Capítulo 2

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Tai sentiu que estava em algo macio, virou para o lado e continuou dormindo, com certeza aquele negócio todo sobre fadas e testes tivesse sido só um sonho...

Mas e aquele som insistente de sino que não parava de tocar? Ei, sua barraca não era macia daquele jeito, então abriu os olhos e se deparou com um teto estranho cheio de pequenos cristais decorando, sentou-se e viu que estava numa cama rosa, e o quarto era cheio de cores rosa- bebê e amarelo, era tudo muito fofo.

“Onde eu estou?” perguntou em pensamentos, então levantou-se e se espantou quando percebeu que estava com uma camisola (também rosa), ficou todo vermelho.

– KYYAAAA – Gritou quando percebeu um pequeno volume na região dos peitos, aliás, não era tão pequeno assim;

Então uma garota adentrou o quarto correndo, parecia alarmada.

– Princesa, algum problema? – Ela foi até o castanho e segurou em seus ombros lhe avaliando;

– Quem é princesa? Quem é você? – Perguntou Tai confuso;

– Ora princesa, sou sua criada, Amy, teve algum pesadelo? – Sua preocupação era verdadeira;

– Você deve estar me confundindo com alguém!! Eu não sou princesa. – Tentou se explicar;

– Não fale besteiras princesa, venha, vou preparar seu banho. – A garota empurrou Tai até uma porta, quando ela foi aberta mostrou um banheiro...rosa?

Tai estava tão concentrado olhando aquele cômodo rosa, que nem notou a garota se aproximando e num passe rápido, tirou a camisola dele.

– Mas o que.... – O portador da coragem tentou se proteger, estava completamente vermelho;

– Por que a vergonha princesa? Sou só eu aqui!

Mas Tai se deu conta de uma coisa, tinha algo errado, então olhou para baixo e foi perdendo a cor....nada, não havia nada ali, estava faltando algo importante em seu corpo. Sentiu-se zonzo, felizmente foi amparado pela garota.

– Princesa, a senhorita está bem?

– Hm... isso só pode ser um pesadelo...

[...]

Depois de tomar um banho bem demorado, Tai saiu do banheiro, a criada, Amy, estava lhe esperando com uma escova de cabelos na mão.

– Princesa, coloquei duas opções de vestidos em cima da cama, é só escolher!

Tai ficou vermelho, caminhou até a cama e encontrou dois vestidos, um era rosa bebê sem mangas e o outro era amarelo claro com magas compridas, todos os dois eram vestidos de uma verdadeira princesa, dava para ver que nenhuma fantasia chegava perto a aqueles dois vestidos, eles com certeza chegavam até seus pés. Então optou no amarelo, percebeu que ao lado tinha um sutiã.

– S-Será que você poderia...virar? – Tai estava realmente vermelho e constrangido;

– Mas princesa, você nunca se importou – A garotas percebeu que o castanho estava constrangido – Tudo bem...

Se embaralhou um pouco com o sutiã, vestiu aquele vestido ainda meio constrangido, aquilo só podia ser um pesadelo...

– Posso me virar?

– P-Pode... – Continuava gaguejando;

A garota se virou e sorriu, então com um gesto chamou Tai para perto, então devagar, ele caminhou até ela, que logo apontou para um acento, onde Tai se sentou, a criada começou a pentear seus cabelos delicadamente, o garoto já estava ficando cansado de ser chamado de princesa, queria mandar a garota parar, mas a vergonha não deixava ele falar nada, então aguardou pacientemente até que a garota terminasse.

– Pronto princesa, só falta... – A garota amarrou um laço vermelho na cabeça do castanho;

– Pra que isso? – Perguntou se estranhando com aquilo na cabeça;

– Mas é seu laço preferido princesa... – Disse confusa – Algum problema com ele?

Tai suspirou...” seguir com a História”, primeiro tinha que descobrir que personagem era.

– Nenhum... você sabe meu nome?

– Como não saberia princesa? Está tentando fazer alguma brincadeira?

– N-Não... – Droga, a garota não dizia seu nome de jeito algum, precisava descobrir logo quem era;

Um som veio da porta, a criada foi lá e abriu, então olhou para baixo e sorriu.

– Olha princesa, seu gato está aqui.

Tai olhou para a direção que a garota olhava e viu Tailmon, a gata usava uma grande fita vermelha e parecia contente em ver Tai ali.

– Princesa, vou ver se o café está pronto, já volto.

A garota saiu e Tai se aproximou de Tailmon, que ao olhar melhor para Tai, começou a rir, fazendo o castanho voltar a ficar vermelho.

– Já chega, Tailmon, não está tão ruim assim! – Se defendeu, mas a gata continuava a rir;

– E..eu pensei que quem tinha cara de menina era o Davis.... – Continuou rindo;

Depois da gata finalmente ter parado de rir, Tai a pegou no colo.

– Onde estão Kari e os outros?

– Não sei, acordei em um canto qualquer e senti seu cheiro... – Respondeu tentando tirar o laço do pescoço;

– Quer ajuda? – A gata assentiu – Queria eu poder tirar esse vestido...pronto.

– Onde estamos Tai?

– Pelo que a fada disse, estamos em um conto.

– Um conto? – Perguntou confusa

– São histórias contadas para crianças, na maioria tem princesas, e pelo visto, eu sou uma.... – Disse vermelho;

– Tai está fofinho!! Kari ia amar te ver assim!

– Para acharmos a Kari, temos que seguir a história, mas eu nem sei em que história estamos...

Então a criada de antes voltou.

– Princesa, o café já está servido!

– Já vou...

– Sabe que não pode se atrasar de mais, ou ela vai brigar com a senhorita de novo! – Disse preocupada;

– “Ela” quem?

– Sua madrasta princesa, venha. – Começou a empurrar Tai para fora do quarto;

– Madrasta?

Ao chegar no que parecia ser a cozinha, Tai se deparou com Arukenimon sentada e tomando uma xícara de café. Tailmon saltou do colo de Tai e se pôs em pose de ataque.

– Branca de Neve, faça seu gato parar de me olhar assim!! – Ordenou Arukenimon com uma voz fria e sem olhar para o castanho;

– Branca de neve?

Era Uma Vez... Não, Pera Aí - DigimonOnde histórias criam vida. Descubra agora