Cinco.

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"Máscaras são como armaduras, usadas para se proteger"



Quinta-feira, 12 de março.



~POV Alexia Sutton, 21 anos.

-Você não pensou em voltar nenhuma vez? – questiono chateada, sentada dentro do carro

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-Você não pensou em voltar nenhuma vez? – questiono chateada, sentada dentro do carro.

São 7:46 da manhã, ainda não preguei os olhos.

Assim que começamos a discutir na delegacia, os olhares curiosos dos policias de plantão não nos abandonaram.

Saímos de lá indo direto para a clínica fazer exame de gravidez, e mais alguns outros exames e consultas depois da confirmação. Passamos a noite toda, saindo apenas agora.

Estou grávida, dois meses e meio de gestação. Não temos dúvidas que ele é o pai. Apenas para confirmação oficial fizemos um exame de DNA, o prazo é até 15 dias, mas nos asseguraram que o resultado sai antes.

Essa noite foi tão intensa que mais parece um terrível sonho do que algo real. É muita coisa para assimilar.

-Sutton, não quero conversar sobre isso – Henrique responde concentrado no trânsito, dirigindo sua Bugatti.

Ele sempre me chamou pelo sobrenome e sempre senti carinho no seu tom, mas hoje não.

É totalmente frio, formal e impessoal. É doloroso.

Estou com tudo entalado dentro de mim. Posso gritar ou esmurrá-lo, mas de nada adianta, Henrique Muller não responde nenhuma das minhas perguntas.

Henrique só fala coisas relacionadas as consultas e outras formalidades, nada pessoal, nada sobre nós.

-FAZEM MAIS DE SETE ANOS! – grito cética o encarando – Mereço uma explicação!

Não consigo entender porque me trata com toda essa frieza. Nosso relacionamento foi lindo, tínhamos uma conexão intensa, de outro mundo.

Éramos muito mais que namorados, éramos o apoio um do outro, o porto seguro.

-Você merece, mas agora não posso te oferecer isso – diz com o olhar vazio.

É como se tudo que tivemos há anos atrás não tivesse existido... como se eu não significasse nada.

Nunca o superei, se tivesse feito, meu coração não estaria tão dilacerado agora.

-Parabéns, além de babaca, você se tornou um grande covarde de merda! – sorrio em sua direção, batendo palmas.

Por que dói tanto?

É possível odiar e amar a mesma pessoa ao mesmo tempo?

-Nem tudo é sobre você, Sutton.

-ISSO É EXATAMENTE SOBRE MIM, SOBRE NÓS! – encaro suas írises, furiosa.

Uma parte de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora