de rolê e cuidar um dos outros. Você virou todos nós de cabeça pra baixo, n...