Decisivo

518 91 48
                                    

Win mal conseguia parar de sorrir, e odiava saber o porquê daquele maldito sorriso feliz. Era por causa daquele capitão de merda que não era tão imbecil assim, já que fazia um ótimo trabalho com o time. E ele era... incrível com a mão. Só que, havia uma pulga atrás da sua orelha. Bright havia o beijado, e eles tinham brigado um com outro. Por que ele o beijou, então? E por que o deixou que fizesse aquilo? Por que foram parar embaixo do chuveiro, grudados, quando claramente não se suportavam? Apesar do sorriso infantil, Win iria enlouquecer por não entender o que acontecia.

De todo jeito, Win precisava deixar aquilo de lado, porque o campeonato estava prestes a começar. Fora que, pelo olhar de Bright, ele estava muito puto consigo. Por ter faltado o treino no final de semana por pirraça e por Win tê-lo deixado na mão quando mais precisava. Quando parava para pensar, Win sentia um pouco de pena dele, porque era mesmo terrível estar excitado e ter alguém para acabar com o clima, mas Win era brincalhão e gostava de provocar o capitão, então, não viu problema em fazer aquilo. Bom, não estava surpreso de sentir de longe o ódio de Bright em sua direção.

O time estava no campo e o juiz soprou o apito quando todos ainda estavam muito tensos. Era o primeiro jogo do ano e eles precisavam pegar o jeito, ainda que tivessem treinado demais. Bright estava confiante, por novos jogadores bons e por ter Win, que tinha um potencial enorme com a bola. Daria tudo certo.

O começo foi difícil e o time rival fez um gol. Não desanimaram, no entanto. Bright soube que dariam um jeito quando Win se mostrou com raiva e jogou muito melhor do que antes. Eles trabalharam em conjunto, esquecendo-se do ódio mútuo e do maldito beijo no vestiário. Apenas o jogo importava naquele momento.

Como esperado, Win virou o jogo. Ele fez um gol e acabou o primeiro tempo. No vestiário, não perderam as esperanças, e se uniram e gritaram, abraçados, confiantes. De volta ao campo, tempos depois, eles jogaram com mais fúria e decidiram ganhar de qualquer jeito. E foi o que aconteceu. Depois do momento feliz, a escola toda comemorou e os jogadores foram para uma festa na casa de algum aluno popular. Bright decidiu ir para casa porque estava cansado demais, mas antes que entrasse no carro da carona para ir embora, sentiu o estômago embrulhar. Não gostou nem um pouco de ver Win com os outros jogadores, indo para a festa. Sentiu ciúmes. Ciúmes daquele babaca. Furioso pelo sentimento e por não entendê-lo, Bright entrou no carro e bateu a porta com força, disposto a esquecer aquele jogador que estava começando a mexer consigo de uma forma muito perigosa.

Bright estava em um sono muito bom quando sentiu o celular vibrar embaixo do seu travesseiro. Meio estressado, mas ainda tranquilo pelo ótimo dia que teve, ele o pegou, forçando a vista pela claridade, e viu que recebeu algumas mensagens de um número desconhecido. O capitão se remexeu na cama e coçou os olhos, olhando a hora. Pôde enxergar que era apenas uma hora da manhã. Tratou de abrir a conversa, interessado agora que havia perdido um pouco do sono.


Número Desconhecido

Oi, capitão.

Adivinha quem te chama assim?

O melhor jogador do seu time.

Foi você mesmo quem disse, não vale negar.

Sabe, eu não consigo parar de pensar no nosso beijo.

Bright

Win?

Número Desconhecido

AntagonistasOnde histórias criam vida. Descubra agora