único

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NOTAS IMPORTANTES:

Hey! Essa fanfic faz parte de uma série de fanfics pós-AWTWB que estou escrevendo. Como são uma "continuação" dos eventos do livro, elas todas estão meio que interligadas. Você não precisa ler uma para entender a outra mas, só para que esteja ciente, a ordem cronológica das que já estão postadas no meu perfil é a seguinte:


21 de junho
Vem comigo
Nas asas do amor
Batatas com sal e vinagre
A lista do Baz, por Simon Snow

Em breve mais fanfics. Aproveite a leitura ♡
Não seja um leitor fantasma, comente :)

Último aviso: essa oneshot contém spoilers (de todos os livros da série)!! Leia por sua conta e risco.

***

SIMON

Mal termino de trancar a porta do apartamento e já estou arrancando o moletom sobre minha cabeça. Minhas asas se desdobram, esticam e então relaxam aliviadas. Estou usando uma das camisas de teste que Penny modificou (com magia) para mim: a parte das costas só é costurada à parte da frente pelos ombros; há botões nas laterais, nas minhas costelas e abaixo, de modo que eu possa vestir e manter as asas de fora sem precisar de um feitiço toda vez. E assim não tenho que ficar sem camisa quando tiro o moletom – ou o casaco, depende do dia – , que eu normalmente uso para sair de casa.

Sigo para a cozinha, enfiando na geladeira toda a comida que a Sra. Salisbury me mandou trazer. Tem bolo, scones, camarão e acho que uma torta também. Ela é muito gentil. E cozinha como ninguém. Minha avó...

Ainda é estranho, novo, às vezes surreal, pensar que ela realmente é. Que eu tenho uma avó. E um tio. Ainda não consigo chamá-los assim. Não parece ser algo que eu tenha permissão para fazer (embora eu tenha a sensação de que a Sra. Ruth adoraria que eu o fizesse). Passaram apenas algumas semanas, menos de dois meses, desde que descobri sobre eles. Suponho que eu precise me acostumar primeiro. A terapia tem me ajudado bastante nisso... e em todo o resto.

Estou perdido nesses pensamentos, desabotoando uma das laterais da minha camisa, quando ouço um barulho. Instintivamente pulo sobre a cama (sim, agora existe uma cama, não apenas um colchão) e agarro a espada encostada na parede – a Excalibur dos Salisbury, minha espada. Caminho devagar, empunhando a lâmina, ainda ouvindo o barulho. Giro o corpo, preparado para atacar o que quer que esteja tentando entrar pela... Baz?

– Circe, Snow! – ele está com o molho de chaves numa das mãos e uma bolsa na outra.

– Achei que você só voltaria mais tarde – a espada já está abaixada, longe dele. Percebo pelo tom ligeiramente rosado em sua pele que ele caçou antes de vir.

– Fiona me enxotou pra ficar a sós com o noivo vampiro dela.

– Ah. Que bom, assim eu fico a sós com meu namorado vampiro – vejo o canto da boca dele curvar ligeiramente antes de voltar para o quarto e largar a Excalibur onde estava antes. Baz está logo atrás de mim. – Isso era tudo que faltava?

– Sim – ele está tirando as coisas da bolsa e colocando sobre o lençol listrado que compramos juntos. Há algo em sua voz.

– O que foi?

– Simon... – ele respira fundo. – Você tem certeza que me quer aqui definitivamente? Eu não preciso sair correndo do apartamento da Fiona. E posso procurar um lugar pra mim.

Sinto minha cauda varrer o ar, de um lado para o outro, involuntariamente. Como assim? Por que isso agora? Nós dormimos juntos quase todas as noites desde que ele veio para cá, a cama dele está aqui agora (a que ele usava no apartamento da tia; "eu fico mais aqui do que lá, posso trazer, se for tudo bem pra você", foi o que ele disse), quase nem tinha mais o que buscar!

vem comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora