DINASTIA SAKAMAKI +18

RECEPÇÃO

Escrito por Aline Tasvin
Baseado em uma obra de Rejet.

- Acorda dorminhoca! - Tougo me desperta calmamente com sua voz grave e cativante.

Ainda estavamos dentro da limousine, a caminho da mansão Sakamaki, quando acabei cochilando. O caminho era longo, afinal, Tougo morava do outro lado do Japão, em um local bem afastado do centro da cidade. Pude perceber, já que estávamos passando por uma estrada deserta cercada de árvores:

- Parece que alguém não dormiu direito ontem. - Tougo sorri para mim.

- Desculpa! - Esfrego meus olhos para tentar melhorar minha visão ainda embaçada do sono. - Dormi muito?

- Não dormiu não! - Ele me me estende uma caixinha de Suco de cranberry. - você só cochilou por vinte minutos.

Eu fiquei surpresa por ter dormido só vinte minutos e ter tido tempo de ter aquele sonho estranho, que eu nem me lembro agora, mas parecia que eu estava em uma espécie de jardim ou algo do tipo.
Agora eu estava mais preocupada em como a família de Tougo Sakamaki iria me tratar quando soubesse que eu, uma garota de dezessete anos, sou a namorada dele. Na verdade, eu não sabia muita coisa sobre sua família. Só sabia que ele era o governador do Japão, mas ele, de algum modo, conseguia esconder sua vida particular da grande mídia:

- Tenho que te dizer uma coisa - Ele pega acende um cigarro e sorri- Na minha casa moram meus seis filhos e todos eles me detestam.

- Isso é muito triste - eu cruzo os braços lamentando que ele não tem o afeto dos filhos.

- Isso é o de menos - Ele sorri - Já saiba que eles são todos homens, e por sinal, muito atraentes.

Percebo um tom malicioso em sua fala:

- E o que isso significa? - Questiono.

- Significa que não é muito difícil se apaixonar por eles. - Tougo responde ainda com um sorriso malicioso em seus lábios.

- Não se preocupe - levanto minha cabeça para encarar-lo - eu não sou esse tipo de mulher. Se você está com medo então é melhor a gente terminar e você me levar de volta pra casa.

- pode ficar tranquila! Eu não duvido de você - ele joga o cigarro no cinzeiro que estava ao seu lado. - Estamos quase chegando.

E ele estava certo. Tougo abre a janela e aponta para uma casa, que mesmo da distância que estávamos, conseguia ser vista de tão grande que era:

- Boa sorte querida... Porque você vai precisar - ele ri.

- Qual é a graça? - pergunto observando sua atitude.

Ele simplesmente não me respondeu nada. Só olhou pra janela e continuou vendo a estrada.
Finalmente tínhamos chegado. O carro parou em frente ao grande portão de ferro que tinha o número oitenta e quatro estampado, sinalizando o número da casa.
O portão abriu e passamos pelo pátio de entrada, onde tinha um grande chafariz decorado com uma gárgula. A casa, que antes parecia grande, agora parecia que tinha seu próprio CEP de tão enorme que era.
Descemos do carro e o mordomo já estava a nossa espera. Ele avisou que um tal de Reiji, provavelmente um dos filhos, já estava esperando no Hall de visitas.
Caminhamos pelo Hall de entrada, onde havia um enorme tapete e uma escadaria, e fomos para o corredor de acesso ao Salão de visitas: