As Razões de Mutano

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Notinhas da autora: Boa leitura e muito obrigada pelo 1K de visualizações ❤️

Queria aproveitar e agradecer minha conselheira e melhor amg que tem me ajudado bastante a decidir várias coisas sobre a fic, sim jenny tô falando de você jenny_2615❤️

No cemitério

Os dois de frente pra lápide, tão perto que ls braços se encostavam.


_ Eles nem tiverem um enterro digno. Nunca acharam os corpos, só o que me restou foi fazer esse memorial. - se agachou e tirou algumas folhas de cima.

Ravena levantou um pouco a mão e flores brotaram em volta da lápide, flores brancas e bonitas.

_ Há quanto tempo sabia? - perguntou sem parar de olhar o memorial.

_ Há bastante tempo. - fechou mais o casaco por conta da ventania.

_ Como? - perguntou sério.

_ Eu te vi aqui outro dia, deixando rosas brancas em cima da lápide. O sobrenome batia e eu, fui invasiva, e acabei pesquisando o que aconteceu.

_ Foi minha culpa. - disse baixou quase inaudível.

_ O quê? - olhou para ele.

_ EU. MATEI. ELES. - gritou se virando e encarando o rosto dela, seus olhos já estavam vermelhos e tinham veemência, uma dor que ele nunca havia deixado transparecer antes, Ravena continuou o encarando, mas com um olhar ao mesmo tempo determinado e compreensivo. Como se esperasse alguma reação dele.

Depois de alguns segundos se olhando fixamente, Mutano desabou e a abraçou forte, o mais forte que conseguiu, segurou ela como se não quisesse deixa-la escapar. Ficou curvado enquanto suas lágrimas escorriam, Ravena não recuou nem se surpreendeu, sabia que ele precisava de alguém que o entendesse, então envolveu seus braços nele enquanto descarregava tudo o que tinha segurado durante o dia e talvez até durante os anos.

Ainda abraçados, mas agora com Mutano mais aliviado Ravena disse baixo, perto de seu ouvido:

_ Você não os matou e nem tem culpa sobre isso. - soou calma.

_ Como sabe? - disse a testando.

_ Eu tenho certeza que se tinha qualquer possibilidade de impedir, você o teria feito. Não tinha como adivinhar, Gar. Você não tem culpa de nada. - Mutano se desfez do abraço, limpou o rosto e parecia um pouco melhor.

Ravena devagar andou até um banco que ficava mais atrás deles e olhou para Mutano sugerindo que se sentasse lá também, e ele foi.

_ Não vou mentir. A dor não vai acabar depois de um tempo. - falou de frente para o memorial. - Mas ela pode se transformar de uma dor que te corrompe com culpa para uma dor de saudade que te faz lembrar todos os dias como se amavam. - agora falava olhando para o Mutano.

_ Como eu faço isso? - limpou a última lágrima.

_ Lembrando deles. Mesmo as lembranças ruins, essa é um das coisas que te deixam conectados e mais próximo. Talvez não consiga isso hoje ou amanhã, mas tem que saber que tem amigos pra te ajudar, ou melhor uma família. Enquanto a culpa... você precisa entender que acontecem coisas horríveis, nas quais não podemos impedir ou entender o porquê acontecessem. - Mutano ouviu atentamente e parecia estar compreendendo.

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