IMBECIS!

406 34 13
                                    


Assim que cheguei em casa, depois que descobrimos sobre o Jackson ser o Kanima e ter decidido enfim me juntar aos bons moços, sério, aonde eu estava com a cabeça?

Entrei na cozinha para procurar algo para comer já que ninguém é de ferro né, quando eu estava prestes a abrir a geladeira a luz acendeu e eu rapidamente peguei a minha arma no coldre da minha coxa e me virei só para encontrar a senhora que se diz minha mãe.

- Que veux-tu - falei sem me dar ao trabalho de esconder meu desgosto de encontrá-la.

"O que você quer?"

- Fale a nossa língua, não precisa se fingir de esperta quando o Gerard não está aqui - desdenhou de mim, juro que se ela não fosse a minha mãe já estaria morta - abaixe essa arma Allana - ordenou Victória.

- Je ne vais pas poser mon arme, dire ce que vous voulez et sortir- continuei falando em francês, se ela não entende o problema é dela - et je ne prétends pas être intelligent, je suis - e não abaixei a minha arma, jamais confiaria nessa mulher.

"Eu não vou baixar a minha arma, diga o que você quer e saia"

"e eu não finjo ser inteligente, eu sou"

- Já chega, garota insolente - ela estava muito irritada e eu com um belo sorriso no rosto - cansei de você, eu fiz bem em mandar você para o seu avô, ele até que te treinou bem mas a Kate não conseguiu te dar o que ela não tinha - nesse momento eu apenas ergui minha sobrancelha - ela não te deu educação, pelo menos não como eu e seu pai educamos a Allison.

- Sabe o que ela me deu e você também não fez questão nenhuma de dar? - perguntei e ela soltou um riso debochado.

- Não me diga que ela te deu amor - ela pronunciou a ultima palavra com tanto desprezo que eu só pude rir da cara dela.

- Por incrível que pareça a Kate era muito mais amorosa que você, inclusive com a Allison, eu fui a filha que ela não teve - enquanto eu falava ia andando e abaixando a arma - não me orgulho de nada do que ela fez, pelo contrario e acredito que ela também não já que quando eu tive idade para entender, ela me contou tudo e explicou que o que tinha feito era errado - agora eu já estava cara a cara com ela e com lagrimas nos olhos - ela me amou como você não foi capaz de fazer, ela foi minha mãe quando eu precisei enquanto você brincava de dar ordens ao meu pai, quem estava dando as ordens na ausência do vovô era EU, então faça um favor a nós duas e me trate como igual, mas pensando bem se eu fosse você me trataria como sua superior porque querida mamãe é exatamente isso que eu sou - assim que terminei de falar percebi que Gerard estava na porta junto com o meu pai, nos olhos do meu avô eu vi orgulho, já nos do meu pai vi uma imensa tristeza por eu ter passado pelo que passei.

Respirei fundo e finalmente guardei a arma e enxuguei a única lagrima que eu permiti que caísse.

- Perdi a fome - falei olhando para aquele projeto de ser humano de cima a baixo.

- Filha espera - meu pai tentou me parar, mas meu avô interviu.

- Ela só precisa ficar sozinha agora Chris.

- Não vovô tudo bem, eu quero conversar com meu pai - assim que falei, eu e meu pai subimos as escadas até o meu quarto, quando entramos eu fechei a porta e tranquei.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 21, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A outra ArgentOnde histórias criam vida. Descubra agora