Darklina _ Além Do Tempo

V _ Capítulo

Alina logo questionou a demora de Aleksander "O que está havendo?" Ele entrou no quarto fechou a porta e estendeu a carta para ela "Alfaiates, sempre estão no lugar certo, essa ao menos é mais leal que a última" Alina sentiu o estômago revirar pois sabia que ele estava se referindo a Genya, ignorando esse sentimento ela começou a ler a carta "Usando estratégias antigas?" Alina questionou já sentindo-se enjoada, havia coisas que ela podia passar por cima e ignorar, porém ainda tinha histórias que a afetavam de formas diversas, ela era hipócrita algumas coisas a convinham outras simplesmente não mereciam sua atenção, mas Genya fora sua amiga por isso era um caso especial, e ninguém merecia passar pelo mesmo que ela.

"Eu sou um homem antigo" Quanto mais Alina lia mais um filme se passava em sua mente, ela já havia visto aquela história uma vez, uma grisha habilidosa, uma alfaiate de talento, próxima de mais da família real, usando seus dons para trair a coroa, na carta a alfaiate afirmava que a primeira parte já estava pronta o rei sentia-se cada vez mais fraco e abatido. A platinada fez uma expressão descontente lembrava-se de Genya e de tudo que ela passou não era justo vê essa história se repetir.

"Por que essa expressão Alina?" Ela suspirou "Ela me lembrou a Genya'' a expressão descontente estava escancarada no rosto da conjuradora, o conjurador a olhava de forma calma, inabalável Alina diria "Não pense muito nisso, ela é diferente e além disso a história não se repitiu, posso garantir"

A conjuradora estava confusa "Do começo, quem é ela? E como pode ter tanta certeza?" Alina realmente queria entender tudo, não ia permitir que ele a escondesse nada "Muito bem, ela se chama Yelena Dubrov,  é uma alfaiate, a única em cem anos após a Genya" Alina prestava atenção em cada palavra que saia da boca do conjurador "A sete anos atrás encontrei uma criança de dez anos, ela estava desesperada pedindo socorro, presa a uma árvore e deixada para morrer, quando a vi ela estava bem machucada, calmamente a tirei de lá e a acolhi, mas logo notei algo estranho os ferimento começaram a sumir rapidamente e seus cabelos antes loiro se tornou castanhos, bem ali notei que ela era uma alfaiate..."

"Mas você disse que ela era diferente da Genya que a história não se repetiria"

"Você não me deixou terminar" falou calmo um claro contraste do estado da platinada "Continuado, cuidei dela por cerca de um ano" Alina enterrompeu

"sabia que ela seria útil no futuro" ele não descordou "Isso também, mas na situação atual estava mais preocupado em proteger uma menina desesperada, machucada de todas as formas possíveis e abandonada para morrer simplesmente por ser grisha" Alina abaixou a cabeça havia feito um julgamento precipitado "Contudo ela me surpreendeu, quando me mostrou que podia fazer algo que não era uma habilidade de uma alfaiate nem de qualquer grisha que eu já tenho visto, ela podia alterar memórias, mergulhar na mente de alguém com tamanha facilidade que a pessoa jamais saberia que aconteceu algo errado''

"Isso a faz poderosa mas igualmente perigosa" Alina pontuou tentando digerir todas aquelas informações "Sim isso é um fato, então depois de um ano cuidando dela e a preparando consegui fazer que o caminho dela cruzasse com testadores grishas, obviamente achando um jeito para que o dom sobre as memórias fosse ocultado, ela foi levada ao palácio e trabalha atualmente servindo a rainha, mas o tempo passou ela cresceu se tornou uma garota bonita o que chamou a atenção do rei, mas Yelena sabe se cuidar, em questões mentais ela se tornou mestre, enfim ela sabe se proteger, se tornou meus olhos e ouvidos em Os Altas"

"Não importa quantos anos passe algumas coisas não mudam né? Muitas pessoas ainda são leais a você, te admiram, te tem como um verdadeiro exemplo, você conquistou muita gente"

"Me questionou se te conquistei também" Alina ainda olhava para baixo "Você já tem essa reposta, e sabe que ela é positiva"

"Mas na primeira oportunidade você me julga sem pensar duas vezes" Ela o olhou com um semblante baixo "Eu sei, sinto..." Antes que pudesse terminar ele se pronunciou "Esqueça isso, sei que estamos construindo algo, porém alguns erros do passado não podem ser esquecidos" Alina negou e o abraçou "Não, eu estou errada, eu tenho que entender que os tempos mudaram e que as coisas são diferentes que você não foi o único a tomar atitudes duvidosa, por mais que eu seja chamada de Sankta não fiz nada que justifique esse título, se puder me ajudar a soterra erros passados ficarei contente em te ajudar no mesmo" ele apenas sorriu desfazendo o abraço dela e a beijando "Nós temos uma jornada longa mas não se preocupe,  passaramos por tudo isso juntos"

"Vamos almoçar, não comemos nada hoje" Alina concordou com um manear de cabeça "Certo então vou descer e pedir para trazerem algo" ela novamente concordou e ele a deixou sozinha no quarto. A platinada ficou enfrente ao espelho olhando seu reflexo era esplêndido como esse tempo com ele havia a mudando tanto. Seus cabelos voltaram a brilha como nunca antes fizeram, seu rosto estava iluminado e corado esbanjando saúde, seu coração estava  rendido aos capricho dele.

Alina fechou os olhos e se permitiu viajar nas suas lembranças, o que seus amigos pensariam dela agora? Não, estava cansada disso, passou uma vida inteira seguido a ideia dos outros vivendo a vida que imaginaram para ela, e olhou onde isso a levou, um século de solidão e loucura, ela seria egoísta e agarraria a chance de ser feliz, de ser feliz ao lado dele, ela aceitaria seu lado bom e ruim, ela o amaria por Inteiro assim como ele amava cada parte dela, não seria mais a Sankta de Ravka, não, agora seria uma rainha e junto dele governaria com mãos de ferro. Assim que concluiu esse pensamento viu pelo espelho um vulto atrás de si, rápido de mais para tomar alguma decisão ela apenas sentiu o fio da lâmina gélida penetrar a pela na altura do coração.

Um homem alto e de grande porte tinha um sorriso sombrio nos lábios, com a ilusão de que havia matado a conjuradora, mas para sua surpresa ele viu o aço da faca se derreter como se está tivesse sido jogada em lava fervente, Alina se virou com um olhar macabro no rosto o homem jurou ter visto um vislumbre da própria morte, naquele momento ele soube que não havia mais saída... e estava certo, rapidamente Alina conjurou a luz em forma de lâmina, em muito tempo era a primeira vez que ela usava o cut, rápido demais para olhos normais acompanhar, o homem foi dilacerado pela lâmina de luz, Aleksander encontrava-se parado na porta observando o desenrolar da situação, assim que viu o homem cair em pedaços ele aproximou-se da platinada.

"Um Drüskelle?" Ela questionou, Aleksander analisou por um momento e logo respondeu "Não, pelo as características físicas e as vestimentas eu diria que é de Ravka, um extremista provavelmente, então você está bem" Ela acenou positivamente "Por que não tentou me salva?" Ela não falava com tom ressentido mas sim em tom de brincadeira e ela não tardou a responder "Você não precisava ser salva, nunca precisou, nem por mim nem por ninguém" um sorriso convencido brotou nós lábios da conjuradora "Tanto tempo fora fez com que se esquecessem quem sou e as coisas que posso Fazer'' Aleksander estendeu a mão para ela que rapidamente pegou "Estamos cada vez mais perto de lembrá-los quem realmente somos"

"Somos melhores, únicos, imortais" havia algo diferente no olhar dela na postura com qual falava e ele não deixou de notar "O que foi que perdi nesses cinco minutos que desci para pedir nosso almoço?" O tom era leve porém a pergunta era seria, Alina o deu um beijo rápido para em seguida responder "Cansei de negar uma parte minha, está na hora de ser sincera comigo mesma, com você e com todos ao redor" ele deu um repuxar de lábios "Talvez eu goste de ver essa mudança lapushka''

Encararam-se por um tempo até Aleksander puxa-la para um beijo necessitando, era incrível vê que não importava o local ou a situação quando se tocavam era como se o mundo não tivesse mais importância um sentimento de desejo primitivo tomava conta deles de forma urgente e avassaladora, porém o beijo demorou menos do que gostariam, alguém bateu na porta os impedindo de continua o ato, o conjurador estava a um fio de mandar alguém para o mundo dos mortos.

Alina riu novamente "Nós estamos sem sorte hoje" ele revirou os olhos "Entre" falou mais irritado do que de costume,  uma serviçal trazia o jantar em bandejas de prata apoiadas em um carrinho do mesmo material, os olhos da mulher se arregalaram quando viu o homem estilhaçado sob os pés dos dois conjuradores, a pobre mulher sentiu a vontade de grita em plenos pulmões, mas ao olhar nos olhos do homem e da mulher nos seus keftas perfeitos ela sentiu o medo de forma líquida percorrer em seu corpo, o que fez sua voz sumir imediatamente, ela abaixou a cabeça de forma respeitosa, suas pernas estavam bambas e o seu corpo exalava o medo que sentia

"Coloque alí" Alina disse apontando para uma mesa no canto do quarto, a mulher levou as bandejas até o local desejado ainda tremendo, fez o que foi mandado e saiu de lá o mais rápido possível. Assim que fechou a porta a platinada deu uma leve risadinha "Se não tivéssemos aqui certeza que ela teria desmaiando" ele acompanhou o riso malévolo dela "De fato, mas que liga não é mesmo, vem vamos comer"