Nem queria estar mais aqui

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Não vejo razão nessa condição
O peito que me dilacera de dentro para fora
É como aquele velho amor podre
Que me deixara no meio-fio

Não perguntaria se soubesse
Então me responda:
A vida é uma filosofia?
Ou um céu azul da praça?
Eis mesmo tão natural como a luz do dia?
Ou só mais um jeito de pedir socorro?

O céu derrete mais que o meu rivotril
As nuvens nem parecem flutuar mais
De tanta droga que eu tomei acabei com meu fígado
Logo eu que sempre tentei ser saudável

Eis a vida, crua e suja
Um grito de amor ao surdo olhar de quem vê.
Eu gritaria que te odeio, como eu te odeio

Eu deveria ter morrido aquele dia...

A linha tênue do meu partirOnde histórias criam vida. Descubra agora