Quem é esse?

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Ela se lembrava vagamente do que aconteceu depois que pegou seu chefe em um belo amasso no banheiro. Quando viu a cena ficou assustada e assim que a porta foi fechada em sua cara, marchou até a cozinha para beber "água", queria mesmo ter ficado apenas em dois copos de água. Coincidentemente, Colson tinha um pequeno estoque de vinho na cozinha, pegou tudo com o máximo de cuidado, sem fazer barulhos e atrair atenção. Bebeu três taças, e após isso dispensou o uso do objeto de vidro, bebendo o vinho direto da garrafa. 

Naquela altura sua cabeça rodava e ela não tinha o menor senso comum, seus sentidos estavam bagunçados, mal se mantinha de pé. A muito tempo que ela não bebia, nunca gostou de álcool, embora não dispensasse uma boa taça de vinho, mas naquela noite extrapolou como nunca havia feito antes. Andava as tropeços pelos corredores escuros, se sóbria ela não conseguia encontrar o caminho do quarto, bêbada era ainda mais difícil. Suas pernas pareciam ter vontade própria e iam guiando seu corpo sem rumo pela mansão, só parou de andar com esbarrou em alguém, o impacto leve a fez cair pela condenação motora ruim. 

— Uou, vai com calma gatinha. — a voz suave e familiar deixaram ela confusa. Adele ergueu o olhar, mirando no homem louro de sorriso malicioso. Ele era jovem, careca e tinha tatuagens no rosto e na cabeça. Sua mente com certeza estava lhe pregando uma peça, porque o homem que lhe olhava divertido tinha a mesma cara que seu chefe Justin. — Você tá bem? — levantou seu corpo como se não fosse nada. Adele não piscava, era Justin! Tinha certeza que era. 

— Agora você aparece? — apontou o dedo para o mais alto. — Seu cretino filho da mãe! Deixou Thomas sozinho o dia todo e agora aparece de noite c-com uma mulher estranha. — dizia sem filtro algum, colocando pra fora tudo que estava pensando. O homem à sua frente riu, aquilo acontecia com frequência, mas naquela noite parecia ser mais engraçado, ele estava levando uma bronca que nem era sua. — Não merece o filho que tem, seu... Idiota. — a morena de roupa excessivamente tentadora empurrou seu corpo e saiu com a garrafa de vinho nas mãos.

— Quem é essa doida? 

Adele resmungava palavras desconexas, pisando firmemente no chão, pensava consigo mesma que deveria voltar e quebrar a garrafa de vinho na cabeça dele. Perdida nas possibilidades de como acabar com seu chefe, ela nem notou que havia entrado em um quarto, só se deu conta quando o viu nu. Até mesmo de costas ele era malhado, mas o que mais chamou atenção além de toda aquela marcação irresistível e cicatrizes, foi a tatuagem em sua perna esquerda, era uma grande e enorme estampa de tigre. Talvez fosse perturbador imaginar alguém com uma estampa tão extravagante, em alguns poderia ficar brega, mas não havia como alguma coisa ficar feia naquele homem, e a prova era aquela maldita tatuagem que cobria praticamente toda sua perna esquerda. Ela encarava sem piscar e nem se importava em demonstrar que "sim, ela estava olhando, e daí?" Presa nos traços da tatuagem e na bunda perfeita que ele tinha, Adele só saiu do transe quando escutou a voz grossa e áspera, diferente da voz de minutos atrás, lhe chamando. 

Second Mother | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora