Dia, dia, dia...

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Toda noite eu sinto um pesar
O peso da minha existência substancial
A qual não posso me dar o luxo de terminar
Pois há muitos que querem minha estadia.

Talvez seja egoísmo
Ou realmente um cuidado
Mas o que há de certo é um fato
O peso de carregar minha existência árdua nunca cessa.

Desde que me lembro tive medo de alturas
Um medo ingênuo mas ao mesmo tempo racional
É o que livraria muitos de sua morte
Mas não o tenho mais,
Aliás, desejo buscar o mais alto dos lugares
Apreciar uma bela vista e um tom alaranjado do sol
Onde sopra um vento forte que me equilibra.

Eu não errei a palavra.

Meu emocional anda muito abalado
Meus remédios parecem fazer efeito
Dessa vez meu rivotril veio à calhar
Mas a sonolência norturna e diurna me impede de me sentir útil
Visto que eu perdi muitas notas e atividades que antes fazia.

Eis tu, meu querido diário
O único que alivia minha dor mental
A qual nunca cessa.

Eis tu o que me deixa vivo.

A linha tênue do meu partirOnde histórias criam vida. Descubra agora