Era Uma Vez... Não, Pera Aí - Digimon

Capítulo 15

Ao voltar para a cozinha Yolei se serviu, Taichi sabia fazer umas coisas bem gostosas. Riu ao lembrar da cara do moreno ao falarem do Yamato, mal podia esperar para voltarem a conversar, afinal eles formariam um casal lindo.

Quando estava terminando, ouviu um barulho na porta dos fundos e foi ver o que era, quatro vultos pequenos entraram e pousaram na mesa.

– Que…– Ela foi ver o que eram aquelas coisinhas e encontro nada mais, nada menos que Pyiomon, Hawkmon, Tentomon e Patamon bem pequenos, cabiam na palma da sua mão;

– Yolei!! – Hawkmon gritou e pulou na parceira fazendo cócegas nela;

– Hahaha Hawkmon, tá fazendo cócegas hahaha!!

– Nos acordamos em cima de uma árvore Yolei, fiquei preocupado por não te achar!

– Ah, você é um amor. Mas por que vocês estão tão pequenos? Da última vez vocês ficaram do tamanho normal.

– Você viu a Sora? – Pyiomon perguntou olhando em volta;

– E o Izzy?

– E o T.K?

– Fiquem calmos, tenho certeza que eles vão aparecer logo! Estão com fome? Aqui, comam um pouco.

– Conversando com os animais de novo? – A madrasta perguntou ao entrar na cozinha – Vê se arruma essa cozinha e eu não quero mais ver aqueles seus ratos por aqui.

– …

– Perdeu a língua menina?

– Não. – Respondeu Yolei a contra gosto, ela não gostou nenhum pouco daquela mulher;

– Olha o seu tom de voz, é uma gata borralheira mesmo, me respeite. – Disse e saiu da cozinha, fazendo a garota relaxar;

– Que mulher era aquela Yolei?

– Minha… madrasta.

– Sua madrasta?

– Espere um pouco, vamos procurar Tai, Davis e Kari.

Ela os escondeu em sua roupa e foi atrás dos amigos, Davis estava no corrimão da escada olhando para cima.

– Davis? – Chamou baixinho chegando por trás e assustando o amigo que deu um leve pulo;

– Que susto Yolei.

– Desculpa, o que você está fazendo?

– Estou ouvindo se aquela bruxa estrou no quarto. Parece que a barra ta limpa, vem. – Saiu puxando amiga para uma sala ao lado onde Tai, Kari e Tailmon esperavam;

– Ah eu não aguentava mais ela com aquele papo de casamento vantajoso, vestidos e penteados! – Exclamou Tai se jogando no sofá;

– Gente, olha só. – Ela tirou seus amiguinhos da roupa e logo todos estavam ao seu redor;

– Por que eles estão tão pequenos?

– Eu não faço ideia, eles já acordaram desse tamanho.

– Estão do tamanho de pássaros.

– É isso! – Disse Davis chamando a atenção – Quer dizer, Cinderela era muito amiga dos animais, principalmente pássaros e ratos. Eles estão fazendo o papel dos pássaros.

– Ei, eu me lembro que a mulher disse algo sobre ratos.

– Podem ser nossos digimons, temos que procurá-los.– Animou-se Tai já indo em direção a escada;

– Deve ter um sótão por aqui, onde Yolei vai usar de quarto.

– Davis, como você sabe tanto sobre isso? – Perguntou Kari curiosa;

– Ah, Cinderela era o conto preferido da minha irmã. Ela me fez assistir o filme com ela várias vezes, não satisfeita ela fez nossa mãe comprar o livro e ler para gente toda noite. Também vimos outras versões de Cinderela.

– Então você até que é útil!

– Calada Cinderela. – Respondeu mostrando a língua para a amiga;

– Mas eu não me lembrava de Cinderela ter três irmãs. – Kari falou pensativa puxando o filme na memória;

– E não tem, ela tinha duas, mas a história deve ter se adaptado para nós…eu acho. Você Kari é Anastácia e Tai é Drizela.

Tai fez uma careta, não sabia se preferia Drizela ou Branca de neve.

– E como será seu nome?

– Sei lá. É aqui?

Elas olharam para a escadaria que dava para o sótão.

– Posso subir descalço? – Perguntou Davis pensando em subir aquilo tudo com aqueles sapatos desconfortáveis;

– Não aconselho, aqui é muito frio, mesmo que esteja de meia. – Yolei estava tremendo de frio – E lembre-se, é "descalça", agora você é uma senhorita.

– Ha-ha-ha, muito engraçadinha você.

Vendo que Davis e Yolei iriam começar uma discussão em breve, Tai interrompeu.

– Vamos logo, e Davis, suba com os sapatos, se eu aguento você também aguenta.

Enquanto subiam, Yolei se tocou de algo.

– Ei, se eu sou Cinderela, quem será o príncipe?

– Sei lá, eu só tenho pena do coitado. – Yolei deu um cascudo no amigo – Bruta…

– Davis, conta mais sobre Cinderela.

– Hm… A madrasta trata Cinderela como uma escrava junto de suas filhas, o rei quer que seu filho se case e faz um baile, onde ele manda que todas as garotas do reino sejam convidadas. Ah espera um pouco, deixa eu recuperar o fôlego. – Disse parando de subir as escadas;

– Ih, você não era o atleta?

– Calada, eu nunca tive que subir escadas de salto e um vestido. – Cruzou os braços voltando a subir – Como eu ia dizendo, em algumas versões, é um baile toda noite por…sei lá, três dias eu acho. O que faz sentido, já que assim o príncipe teria mais tempo para escolher uma noiva. Mas na mais famosa acontece em apenas uma noite.

– Mas como se apaixonar em apenas uma noite? – Perguntou Kari achando a história interessante;

– Eu não sei, pergunta pra Yolei, ela não pode ver um menino bonito que logo se apaixona!

– Mentiroso. – Se defendeu a garota;

– Quer dizer, nem todos, já que ela nunca se apaixonou por mim. – Comentou pensativo, Kari e Tai riem da cara de nojo que Yolei fez;

– Isso por que eu não tenho mal gosto.

– Do que você tá falando? Eu sou lindo.

– Só se for nos seus sonhos.

– Gente, foco. Continua Davis. – Pediu Tai olhando para o topo da escada e suspirando, aqueles saltos eram incômodos;

– Bem, a madrasta não deixa Cinderela ir ao baile, mas ela consegue ir e o príncipe se encanta com ela logo de cara.

– Brega…– Disse Tai fazendo careta;

– Calada, Branca de Neve. Mas…

Antes que Davis terminasse, eles finalmente chegaram ao final da escadaria e deram de cara com uma porta, ao entrarem se encolheram de frio, pois ali era mais frio do que lá em baixo.

– Nem doida eu durmo aqui, só se eu quiser ficar com hipotermia! – Disse se encolhendo com o frio;

– Você pode dormir com a gente, Yolei. – Kari confortou a amiga;

– Tai!! – Ouviram uma voz como se fosse ao fundo, eles olharam em volta tentando achar o dono da voz, mas não acharam ninguém – Aqui em baixo!!