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8:00 da noite.

Juliette Freire

Sarah saiu e falou que ia voltar cedo,mas acontece que ela saiu 3:30,já são 8:00.

Eu sei que não devo desconfiar dela,mas está começando à ficar difícil.
Primeiro; por que uma mulher quer encontrar ela? Segundo; não pode ser à trabalho,quem trabalha dia de domingo?

Eu odeio a Sarah,odeio! Se ela estiver realmente me traindo,eu vou embora. Deixo ela aqui sozinha e levo os meus filhos.

As crianças deviam estar em seus quartos fazendo alguma coisa, eu estava na sala,assistindo à um programa de TV sem graça.

Ouvi a porta abri,mas não me importei de olhar,eu já sabia quem era.

- Onde você estava? - Perguntei à ela,sem nem olhar pra mesma.

Sarah: Eu fui em uma cafeteria resolver algumas coisas do trabalho.

- Do trabalho? Tem certeza? Quem trabalha em pleno domingo?

Sarah: Eu sei que é um dia de folga,mas eu queria resolver logo isso,e eu fui à essa cafeteria com um amigo da minha empresa.

- amigo? Mente mais que eu gosto.

Sarah: É verdade,não confia em mim?

- Sarah! Eu vi a mensagem que uma tal de "Viviane" mandou pra você ontem,você acha que eu sou idiota?

Sarah: Viviane é a menina que trabalha comigo. Ela foi também,mas foi apenas deixar uns papéis comigo,depois foi embora e meu amigo chegou.

- Que amigo?

Sarah: O Gil. Ainda acha que eu estou mentindo depois dessa?

- Eu ainda não consigo raciocinar tudo que você está me dizendo.

Sarah: Acredita em mim. Acha que eu estou fazendo algo pela suas costas? Eu nunca faria nada disso,você sabe muito bem.

- O que eu estou realmente surpresa é sobre você querer trabalhar em pleno domingo. Você sempre preferia ficar com sua família.

Sarah: Mas hoje foi diferente. Não quer acreditar em mim? Foda-se,a gente sempre prometeu que íamos confiar uma na outra,você está descumprindo isso.

- Sarah,eu confio em você,mas essa explicação que você acabou de fazer,não está me entrando.

Sarah: Caralho! Não acredita então,se separa de mim,pede o divórcio e pronto. Não é isso que você quer?

- Eu não falei isso. Para de colocar palavras na minha boca.

Sarah: Você que está falando coisas que nem sabe. Eu nunca te trairia,se é isso que você quer saber. Mas já que você pensa assim,tudo bem. Que desconfiança essa sua.

- Não é desconfiança.

Sarah: E é o que? Hein? Me responde! Se não é desconfiança,o que é? Que porra.

- Quer continuar gritando? As crianças estão lá encima.

Sarah: Você que começou á pensar que eu estou te traindo.

- Eu vou saber se você realmente foi trabalhar. Eu vou saber,ouviu?

Sarah: Pode ir. Pode perguntar à Carla,eu disse à ela que eu tinha um compromisso hoje da nossa empresa. Ela sabe disso. Ela ia comigo também,mas resolveu ficar em casa com a família.

- E por que você não quis ficar em casa também? Não poderia esperar até amanhã? - Meu tom de voz aumentou.

Sarah: Vai pra pqp. Eu não queria trabalhar amanhã,queria ficar aqui em casa, fazer almoço pra quando vocês chegassem da escola e do trabalho,eu queria ficar em casa amanhã. Mas como você desacredita de mim,eu vou pro trabalho e vou trabalhar. Não vou fazer outra coisa não.

𝗙𝗮𝗺𝗶𝗹𝗶𝗮 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗲-𝗔𝗻𝗱𝗿𝗮𝗱𝗲 Onde histórias criam vida. Descubra agora