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Narradora

Fazia três dias que Juliette não aparecia na casa de sua mãe. Ninguém havia lhe visto,ninguém tinha notícias e todos estavam preocupados.

Sua mãe nem se fala. A mulher estava pra ficar louca de preocupação com a sua filha. Os netos de Fátima choravam com falta da mãe.

Analu: Eu quero a minha mamãe! Onde será que ela está?

Fátima: Eu não sei Ana Luíza. Mas ela vai aparecer. Vamos ter fé.

Thaís: Mãe,você teve alguma notícia da Ju? - Thaís entrou na casa e perguntou à sua mãe.

Fátima: Não,eu não sei mais o que fazer!

Thaís: Onde essa menina se meteu?

Fátima: Eu vou ligar pra polícia! Eu não quero que nada de ruim tenha acontecido com a minha menina.

Thaís: não precisa! Eu irei encontrar ela! Acredita em mim,ok? - Thaís deu um beijo na sua mãe e saiu da casa.

Juliette Freire

Já fazia três dias que eu não saia daquele quarto de hotel,já fazia três dias que eu não comia. Já fazia três dias que eu não via minha família. Já fazia três dias que eu chorava sem parar.

Eu estava fraca. Estava cheia de dores e não conseguia sair dali.

Algumas pessoas vieram bater na porta mas eu nem atendia. Minha mãe deveria estar preocupada comigo. Mas eu só queria passar um tempo sozinha.

Hoje eu tentei sair um pouco do quarto e tentei comer também. Mas nada passava na minha garganta. Eu não estava tomando nem água.

Eu não sei o que estava acontecendo comigo. Não sei porque de pensar naquela mulher todo dia. Não sei porque eu estava sem forças pra tudo,era apenas uma maldita mulher loira que não saía dos meus pensamentos.

Eu saí um pouco pra pegar um ar. Olhar o sol e ver a natureza. Mas a minha vista estava embaçada.

Eu fiquei sem forças para ficar em pé. Minhas pernas ficaram mole e eu caí.

Perdi a visão de tudo e não me lembro de mais nada.

(...)

Acordei com uma baita dor de cabeça,em um quarto branco,muito iluminado.

Tentei me mover mas não consegui. Olhei para o quarto todo e não vi ninguém. Não tinha ninguém. Eu estava com muita fome,minha garganta estava seca. Eu precisava de comida e água.

Alguém abriu a porta e eu vi um homem de branco entrar.

XXX-XXX: Olá Senhora Andrade,eu sou o Dr. Marcedo. Percebi que você acordou um pouco confusa.

- Senhora Andrade? - Minha voz saiu fraca. Acho que o doutor nem escutou.

Dr. Marcedo: Sim! Senhora Andrade,não é?

- Senhorita Freire! Por favor!

Dr. Marcedo: Ah sim,desculpa!

- Tá tudo bem. Quem me trouxe aqui?

Dr. Marcedo: Um funcionário do hotel em que a senhorita estava. Você está bastante desidratada e precisa comer algo.

- Faz três dias que eu não bebo água e não como.

Dr. Marcedo: Isso faz muito mal pra você Senhora Andra... Senhorita Freire!

- Onde viu o sobrenome Andrade?

𝗙𝗮𝗺𝗶𝗹𝗶𝗮 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗲-𝗔𝗻𝗱𝗿𝗮𝗱𝗲 Onde histórias criam vida. Descubra agora