Arukenimon chegou sorridente em seu castelo, Branca de neve estava finalmente morta e ela era mais uma vez a mulher mais bela do reino.
Izzy por sua vez tinha visto tudo e suspirou aliviado quando Yolei puxou o pente do cabelo de seu amigo. Quando Arukenimon chegou ele já se preparou para o que viria a seguir.
– Espelho, espelho meu. Existe mulher mais bela do que eu?! – Perguntou sorrindo;
– Sim minha rainha, Branca de Neve é a mais bela de todas. – Respondeu vendo o sorriso da "mulher" desaparecer e ser substituído por um olhar raivoso;
– COMO? NÃO, NÃO, NÃO!! IMPOSSÍVEL!! – Ela jogou um jarro na parede bem perto do espelho e Izzy teve medo de ser acertado, já que não tinha como desviar de dentro do espelho;
– Branca de Neve sobreviveu, minha rainha. Sua tentativa foi falha.
– COMO? Como essa garota ainda está viva??
– O pente foi retirado bem a tempo de salvar a vida da princesa. – Respondeu Izzy;
– Mas será possível? Eu preciso encontrar algo que dê certo, algo…algo como…– Ela pensou e Izzy viu um brilho nos olhos e um sorriso maldoso aparecer – Algo como uma maldição!!
Izzy olhou espantado para a louca a sua frente, mas ela estava ocupada olhando para seu livro de feitiços.
– Uma maldição… Achei!! Hahahahah dessa ela não me escapa. Vou esperar ela ficar sozinha, sem aqueles anões intrometidos.
—OooOOOoooO—
Mais um dia se passou e nada aconteceu, Tai estava muito quieto o que preocupava e muito seus amigos. Quando um novo dia chegou, mesmo a contra gosto eles tiveram que deixar o amigo sozinho com Agumon, que se negava a abandonar o companheiro.
Tai estava se escorado na janela com os pensamentos longe, quando lhe veio a imagem de Matt e ele corou. Era bom pensar no amigo, mesmo que estivesse com saudades e sentisse um frio na barriga só de pensar nele.
Quando Matt iria aparecer? E Mimi? Sua amiga também não tinha aparecido e isso o preocupava. E Davis e Izzy? Mesmo não querendo pensar nisso e se preocupar, Tai não conseguia parar de pensar nos amigos.
Seus pensamentos logo foram interrompidos ao ver uma silhueta se mexendo entre as árvores, por reflexo Tai fecha a janela e se prepara para o que estava por vir.
Agumon estranhou o movimento do parceiro, mas Tai fez um sinal para ele ficar quieto. Uma batida foi ouvida e o portador da coragem abriu um pouco a porta para dar de cara com uma velha que ele sabia se tratar de Arukenimon, ou a rainha má, tanto faz.
– Sim? Posso ajudar? – Perguntou atuando. "Só falta ela pedir um copo de água de novo" pensou ironicamente, pois era sempre a mesma desculpa;
– Será que a jovem poderia me dar um copo de água? – Perguntou a "senhora" com uma voz gentil;
"Aí, ou ela anda passando sede naquele castelo, ou ela não é muito criativa mesmo!" Pensou ao ir pegar o copo para ela.
– Aqui.
Quando ela começou a beber a água, Tai finalmente notou uma cesta com muitas maçãs, era finalmente a hora esperada.
– Muito obrigada minha jovem gentil. Por favor, como forma de agradecimento aceite uma maçã.
– E-eu… – Tai vacilou;
– Por favor, ficarei triste se você não aceitar!
Tai concordou e ela tirou uma maçã que se destacava das outras, era vermelho como sangue e parecia muito gostosa, se Tai não soubesse quão mortal era aquela coisa ele até a comeria com vontade.
– Essa é a maçã mais doce e deliciosa que eu carrego, aqui, tome!
O garoto respirou fundo e pegou a maçã, ele pode ver pelo canto do olho a mulher sorrir cruelmente, mas fingiu não ver. Ele também estava ciente do olhar atento de Agumon atrás de si. Pensando em acabar logo com aquilo tudo, ele mordeu a maçã.
Ela realmente tinha um gosto muito doce, mas Tai não conseguia sentir prazer em comer aquela fruta naquele momento. Ao engolir ele sentiu um nó se formar em sua garganta e a sensação dela se fechar, em seguida uma dor no seu peito fez sua vista ficar turva e suas pernas fraquejarem. Ele nem percebeu quando caiu no chão, tudo ao seu redor ia ficando confuso e logo ele caiu na imensa escuridão.
Agumon correu para ajudar seu parceiro, mas ele não respondia.
– Esse é o seu fim Branca. Nem mesmo seus queridos anões são capazes de te acordar dessa maldição. Nem eu conheço um antídoto ou contra feitiço mais poderoso do que essa maldição!!
Com uma postura orgulhosa pelo seu trabalho, a velha se transformou em rainha má e depois sumiu em uma fumaça roxa, deixando Agumon sozinho com Tai inconsciente.
Antes do Digimon poder reagir, os "anões" voltaram correndo, eles ainda não tinham olhado para a porta.
– Estou dizendo que tive um pressentimento ruim!! – Disse Kari para Yolei;
Tailmon foi a primeira a notar o Tai caído e gritou.
– TAI!!!
Todos olharam para a direção que a gata correu e paralisaram ao ver o amigo desmaiado inconsciente no chão, Kari foi a primeira reagir e correu para junto de seu irmão, os outros vindo logo atrás dela.
– Maninho??
Ela tentava despertar o irmão mas ele não abriu os olhos, Joe e T.k notaram a maçã que ainda estava na mão do amigo.
– A maçã… – Disse T.K fazendo todos olharem para ele e em seguida para a fruta – Está mordida!!
Joe correu para perto de Tai e checou seus sinais, abriu os olhos do amigo e checou sua boca.
– Alguém pega uma faca ou espelho!!
Mesmo sem saber para quê, Cody correu para pegar a faca e quando a trouxe, Joe a colocou embaixo do nariz de Tai, suspirando aliviado quando a faca ficou embaçada.
– Ele está respirando, fraco, mas está! Ele não tem sinal de estar envenenado, mas eu não sei os efeitos dessa maçã então…
– O que fazemos agora?
– Gente o que é aquilo? – Perguntou Yolei apontando para fora da casa;
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Era Uma Vez... Não, Pera Aí - Digimon
FanfictionOs digiescolhidos foram enviados para os contos de fadas e teram que seguir com cada história, no meio de tudo isso, eles tem que lidar com seus sentimentos. Fanfic também postada no Spirit na minha outra conta.