Capítulo X

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As pessoas têm inveja

dos talentos que

não possuem

POV BALCA KOÇAK

Há cerca de dois anos atrás.

Desde que havia sido trocada num papel principal pela famosa Eda Yildiz que jurei vingança, pois ninguém me troca assim e saí impune, eu não sou mulher para deixar barato não gosto de ser humilhada da forma que fui pela sonsa.

Contratei os melhores detetives para me darem todos os passos dela, mas a sonsa não pisava a risca uma única vez, eu precisava de algo que argumentasse o que depois eu iria expor para toda a comunicação social.

Quando soube que ela estaria convidada para o lançamento do filme de Ömer, fiz questão de começar a cobrar favores que me eram devidos a gente da alta sociedade, mas que eu pudesse de alguma forma estar lá dentro da festa, nem que para isso eu usasse meus atributos físicos.

O jeito que ela encanta as pessoas me enjoa de uma maneira estranha.... Ela tinha de sair daquela festa com uma péssima imagem...

Consegui através de minhas fontes saber em que hotel ela ficou instalada, decidi ficar no mesmo pois só assim a poderia ter debaixo de olho, com um pouco de dinheiro tudo se consegue e tenho a certeza que a quebra de confidencialidade seria fácil de ultrapassar, eu teria sempre a última carta para ser jogada, mas ainda era um pouco cedo para isso tudo teria de ser muito bem calculado.

Eu sabia exatamente qual seria o horário da festa e onde seria a mesma, eu iria acompanhada de Mustafa, presidente das Produções SA de Ankara, na hora combinada o mesmo se encontrava na entrada do hotel dentro da sua limusine branca esperando me, mas quando vou saindo do quarto, vejo Eda deslumbrante como sempre ao telefone com alguém então decido ficar atenta pois apesar de eu ter vindo ela não poderia de certa maneira saber que eu aqui estava a controlar pois se alguma coisa desse para o torto eu seria a primeira suspeita.

Decidi ficar alguns minutos ali afim de tentar de certa forma escutar a conversa, mas sem sucesso, como vi que ela voltou a seu quarto como se tivesse se esquecido de algo, decido me ir embora bem rápido antes mesmo que ela voltasse, tinha de estar na festa muito antes dela, que por ser uma estrela era sempre a última a chegar.

Quando já estou no elevador e a porta se prepara para fechar, vejo um sapato preto baço a ser colocado no meio das mesmas que se abriram logo de seguida, quando meus olhos se levantam do chão, tive a mais bela visão do mundo, que homem era aquele que ali estava bem na minha frente, eu quase engasguei dentro do elevador, seu perfume me deixou sem sentidos, apenas o pude observar de perto mas ao mesmo tão longe. Um arrepio eletrizante percorreu meu corpo no restante percurso do elevador, quando saímos apenas o avistei a caminhar em seus passos longos até o perder vista.

Quando passos as portas que dão acesso ao exterior do hotel, tenho o Mustafa a minha espera todo elegante e sorridente como se viesse buscar sua noiva, só de olhar para ele sentia uma grande repelência, seu toque me dava nojo e provocando um mal-estar enorme dentro de mim, mas tive de fingir estar tudo bem em prol de destruir a sonsa, sempre ouvi dizer que para recolher os méritos sacrifícios tem de ser feitos.

Algo me dizia que esta festa ainda me iria ser muito útil futuramente, Eda seria desmascarada na frente de todos sem dó nem piedade.

Cheguei a festa encantada, não só por ser a primeira vez a que ia a uma festa com este requinte, mas também por ser a festa em que iria desmascarar a dissimulada da Eda para assim ela perder a credibilidade que até então tinha, quando me deparo com o homem que estava junto de Omer, era o mesmo que tinha descido comigo no elevador, quem era ele? O que fazia nesta festa? Estas perguntas pairavam em minha cabeça de forma acelerada.

A verdade por trás de um escândaloOnde histórias criam vida. Descubra agora