"Sozinho"

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"Nem toda pessoa teve a chance de encontrar sua alma gêmea, por isso, aceitou aquele que chegou mais perto disso. Mas, e se ainda sim, faltar algo? E se depois de anos com o parceiro errado você encontrar o certo?"

 Mas, e se ainda sim, faltar algo? E se depois de anos com o parceiro errado você encontrar o certo?"

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Naruto acordou cansado naquela manhã, mas não aquele cansaço físico, e sim psicológico. Mais um dia acordava sozinho na cama de casal, o lado onde seu esposo deveria estar, estava frio.

Respirou fundo, sentando e cruzando as pernas. Passou a mão sobre os fios loiros, olhando a coberta que ainda cobria parte de seu corpo.

Não era a primeira vez que acordava sozinho. Seu marido havia recebido a ligação de uma urgência no hospital. Tendo que sair às pressas durante a madrugada.

Entendia que seu esposo como médico, tinha suas responsabilidades, mas estava cansado. Cansado de jantar sozinho, cansado de dormir com frio e não ter um corpo quente para lhe esquentar. Cansado de sentir tesão, e não ter o homem que amava ao seu lado para que, saciasse seus desejos.

Levantou, sentindo o pés tocar sobre o chão frio. Seguiu até a suite do quarto, tomou um banho quente, e escovou os dentes dentro ainda do box, embaixo do chuveiro.

Quando desceu as escadas, o Uzumaki usava apenas um moletom e uma camisa cavada. Naruto era um homem de vinte e oito anos, seus músculos bem definidos, isso ele e seu marido tinha muito em comum, amavam fazer exercícios.

O loiro era escritor, já tinha várias enciclopédias lançadas, mais de bilhões de copias vendidas. E ele amava, amava tanto escrever, que quando estava de frente seu notebook o mundo podia ruir e se desintegrar.

Calçou os tênis ao chegar na sala, e saiu pela porta. Adorava correr pela manhã, era incrivelmente bom. O sol não era tão quente, e o vento era gélido, não permitindo que o suor tomasse seu corpo.

Naruto comprimentou o vizinho. Era um casal alguns anos mais velhos, tinham uma filha de doze ou quatorze anos, não tinha certeza. Gostava de cumprimentar as pessoas, era um homem comunicável, e dar um "Bom dia", era apenas uma de suas façanhas.

A cada pessoa que passava por si o loiro sorria, abanando a mão. Correu por mais de uma hora. Ao chegar próximo ao portão de casa, o carro preto de seu marido já estava na garagem, enquanto um outro branco estava parado próximo a calçada de frente.

Entrou, suspirando ao tentar controlar a respiração. Tirou os tênis ao passar pela porta, e seguiu até a cozinha. Seu marido sorriu ao vê-lo.

– Naru, meu amor. - o ruivo se aproximou, dando um celinho em seus lábios.

Gaara era médico cirurgião no próprio hospital. O homem tinha seus trinta e dois anos, seus cabelos eram vermelhos, pele clara. O ruivo era o melhor no que fazia, o melhor em toda Konoha. E ser o melhor, significava não ter tempo para família, filhos, ou até mesmo um bichinho de estimação.

Naruto era louco para ter um filho. O loiro descobriu ser compatível ainda muito jovem, mas isso nunca afetou em seu relacionamento com o ruivo, e o Doutor não tinha o que reclamar sobre arrumarem uma criança, e com certeza aprovaria a ideia em ter uma com o loiro, mas o Uzumaki não iria tê-lo. Não quando sobraria apenas para ele a responsabilidade paternal, e não era tarefa apenas para um, e sim para os dois.

– Oi amor. - retribuiu o beijo.

– Sakura estava te esperando, então a chamei para tomar café com agente. - olhou a garota sentada a mesa, e sorriu.

– Oi Saky. - se aproximou de braços abertos. A garota se levantou, abrindo os braços também.

– Oi loirinho. - bagunçou seus cabelos, Naruto fez careta.

Se sentaram na mesa, e uma das mulheres que trabalhava na casa os serviu com café. Naruto agradeceu. Tomaram o café da manhã conversando sobre coisas do dia a dia, Gaara vez ou outra entrava na conversa, contando como havia sido sua madrugada e como os plantões estavam acabando com ele.

– O papo 'ta bom, mas tenho que voltar para o hospital.

– Mas já? - perguntou Naruto. – Achei que estivesse de folga hoje.

– Eu estava... - se levantou e aproximou do marido, dando um beijo em sua testa. – Mas acabou que o médico que ficaria hoje perdeu um parente próximo, então...

Naruto concordou com a cabeça, Sakura apenas sorriu sem mostrar os dentes e despediu com um acenos de cabeça.

– Ele ainda anda distante? - perguntou.

– Não é "distante", ele só parece preferir o hospital do que sua própria casa. - abaixou o olhar para a própria xícara de café. – Talvez depois de nove anos juntos ele esteja enjoado de dividir uma cama comigo.

– Não fala assim. Talvez seja mesmo muito serviço. - segurou a mão do amigo sobre a mesa.

– Eu não sei, talvez... Talvez seja coisa da minha cabeça. - sorriu amarelo ao erguer os olhos azuis a amiga.

– Sabe o que você precisa? - Naruto negou. – Sair. Chega de ficar só em casa. E se o seu marido não for, você vai, nunca teve problema com isso.

Naruto sorriu maior, já fazia algum tempo que não saia com os amigos. Seu tempo estava apenas em escrever seus livros, e por mais que amasse escrever, sabia que deveria dar um tempo, sair, beber, distrair.

Queria que Gaara pudesse ir, mas caso o marido fosse trabalhar no dia, iria sozinho, e se divertiria, claro, como o homem casado que era.

– Fim de semana Itachi chega de viajem com o marido. Ele que quer marcar com a galera de sair.

– O Ita e o Sui? - Sakura concordou. – Sério?

– Disse que o irmãozinho dele vem passar umas férias da faculdade aqui, e como já faz anos que ele não vem, quer que conheça seus amigos.

– Nossa... Ele se mudou daqui tinha o quê, uns doze anos?

– É. Quando os pais do Ita se divorciaram, a mãe ficou com a guarda dele, enquanto Itachi ficou aqui com o pai.

Naruto concordou, tomando um gole de seu café. Se lembrava bem dessa história, o Uzumaki tem a idade de Itachi, os dois estudavam juntos e estavam prestes a entrar na faculdade quando os pais do Uchiha resolveu se divorciar.

Foi uma briga feia, e para evitar maior alvoroço Itachi preferiu ficar com o pai. Fugaku Uchiha não era um homem ruim, ótimo pai, mas pelo que soube tempos depois, Mikoto estava o traindo, e quando resolveu se mudar, ela iria morar com o amante em outra cidade, seu plano era levar os dois filhos, mas Itachi descobriu tudo antes e acabou dizendo diante ao juíz que queria ficar com o pai.

Não contou ao irmão, ele podia não entender, e deixaria apenas a cabeça do garoto de doze anos uma bagunça. Mikoto também era uma ótima mãe, super protetora, assim como o Uchiha mais velho, por isso Itachi preferia não intrometer sobre o ocorrido. Mas, fez questão de deixar claro a mãe o motivo de escolher ficar com o pai.

– Beleza, eu 'to mesmo precisando sair.

(***)

Oi bebês.

Olha quem voltou. Com uma fic bem curtinha dessa vez. Será nove capítulos, e como já estão finalizando, apenas irei revisar e postar.

Espero que gostem. Votem e comentem bastante. A história é baseada em fatos que aconteceu comigo.

Um beijo no coração, meu raios de sol... E até a próxima 💋💋

Tentar ou FugirOnde histórias criam vida. Descubra agora