TAEKOOK| DRAMA | FANTASIA
Desejo apresentar-lhes uma história a qual estimo muitíssimo, que me aflige e instiga como nenhuma outra fora capaz de fazer há muito tempo. Não se trata de mais um dos contos marítimos que sempre tive fascínio, mas de um d...
Aqui estou eu em mais um desafio. E antes de iniciarmos, gostaria de pedir, caso não tenha visto o capítulo de avisos, volta lá rapidinho e lê. É importante!
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As águas bravias alcançavam alturas assustadoras. Os homens e mulheres a bordo escondiam-se e agarravam-se ao que viam pela frente, na tentativa de não serem jogados para fora da embarcação pela força da tormenta. Em meio a impiedosa tempestade, no porão sufocante e úmido daquele velho navio, uma mulher dava à luz.
Os tripulantes clamavam a Deusa Illaoi, suplicando por suas vidas. O imediato gritava, acusando o capitão de ter mentido sobre ter pago o tributo às águas, e agora, estavam todos fadados a morrer, sepultados naquele navio com lápides de corais, perdidos nas profundezas daquele imenso oceano.
As gigantes ondas quebravam em seu casco, as velas já não mais aguentavam a força dos ventos e despencavam de suas cordas. Gritos de desespero se misturavam ao barulho das águas, o navio já adernava quando, de repente, o mar revolto se acalmou, o vento calou-se e, enquanto as nuvens cinzas e pesadas se dissipavam e todos se aclamavam, um choro foi ouvido ao longe.
Dizem que ao nascer, a mãe do bebê o ofereceu como tributo a rainha das águas — aquela que destrói o que odeia e deleita-se em tudo o que ama —, em troca da vida de todos ali.
Nascido no mar e para o mar, Kim Taehyung foi criado em meio às águas, velejando e aprendendo a arte de manusear um arpão. Protegido pelos mistérios das profundezas, Taehyung acreditava que sua vida seria sempre em alto mar, caçando leviatãs e transformando suas carnes em riquezas. Mas, o amante do mar se apaixonou pela terra firme, quando ouviu pela primeira vez o mais encantador canto que já escutara, digno de uma bela sereia.
Era mil oitocentos e cinquenta, e tão inesperada quanto brutal, a morte vagava feito névoa densa e negra entre as docas do Porto Central de Londres. Um lugar cheio de mercenários e contrabandistas, lar de baleeiros e de pessoas estranhamente maravilhosas, vindas de todos os cantos do mundo. Não havia cidade portuária melhor para buscar fortunas e fazer um nome. Ali, você podia vender e comprar de quase tudo, ninguém se importava com o seu passado, o que importava era quantidade de ouro que carregava nos bolsos e o quanto esperto você conseguiria ser para não acabar como os viajantes descuidados, que eram encontrados flutuando nas águas salgadas perto das docas, com os bolsos vazios e gargantas cortadas.
Entretanto, apesar de todo o perigo que sempre rondou o porto, o medo agora sentido era inexplicável. O ceifeiro que trazia morte aos seus moradores era implacável e não fazia distinções, deixava enfermo qualquer um a quem tocasse a derme, sorvendo as suas almas em poucos torturantes dias.