Alexia & Henrique
Se eu te dissesse que o amor iria machucar,
Se eu te avisasse que o fogo iria nos queimar,
Você entraria? Faria tudo em nome do amor?
"Não adianta fugir, o passado sempre volta para cobrar a conta"
CONTINUAÇÃO - Dois meses atrás.
Sexta-feira, 31 de dezembro.
~POV Henrique Muller, 26 anos.
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-Talvez você tenha me visto em um dos bordeis em que frequenta – retruca atrevida, com um sorriso provocadoramente lindo no rosto.
Sua é voz sensual, o cheiro inebriante, o olhar fatal, a língua afiada e o jeito calculadamente abusado... Tudo me soa familiar.
-Qual é o seu nome?
Há sete anos atrás, depois que sai do interior, tudo mudou drasticamente na minha vida.
O que parecia um sonho, rapidamente se mostrou ser o pior dos pesadelos. O mundo é injusto, ele te vira do avesso e te destrói.
Os planos de se tornar um jogador de futebol se perderam, nunca houve uma chance para mim. Fui forçado a cursar direito, mas hoje felizmente me sinto realizado exercendo o meu cargo.
Demorei, mas com muito esforço e bons contatos consegui fazer meu nome em Miami.
Sou conhecido por todos nessa cidade e no estado, sou temido e respeitado. A Flórida é minha.
As pessoas tem medo de mim, ninguém se atreve a se aproximar assim, então por que ela está aqui?
É muito corajosa, ou muito burra.
-Não, querido! – sua voz suave sussurra em meu ouvido, sinto sua mão macia deslizando maliciosamente pela minha coxa – Você não precisa saber meu nome, só precisar saber que vou sentar em você.
Ual. Quanta atitude essa mulher tem, é louvável.
Além de deslumbrante, é misteriosa.
Encantadora.
Consigo olhar em seus olhos o aviso claro: "Perigo, afasta-se!".
Ela é muito gostosa e sensual, e sabe bem disso, usa bem seus artifícios.
Não me envolvo emocionalmente, há muito tempo tranquei meu coração, é por isso que optei em só fazer sexo pago.
Pagar por sexo é a melhor forma de não se envolver. É impessoal, sem sentimentos e sem vínculos, extremamente profissional. Quando o serviço termina tudo acabou, não tem expectativas ou responsabilidades.
-Isso não... – começo a negar, então sinto sua boca invadindo a minha.
Instantaneamente meu corpo para de responder aos meus comandos, sinto a eletricidade passando por cada parte.