Olá, Marujos!⛵
Ainda estão a bordo?
Boa leitura! 📖
O mar sempre foi um bom professor, dedicado a ensinar até aos seus mais experientes alunos sempre uma nova lição de sobrevivência; principalmente alimentando o imaginário de mentes fadadas à loucura.
Sempre em constante movimento, o mar se forma de rios de histórias e incontroláveis ondas de quimeras.
Não se sabe ao certo quando a primeira grande história surgiu, quando a primeira deusa foi exaltada ou quando o primeiro grito de loucura ecoou pelas águas. A veracidade de todos os contos contados com tanta propriedade pelos quatro ventos não pode ser medida, todavia aqueles que optam em não crer, estão mais suscetíveis às correntes traiçoeiras que levam à morte todos que ousam enfrentar toda a grandeza dos sete mares.
De todas as histórias que já ouviu em seus vinte e poucos anos, a que sempre realmente temia, era o canto das sereias. Um ser tão poderoso agraciado com uma deslumbrante beleza e um canto tão belo quanto o respirar dos anjos, capaz de levar ao náufrago toda uma versada tripulação, não poderia ser admirado de maneira leviana. Porém, nunca imaginou que seus tolos olhos um dia veriam e seus falhos ouvidos apreciariam tão de perto o esplendor da presença de um ser tão místico e ainda assim sobreviveria.
Jeon Jeongguk e seus fios dourados como os olhos da deusa Karma, era a personificação do encanto.
O mistério sedutor do conto mais antigo.
Caminhando sem rumo aparente pelas docas escuras, era como se seus pés soubessem exatamente para onde seguir, enfeitiçados pela necessidade iminente de ter ao alcance de seus olhos novamente aquele que, com tão pouco, lhe fez sentir-se submerso, mesmo estando em terra firme.
Chegou em uma encruzilhada escura, com dois caminhos e uma decisão à sua frente. Todavia seus pés ao menos moveram-se, pois foi atirado com violência contra um dos muros de pedras cobertos por musgos, e teve o ar privado de seus pulmões por alguns segundos, não pelo impacto de suas costelas contra as rochas atrás de si, mas por sentir-se mais uma vez afogando-se em uma imensidão cintilante que eram os negros olhos daquele a quem em sua mente já era chamado por sereia.
— Não sabe o quão essas docas são perigosas a essa hora, capitão? Porque estás a me seguir?
O belo cantor tinha em posse uma lâmina bem afiada, empunhada a altura do pescoço do capitão, que apesar de surpreendido, envolveu os finos e longos dedos em seu pulso, freando o avançar do objeto, enquanto encolhia-se contra o muro, tentando desviar-se do punhal que brilhava refletindo à luz do luar.
— Peço que me perdoe — exprimiu seu pedido por clemência. — Não tinha a intenção de assustá-lo.
— Pareço assustado? — Ergueu uma das sobrancelhas em afronta.
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Love to the Sea
FanfictionTAEKOOK| DRAMA | FANTASIA Desejo apresentar-lhes uma história a qual estimo muitíssimo, que me aflige e instiga como nenhuma outra fora capaz de fazer há muito tempo. Não se trata de mais um dos contos marítimos que sempre tive fascínio, mas de um d...