Para mudar

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Estou me afogando
E o que me resta é escrever,
Escrever qualquer coisa sem sentido
Para interromper o meu pensar.

Isso não vai embora,
Mesmo que eu tente muito fazer que se vá.
Quanto mais eu tento,
Mais me deixa assustado.

Uma poeira cinza e confusa afunda minha mente,
Um caos sem precedentes
Onde minha válvula de escape é fazer o que as vozes pedem.

Por muito tempo disse ser vozes,
Eu até as escutava,
Mas não me atentava ao fato de que fazem parte de mim.

Meus desejos obscuros,
Pensamentos impuros,
Reprimidos pela ética
A qual não quero fugir,
Mas não quero que me consuma.
Talvez eu deva dar ouvidos ao meu outro lado
Que parece gritar e latejar,
Pois agora acordou e quer se apossar.

A linha tênue do meu partirOnde histórias criam vida. Descubra agora