Juliette Freire
Depois de muita insistência,o Gael convenceu o Doutor à deixar eu e Sarah dormir com ele. Nós duas queríamos ficar aqui. Ele não está chamando nós duas de mãe ainda. Mas ele quer ficar conversando com nós o tempo todo.
Gael: Como vocês se conheceram?
- Ah filho,o dia em que a gente se conheceu foi muito legal. A sua tia Tha e a tia Carlinha,já eram namoradas,então fomos em uma festa e eu conheci sua outra mamãe lá. A gente se tornou melhores amigas,e depois nos tornamos namoradas.
Sarah: Foi exatamente isso que aconteceu,Gael.
Gael: E então depois vocês casaram.
- E tivemos a Ana Luíza,e depois tivemos você.
Gael: Você tem certeza disso?
- Claro. Você ainda não está acreditando que eu sou sua mãe?
Gael: Eu não sei...vocês podem me dar um tempinho pra pensar?
Sarah: Claro que podemos,meu amor. Mas agora está na hora de dormir,já está tarde.
Gael: Ah,é sério?
Sarah: Sim,muito sério. - Sarah ajeitou ele na maca e eu fui até ele.
- Dorme bem,filho. Mamãe ama muito você.
Sarah: Dorme bem,loirinho,mamãe Sah também ama você.
Gael: Eu vou dormir bem sim! - Ele já tinha tomado o "gagau" dele.
Ele pediu pra Sarah contar uma história e ela contou,ele dormiu rapidinho.
- Vem deixar aqui comigo? - Chamei ela,eu estava sentada no sofá,mas eu queria deitar com ela. Ela veio até mim e deitou no sofá,eu deitei encima do seu corpo. - Eu estou muito triste porque ele não lembra de nós.
Sarah: Eu também estou. Ele não nos chama de mamãe.
- Por que ele não confia em nós?
Sarah: Eu não sei,mas tudo é muito novo pra ele. Vamos deixar ele pensar um pouco.
- Tudo bem. Amor,posso te fazer uma pergunta?
Sarah: Claro que pode.
- Você me ama?
Sarah: Que pergunta mais besta. Por que essa pergunta hein? É claro que eu te amo.
- Eu não sei. As vezes eu me sinto insegura. Eu não sei se você realmente me ama. Tenho muito medo de está menti...
Sarah: Cala a boca,Juliette. É claro que eu te amo,eu nunca mentiria sobre isso. Você é minha vida,você é a mãe dos meus filhos,você é minha mulher. Minha morena mais linda. Não fica com essas inseguranças. Isso te faz mal. Eu te amo muito! - Ela falou tudo aquilo e eu senti uma lágrima cair.
- Desculpa,eu não sei o que está acontecendo comigo. Meu filho não lembra de mim,não consegue andar. Isso é terrível.
Sarah: Eu sei,eu sei o quanto é terrível, mas já já isso passa. Não fica com essas inseguranças. Já faz 14 anos que estamos juntas e eu já disse umas trilhões de vezes que te amo. Você é minha razão. Eu amo você,amo os nossos filhos,amo a família que construímos. - mais uma lágrima caiu do meu olho e eu senti ela me puxando mais pra cima. - Eu te amo amor. - Me deu um selinho muito demorado.
Sarah Andrade
Depois de um tempinho,ela dormiu. Eu fiquei fazendo um cafuné em seu cabelo.