The Love of Illaoi

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Olá, Marujos! ⛵

Como estão?

Vamos a mais um capítulo dessa dramática expedição? 

Esse capítulo, comparado ao anterior, está bem levinho, mas cheio de coisinhas que vocês devem prestar atenção e que serão cruciais mais a frente.  Pouco a pouco nosso capitão e sua sereia estão se aproximando e o romance que estar por vim será avassalador! 

Espero que curtam!

#Seatk

Boa leitura!📖

Nunca viu os olhos de um deus

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Nunca viu os olhos de um deus.

Nunca havia visto o filho de Karma sob os amparos da deusa do Sol.

Ao ar livre, banhado pela luminosa dor, sua presença era ainda mais notória e seu olhar tão atemorizante quanto a fúria de um deles.

Taehyung mergulhou sem medo nos olhos de Jeongguk, sentindo-se afundando como um prepotente navegante, que se julgava capaz de enfrentar sozinho as tortuosas profundezas de um vasto e desconhecido oceano. Apesar de firmados nos ladrilhos de pedra do chão de Londres, seus pés pareciam deslizar sobre a madeira molhada da proa do seu pequeno, rúptil e quimérico barco. Exposto a imensas e raivosas ondas de ilusão.

Temeu perecer.

Todavia, assim como a névoa que se dissipa após uma tempestade, sua aflição partiu no momento em que Jeongguk desviou o olhar e singrou em retorno ao Recanto.

O capitão tardou em segui-lo, ainda extasiado com a teofania que acabara de viver. Nem os anos passados, exposto aos perigos do mar e a violência dos leviatãs, lhe fizeram sentir-se tão amedrontado e impressionado assim. Talvez a certeza de que as águas não podiam feri-lo lhe desse o arrojo que, em terra firme, mergulhado nos olhos do belo músico, sentiu não ter.

Ao atravessar a praça central, viu ao longe que Jeongguk mudara de rota e apressou-se em alcançá-lo, antes que o perdesse de vista em meio aos comerciantes do porto.

— Jeongguk! — chamou-o ao que estava próximo o suficiente para ser ouvido.

Ele parou assim que reconheceu a voz que lhe chamava.

— Ainda continua a me seguir, capitão? — Virou-se bravo, perdendo brevemente o equilíbrio sobre os sapatos altos quando um dos comerciantes passara por ele, colidindo grosseira e intencionalmente seus ombros.

Recuperou a firmeza em suas pernas e voltou-se rapidamente na direção do homem que, um pouco à frente, fez questão de espevitar-lhe e, com inegável repúdio, cuspir no chão.

Jeongguk sentiu sua pele aquecer feito brasa exibida ao vento.

Deu o primeiro passo, aumentando a incandescência em sua derme, no entanto, antes que as chamas surgissem e tomassem conta de suas ações e o levasse a uma dispensável briga em meio às barracas de peixes e mariscos, respirou fundo e sentiu-se, pouco a pouco, esfriar. O calor que emanava de seus poros, precipitando o conflito, se foi assim que teve o pulso envolto pela mão grande e áspera do capitão, que em um único gesto o impediu de seguir, se colocando em sua frente.

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