Como esquecer você? - Rosmello

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Rosalinda ficou na cabeça que sua namorada não estava bem era quase duas horas da manhã quando ela entrou em seu carro e fez caminho para o apartamento de Dayane, chegando lá falou com o porteiro e como sua entrada nunca foi barrada entrou direto no elevador. A sensação do estômago revirando fazia Rosalinda perder noção de tudo em sua volta. Aquela sensação de perda estava lhe consumindo.

Chegando no andar onde Dayane morava Rosalinda abriu a porta com a chave reserva, entrou no apartamento milimetricamente arrumado o cheiro era de produto de limpeza. Olhou para os cantos do apartamento parecia tudo no lugar, respirou mais aliviada, fez o caminho para o quarto de Dayane e a viu sua namorada, aparentemente dormia.

Rosalinda se aproximou devagar colocando a mão em seu pescoço e Dayane não tinha batimentos, Rosalinda olhou para o lado e viu que na mão de Dayane tinha um frasco de calmantes, Rosalinda começou a se desesperar.

- Não, não... Acorda...

- Amor não faz isso comigo...

Nenhum sinal então Rosalinda ligou para a emergência e ao dizer que sua namorada não estava respirando a moça ensinou Rosalinda a fazer massagem cardíaca, pelo menos até o socorro chegar. E assim Rosalinda fez conforme a moça havia lhe explicado, a coloração de Dayane estava mudando para mais corada e aparentemente a mulher voltou a respirar.

Rosalinda não estava entendendo era nada, Dayane parecia está bem, se não fosse pelas palavras de hoje no jantar Rosalinda jamais iria notar que sua namorada estava em depressão. O coração de Rosalinda estava despedaçado em pedaços, não poderia suportar a dor da perda e principalmente perder Dayane.

Dez minutos depois os paramédicos haviam chego no apartamento e adentrado o local onde Dayane estava. Rosalinda ainda fazia a massagem cardíaca. Os homens pediram que ela se afastasse e mantivesse a calma que tudo ficaria bem. Colocaram tudo de oxigênio em Dayane e levaram para ambulância, um dos homens explicou a Rosalinda que Dayane havia tomado sedativos além do que deveria.

- Ela tem ascpectos suicidas? Ela faz tratamento para depressão?_Perguntou o rapaz e Dayane negou para os dois casos.

- Dayane é só reservada demais... Só que nunca a vi fazendo algo que prejudicasse a sua saúde._Disse Rosalinda e o rapaz apenas concordou com a cabeça e anotou.

- Isso pra mim parece ser uma tentativa de suicídio... Acho que ela precisa de acompanhamento profissional urgente._Disse o rapaz entregando a Rosalinda um cartão de visita com o número de um psicólogo.

- Você vem?_Perguntou o rapaz.  

- Vou atrás._Disse Rosalinda descendo junto com o rapaz que entrou na ambulância e Rosalinda foi atrás no carro.

A primeira pessoa que Rosalinda pensou em ligar era Juliano, por mais que fosse tarde da noite ela ligou para o rapaz que estava em Roma, mas iria para Milão ainda hoje. Pediu que Rosalinda não deixasse sua irmã sozinha por nada.
Durante a madrugada Dayane foi submetida a um procedimento invasivo para retirar os remédios que ela havia engolido, pela manhã quando Dayane acordou ficou perdida.

- O que eu estou fazendo aqui?_Perguntou Dayane para Rosalinda que estava ao seu lado velando o seu sono.

- Você não lembra? Você se excedeu com os remédios e passou mal meu amor._Explicou Rosalinda fazendo carinho nos cabelos de Dayane.

- Eu só queria que a dor passasse... Eu não queria morrer, era só a dor... Nunca passa._Disse Dayane com o olhar distante.

- Oh meu amor... E por que você não conversa comigo sobre isso? Eu te amo e quero o seu bem._Disse Rosalinda beijando a mão de Dayane e voltando a fazer carinho.